Epílogo

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Querida irmã!

Delphine está bem! Sim este é o nome dela, ela é uma menina, nasceu saudável e muito chorosa. Thomas e eu estamos extremamente felizes com a chegada da nossa primeira filha, e estou ansiosa para que todos vocês a conheçam.

E não se preocupe irmã, logo irá pegar barriga também e será uma ótima mãe tenho certeza! Você vai conseguir irmã. Manda um abraço para o Michael, estou morrendo de saudades de ambos espero um dia poder visitá-los na Escócia.

Com carinho, Imogen.

Carta enviada da Marquesa de Townshend para sua irmã, Francesca Stirling a Condessa de Kilmartin, dois dias após Delphine, sua primeira filha nascer em Janeiro de 1827.

(...)

•Agosto, 13 de 1831•

Numa madrugada fria de agosto, Imogen estava prestes há dá à luz ao seu terceiro filho com Thomas, o Marquês de Townshend. A propriedade estava toda em movimento, criados subindo e descendo escadas, com flanelas e bacias de água para a Marquesa.

Estavam à espera do médico da região que já havia sido comunicado à uma hora e meia atrás, Thomas estava histérico, só conseguia gritar quando algo saía do controle ou quando ouvia os gritos de sua esposa e não podia fazer nada para ajudar, foi proíbido de adentrar o quarto da marquesa pela parteira da família então isso o deixou ainda mais nervoso.

— ONDE ESTÁ O DOUTOR ARCTUROS? PRECISAMOS DELE URGENTE! — grita o Marquês fazendo os criados o olharem com expressões de medo.

— Calma vossa graça, ele há de chegar logo, tenho certeza! — diz Varley, a governanta tentando passar tranquilidade ao seu senhor.

Oh céus, como poderia ficar assim toda vez que Imogen estava prestes a dá a luz? Já fizera isso duas vezes antes, tinha duas filhas lindas e saudáveis, Delphine que dera o nome em homenagem a flor favorita do pai e Georgina, em homenagem a sua irmã. Mas tirando isso algo o incomodava, o fato do médico ter sido comunicado e não estar alí de imediato, por Deus, era sua esposa! E estava sentindo dor.

O médico precisa chegar, e precisa chegar agora.

— Ouvi barulho de carruagem vossa graça, deve ser o doutor! — a camareira pessoal de Imogen brada perto da grande vidraça.

— Graças ao meu bom Deus! — suspirou aliviado e deu passos rápidos em direção ao hall de entrada.

Logo Jeffers, o mordomo da família abre as grandes portas de entrada da casa Townshend e atrás dele vinha o médico, o Doutor Arcturos, Thomas agradeceu internamente pela chegada do mesmo ou quem iria precisar de cuidados médicos seria o próprio de tão nervoso que estava, tinha os batimentos acelerados e só conseguia pensar em como teria que ser forte para sua esposa e seu filho independentemente se fosse menina e quem sabe dessa vez um menino?

(...)

Já se encontravam dentro do quarto da Marquesa, Imogen estava deitada com as pernas bem abertas e posicionadas numa posição apropriada para parir. Com um lençol cobrindo a parte debaixo do seu corpo e o médico alí no meio dela, a parteira fazia uma massagem para ajudar que o bebê desliza-se da barriga para a saída de sua feminilidade.

Thomas assistia tudo andando de um lado para o outro, como se a qualquer momento pudesse abrir um buraco no chão, quando ouviu um grito alto soar da garganta de Imogen rapidamente levou seu olhar para a esposa alí na cama e a viu fazendo força para que o bebê saísse logo. Não aguentando ver a angústia no rosto da esposa se virou e começou a ditar uma reza que aprendera na igreja local, e esperava que esse ato divino ajudasse no parto.

Um Marquês Apaixonado - Imogen Bridgerton Onde histórias criam vida. Descubra agora