Dez: Musa.

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boa noite coleguinhas

como vocês estão? espero que bem :D

espero que gostem dessa atualização, tenham uma boa leitura!

qualquer erro de ortografia eu corrijo depois.

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Rosé acordou na manhã seguinte na sua cama e pensou que tinha dormido demais porque o despertador não tinha tocado, mas então ela olhou para a tela do celular com a luminosidade alta e se deu conta que ainda eram 4h da manhã. Ela bufou sem paciência, seu corpo estava cansado e parecia que um caminhão tinha atropelado ela. Ao mesmo tempo ela não sabia como devia se sentir depois de tudo que tinha acontecido antes.

Park não era o tipo de pessoa que lia com frequência, mas quando queria fazer seu cérebro descansar de novo, ela ficava lendo até não aguentar mais e pegar no sono. Sempre funcionava. Ela tinha mais 1h30 de sono e queria pelo menos dormir mais 30 minutos se fosse possível. Ela abriu a gaveta da sua cômoda e puxou um livro de lá, era Meu Ano De Descanso e Relaxamento da Ottesa Moshfegh, ela tinha lido aquele livro inteiro alguns meses atrás e fácilmente poderia fazer toda sua personalidade se tornar sobre ele. Aquele livro era fantástico e lidava com certos assuntos de uma forma que sempre a deixava maravilhada. A escrita era fluida e a forma grotesca de pensar da personagem principal era muito interessante.

Roseanne abriu o livro em uma página aleatória e começou a ler, pensou que ajudaria. Mas depois de 45 minutos lendo sem parar e continuar sem sono ela desistiu. Ela estava suada, parecia que tinha acordado de um pesadelo. Ela tinha lavado a cabelo antes de dormir e agora ele já parecia melequento e oleoso por causa do suor, ela ficou irritada e se levantou da cama. Não tinha jeito, ela teria que lavar os cabelos de novo.

Ontem tinha sido facilmente a melhor segunda do ano todo dela, mas hoje era terça-feira e ela já tinha começado mal. Roseanne não sabia de onde ia tirar disposição pra ficar horas e horas posando para um fotógrafo para receber um dinheiro nem tão bom assim. Ela amava modelar é claro, mas aquele era um dia ruim. E em dias ruins, não tinha nada que a ajudasse a melhorar seu humor. Ninguém funcionava bem de mau-humor.

Park pensou em mandar uma mensagem para Jennie e conversar um pouco, mas ela deixou esse pensamento ir embora, porque provavelmente a amiga ao contrário dela ainda estava no décimo sono. Não podia culpar Jennie por isso, pelo menos uma das duas tinha que dormir direito.

O café da manhã era a refeição mais importante do dia e Rosé tinha crescido escutando isso da sua família. Ela sorriu ao lembrar dos pais e da irmã, como ela sentia saudades deles. Quando se mudou para Seul e seus pais voltaram para Austrália em Sydney ela sentiu como se uma parte dela tivesse ficado lá. Ela sentia falta de ouvir Alice falando do trabalho dela com os tubarões e de ouvir a mãe reclamando toda vez que ela andava descalça pela casa. Ou de ouvir seu pai perguntando como estava a vida amorosa dela.

A sexualidade de Rosé nunca foi um problema para os pais e ela sabia que de certa forma ela era privilegiada por conta disso, porque nem todo mundo vivia a mesma realidade dela. Porém ela tentava afastar esses pensamentos e desejava que um dia as pessoas pudessem como sociedade deixar todo o preconceito de lado e começar a aceitar as pessoas como realmente eram. Ela sabia que isso provavelmente não aconteceria, porque o mal do mundo se concentrava na própria humanidade. Entretanto, pelo menos ela tinha um pouco de esperança de que talvez um dia o desejo dela se tornasse verdade. Quem sabe?

Park caminhou com calma para fora do quarto, quando era mais nova e tinha anemia, era difícil levantar da cama sem começar a ver tudo preto e quase desmaiar. Hoje em dia, levando a alimentação à sério, era raro que esse tipo de coisa acontecesse, já que sua mãe telefonava para ela todo final de semana para ter certeza de que ela estava se alimentando direito. E às vezes, duvidando da própria filha, ela conversava com Jennie só para ter certeza de que aquilo era verdade. No início esse comportamento irritou Rosé, mas hoje em dia ela tinha se acostumado. Jennie já agia como uma segunda mãe de qualquer maneira.

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