Onze: Amor pela metade.

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oi coleguinhas, como vocês estão?

espero que bem, tenham uma boa leitura!

qualquer erro corrijo depois.

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O que Suzy precisava fazer para agradar os pais?

Essa era a pergunta que ela fazia enquanto analisava alguns documentos sobre possíveis parcerias para a Satellite Models, a sua cabeça estava quase explodindo de ler tantas letras pequenas que ela precisou colocar o óculos de leitura para auxiliar ela naquilo. Suzy respirou fundo quando começou a ler os termos que a marca estava pedindo pelo contrato e o que estava oferecendo para algumas das modelos dela, algumas exigências eram completamente ridículas e sem cabimento e isso acabou a irritando. Ela já não estava tendo um dia fácil e ainda tinha que lidar com gente sem noção.

E como se já não bastava todo o estresse, ela ainda tinha seus pais e seu irmão torrando a paciência dela reclamando sobre como ela deveria melhorar certas coisas da agência e dizendo que ela deveria dar menos liberdade para as modelos, porque elas estavam muito "saidinhas". Bae rolou ao ouvir as palavras da mãe no telefone e não deu muita corda para qualquer coisa que eles quisessem dizer para ela. Ela não tinha tempo para isso, a empresa era dela e ela tocaria os negócios da forma que achasse melhor, eles não tinham nada que ver com isso.

Na cabeça deles, ele ia afundar a agência que se mantia viva há mais de 100 anos, porque eles não achavam que ela fosse realmente capaz de comandar aquele lugar.

Mas ela era apta, extremamente apta. Ela não precisava da opinião de ninguém naquele momento. Quando ela leu o contrato mais uma vez, ela pensou sobre o que poderia aceitar e sobre as condições que ela faria em cima do que ela tinha lido. Algumas coisas eram até aceitáveis, como as marcas pedindo por exclusividade e por modelos que fossem simpáticas, mas tinham certas coisas nas características físicas que eram praticamente desumanas.

Era como ler algo parecido com "queremos bonecas humanas que estejam a beira da anoréxia" só que disfarçado com outras palavras para não parecer tão ruim quanto. Bae fechou os olhos e suspirou fundo, tentando reunir forças para prosseguir com aquilo. Realmente não era fácil ser ela.

Ela acabou interfonado para a sua secretária, Yeri, e pediu que ela ligasse para a marca que estava oferecendo uma parceria e disse para ela avisá-los que ela já tinha uma resposta para dar e enviaria um pdf com todas as suas contra-condições para aceitar o contrato. Ela enviou o pdf para Yeri e ficou na sala, olhando para o teto refletindo.

De verdade, hoje era um dia que ela não queria estar lá trabalhando. Ao contrário de muitas pessoas, trabalhar era satisfatório e ajudava Suzy manter a mente ocupada, ela gostava de trabalhar, mas só quando tudo dava certo. Quando as coisas começavam a dar errado em efeito dominó ela precisava reunir muitas forças para não ter um surto psicótico. Ela sempre soube que cuidar de negocios de familia não seria fácil ou as sete maravilhas do mundo, mas não pensou que poderia ser tão estressante e difícil.

Tudo seria mais fácil se ela tivesse o apoio da própria família, ela pensou. Porque se eles a ajudassem invés de criticarem absolutamente tudo que ela fazia, ela provavelmente saberia lidar com certos assuntos de forma melhor e não teria sempre que surgir com ideias mirabolantes para resolver os problemas não solucionados. Quando ela não conseguia executar algo, ela pedia ajuda da equipe que tinha contratado e se fosse o caso, pedia ajuda para as amigas.

Nada que Suzy fazia estava bom o suficiente para os pais dela, ela sabia que muitas pessoas podiam se identificar com esse discurso, mas era triste pensar que tudo que ela queria era que eles fossem um pouco mais bondosos com ela. No começo eles até a apoiavam, mas quando o seu namoro terminou eles definitivamente passaram a odiá-la. Se as críticas tinham cessado durante o relacionamento dos dois, elas tinham guardado todas elas para jogar bem na cara dela quando ela apareceu solteira. Era como se eles estivessem esperando por qualquer mínimo erro para poder dizer algo ruim para ela.

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