The final chapter

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                                                  Sexta-feira
                                                       00:00

O caos se instalava no andar de baixo da mansão, como meu irmão dissera: "Quando o relógio bater 00:00h, meus homens vão entrar com tudo naquela mansão. Quando for a hora, você vai pular a janela e vai me encontrar no endereço em que combinamos".

Não sabia como estava a situação lá em baixo, mas pelo baralho parecia que meu irmão não estava para brincadeira. Não sabia quantos homens eram, mas foi o suficiente para nenhum dos meninos terem subido aqui ainda, o que significava que era meu momento de ir.

Não levo nada, somente a roupa que estava no corpo, minha arma na cintura e uma adaga no meu coturno - a mesma adaga que meu irmão havia me dado no meu aniversário de 16 anos.

Pulo a janela do meu quarto e vou correndo sorrateiramente até os portões da mansão. Antes de sair por eles, me viro e olho para a casa, vai ser uma batalha sangrenta.

Meu irmão havia deixado uma moto para mim do lado de fora dos portões, já que se eu saísse com meu carro daria muito alarde.

O caminho todo só consigo pensar em que talvez um de nós morra essa noite. Que quando entrarem no meu quarto e ver que não estou lá vão entrar em desespero. Mas essa luta é minha, não deles.

                                 ◇
Depois de alguns minutos, chego no local. Marcamos de nos encontrarmos em uma construção abandona. Se tivessem dado segmento, teria se transformado em uma casa enorme e linda, mas nunca foi finalizada. Portanto, tinha várias coisas pontiagudas espalhadas pela casa.

Entro e por sorte era Lua cheia, que iluminava toda a casa. Procuro por meu irmão, mas não o encontro, até que escuto sua voz me chamando no andar de cima.

- Estava a espera da sua chegada, irmãzinha - ele diz me olhando lá de cima.

- Para de se fingir de culto - digo subindo as escadas, indo ao seu encontro.

Termino de subir as escadas e ficamos cara a cara. Uau! Para ser sincera, uma parte minha sempre soube que ele estava vivo, mas não imaginei estar na frente dele.

Eu só queria me jogar em seus braços e implorar por seu perdão - quem diria, eu, Scarlet Scuderi pensando em uma coisa dessas - pela primeira vez eu só queria concertar o que eu estraguei. Mas fingi postura.

- Sem armas ok? Pode ir tirando sua arma da cintura e a adaga - o filha da puta me conhece.

Tiro minha arma da cintura, retiro o pente com as balas e jogo tudo no andar de baixo. Retiro a adaga do coturno e jogo em seus pés.

- Você guardou ela durante todos esses anos né? - pergunta com um sorriso cínico no rosto

- Sempre guardei uma parte de você comigo - eu digo, e consigo ver em seu olhar que ele fica desestabilizado

- Como vai o coração que o Remo quebrou? - golpe baixo.

- Como vai a pancada na cabeça? Parece que eu não fui única que guardei uma parte de você, a cicatriz diz muito.

Em questão de segundos após o que eu disse, vejo ele fechando sua mão direita com força e vindo para cima de mim. Ele sempre foi mais esquentado do que eu.

Eu desvio rapidamente do soco, fazendo com que fiquemos cara a cara novamente. Nossos olhares se encontram, e percebo que não tem para onde fugir. Era hora de acabar com isso!

S/N Hale - Parte Dois Onde histórias criam vida. Descubra agora