The night everything changed

86 13 60
                                    




23 de novembro, dia do assassinato na boate Eros

Era um dia perfeitamente normal e calmo para Louis. Ele estava sorridente e descansado naquele sábado particularmente gelado.

Na noite anterior ele havia ganhado a discussão com Harry e ainda não tinha encontrado com aquele insuportável hoje. Seu dia foi repleto de lanchinhos saudáveis e saborosos, junto de seu melhor amigo e vários filmes de comédia romântica. Tudo fluía perfeitamente bem!

Mas como um drama vivant, algo tinha que descarrilar o dia de Louis.

Naquela noite, Eros havia sido reservada por um magnata californiano com muito dinheiro. Louis não o conhecia e duvidava que sua mulher soubesse da pequena comemoração para mais de cem pessoas que o sujeito estava dando - ele apenas supôs que o homem tivesse uma mulher dado o perfil clássico e clichê que eles estavam tratando ali.

As informações que Kacey, a coordenadora da equipe de dançarinos da Eros, o passou eram vagas, mas numerosas: a boate estava fechada para aqueles empresários; era expressamente proibido perguntar o nome deles a não ser que eles dissessem a você; danças privativas estavam liberadas, se algum dos convidados o pedisse por isso e ele aceitasse, as salas privadas estavam todas abertas. Sobre as danças, Kacey os avisou que poderiam cobrar o valor que achassem o ideal ou que acordassem com o cliente e também os assegurou que todos os funcionários que o tal empresário havia anotado na lista VIP estavam avisados que a Eros oferecia strippers e não prostitutas, e que qualquer caso de abuso ou tentativa, a medida a ser tomada seria na polícia.

Sendo assim, quando o tal ricaço se aproximou de Louis, apresentando-se como Matthew e oferecendo dez mil dólares por uma dança privada, ele nem pensou duas vezes antes de aceitar.

-Então, querido, o que achou? - Louis perguntou ao final de sua apresentação ao som de "Earned It".

-Lindo, você é uma delícia - o velho, que não deveria ter mais do que 56 anos, respondeu praticamente babando.

-Posso repetir se você quiser dobrar o valor - Louis sugeriu falsamente inocente.

-Para dobrar o valor vou querer um pouco mais do que uma dança, não acha justo?

Louis o olhou como se ele fosse um idiota. Típico. Louis não entendeu onde ele queria chegar, mas ele faria o homem se achar um imbecil por não ter conseguido explicar e não deixaria brechas para que pensasse que Louis era incapaz de compreender algo. Ninguém o tiraria de bobo nunca mais nessa vida.

-O que você acha de um boquete, lindeza? Coisa rápida, prometo não demorar.

Louis transformou sua expressão em completo nojo.

-Primeiro, todos vocês foram avisados que nós da Eros apenas dançamos, então é completamente nojento e sem noção da sua parte sugerir qualquer contato sexual. Segundo, isso não é um bom argumento. Agora sai da minha frente.

O homem se aproximou mais.

-Se você der mais um passo, eu vou gritar.

-Não precisa disso - o tal Matthew disse com a voz horripilantemente carinhosa - Estou te pedindo algo tão simples, lindeza, e ainda estou oferecendo muito dinheiro por isso.

-Não, obrigado. Se afaste.

O homem pareceu perder a paciência e, apoiando as mãos na parede, prendeu Louis entre seus braços.

-Você acha o que? Que vai rebolar esse cu, me deixar assim e ir embora? - o homem arrastou sua ereção na coxa de Louis e ele quis vomitar ali mesmo - Vamos lindeza, acabe o que você começou.

The Blue Crime • {l.s}Onde histórias criam vida. Descubra agora