Na manhã seguinte, eles foram acordados pelo celular de Harry tocando alto um barulho chato.
-Harry, desliga essa merda - Louis resmungou com a voz rouca de sono, o rosto apoiado no peito de Harry ainda.
Harry tateou cegamente o sofá até encontrar seu celular e ver o nome de Dua brilhar na tela. Ela jamais ligaria aquela hora se não fosse urgente.
-São sete da manhã - foi a primeira coisa que disse, apertando Louis contra si pois o rapaz parecia vagar entre o consciente e o inconsciente e Harry não queria acordá-lo, não agora pelo menos.
-Louis precisa vir depor hoje, meio dia. O carro da polícia irá passar aí onze e meia - Dua instruiu calma e direta como sempre.
-Não, eu levo ele. Peça por escolta apenas - as informações o fizeram acordar, se arrastou até a parede para apoiar o começo das costas, tomando cuidado para Louis não acordar.
-Você esquece que saiu da polícia e não manda em mais nada, não é? Não posso fazer isso, já te demos privilégios demais, protocolos são protocolos.
-Merda - Harry bufou baixinho, apertando a raiz do nariz.
-Ele não vai morrer por sentar no banco de trás de um carro só porque ele tem sirenes, Harry - Dua revirou os olhos mesmo que o amigo não pudesse ver.
-Vocês não vão algemá-lo, vão? - perguntou muito mais baixo por medo de Louis ouvir.
-Não, nós... Espera. Ele está dormindo do seu lado, não está?
Harry ficou em silêncio.
-Temos muito o que conversar, Edward - falou tal qual uma mãe - Não vamos, a não ser que ele demonstre resistência com algo então diga a ele para colaborar.
-Certo.
-Mas se você quiser, posso deixar uma algema com ele para vocês se divertirem - a voz delatava o sorriso que Harry sabia que ela estava dando.
-Ok, Lipa, você já disse o suficiente. Até mais tarde - não esperou a amiga retribuir o tchau para desligar o celular.
-Eu devo me preocupar? - a voz de Louis se fez presente, sonolenta e arrastada.
-Não - Harry suspirou e não percebeu, mas sua mão fazia um carinho discreto no cabelo de Louis.
(...)
Fato é: não importou quantas vezes Harry o certificou que aquele depoimento era algo comum dentro do processo, Louis continuava nervoso.
-E se eles me declararem culpado ali na hora? - Louis, que novamente vestia apenas uma camiseta larga e boxers, perguntou pela centésima vez enquanto preparava um sanduíche para ele e Harry.
-Eles não podem, Louis, existe todo um processo para isso - explicou, não tão calmamente, observando o corpinho se movimentar com agilidade pela cozinha.
Harry ainda não teve tempo para surtar sobre tudo que aconteceu na noite anterior, o dia, desde que ele despertou, estava muito corrido e sua cabeça simplesmente estava ignorando as vinte e quatro horas passadas. Louis como sempre, parecia alheio a tudo, como se nada tivesse acontecido.
Depois que ele finalizou a ligação com Dua, os dois arrumaram e limparam a sala de cinema enquanto Louis choramingava que era novo demais para ser preso e Harry o explicava que não, ele não seria preso - ocultando o "por agora" no final da frase.
Eles tomaram um banho rápido, cada um em seu respectivo banheiro e se encontraram mesmo sem combinar, na cozinha no mesmo instante. Louis não perguntou, mas começou a fazer dois sanduíches de frango e salada para que eles pudesse ter um café da manhã/almoço antes que a polícia viesse o buscar.
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The Blue Crime • {l.s}
FanficO convívio no ambiente de trabalho não foi o suficiente para fazer o advogado e empresário Harry Styles gostar do estudante e dançarino da boate Eros, Louis Tomlinson, pelo contrário. Mas quando um crime acontece dentro da boate e Louis é o principa...