Um Marquês Apaixonado - Imogen Bridgerton

Capítulo 11

Onde nosso herói se permite apaixonar pela única vez.

Thomas estava totalmente em choque, paralisado ali em seu escritório, estava sentado na poltrona de frente à sua mesa com a carta do pai aberta sobre ela, a bendita carta com a verdade. Ele havia lido tudo, cada palavra e por fim depois de chorar de emoção, sorriu. Sorriu pois finalmente tinha um motivo para mandar Dorothea embora desta casa, poderia se ver livre dela, já estava casado com Imogen e tinha o testamento verdadeiro do pai em mãos, era só usá-lo.

Mas havia algo incompleto, algo que não cumpriu à pedido do pai, não tinha certeza se havia se casado por amor. Sim casou-se com Imogen porque tinha consumido ela por completo, também o Visconde havia o ameaçado com seu punho e descobrira aquela tarde que teve dedo de sua mãe nisso, mas gostava da companhia de Imogen, diferente da mãe que detestava seu pai, mas não sabia se era amor.. como poderia saber?

O Marquês é interrompido de seus pensamentos pela governanta da casa, a senhora Varley que na opinião dele foi um anjo por ter guardado a carta do pai, adentrando seu escritório após bater na porta.

— Vossa graça, perdão por incomodar-te, mas trago atualizações das ações que a Marquesa realizou no vilarejo, gostaria de ouvir sobre? — a governanta havia um papel de pergaminho em mãos com uma pena e fitou o Marquês esperando uma confirmação.

Thomas apenas assente com a cabeça desnorteado demais nos pensamentos para verbalizar alguma palavra para Varley.

— Pois bem.. a Marquesa foi a feira anual da colheita ontem à tarde e realizou.. — Varley foi citando tudo que havia em sua lista num tom alto e claro.

Thomas tentou prestar atenção no que a Governanta o dizia, mas não conseguiu, seus pensamentos só martelava a mesma pergunta: Estás apaixonado?

Não aguentando mais ser torturado por essas incertezas, olhou para a senhora Varley e decidiu questiona-la, sabia que os criados não se metiam na vida de seus senhores, mas ela trabalha para a família à anos, o vira crescer, então iria pedir sua opinião.

Sua ajuda.

— Senhora Varley! — bradou Thomas interrompendo a fala da criada.

— Sim, vossa graça? — A Governanta tinha um olhar curioso sobre o Marquês, provavelmente querendo saber o motivo da interrupção.

O Marquês respirou fundo, começando a ficar inquieto no seu assento, não podendo mais ficar sentado, levantou-se e foi em direção a criada parando assim à sua frente olhando bem nos olhos, e perguntou.

— Como sei.. se estou apaixonado? — ao perceber a expressão de confusa da criada desviou o olhar do dela.

Varley sabia como era está apaixonada, era casada à muitos anos com o jardineiro da família Townshend, e era muito feliz de fato. Mas o que a deixou ainda mais surpresa foi a pergunta vindo do Marquês, claro soubera que ele não tinha uma história de amor na qual se inspirar levando em conta o casamento dos pais, mas não esperava que pedisse ajuda de uma simples criada.

— Perdão, vossa graça? — a velha governanta pisca surpresa soltando o ar devagar.

— Eres casada não é? Então deve saber, o que é.. o amor? — Thomas se enrola nas palavras mas consegue finalizar.

— De fato sou, perdão vossa graça é que fui pega totalmente de surpresa. — Disse a governanta se abanando com a própria mão.

— Ah claro, indelicadeza minha te abordar dessa forma. Por favor vamos nos sentar! — O Marquês balança a cabeça e em seguida guia a criada até o sofá que havia alí no escritório sentando um em cada ponta.