Declínio

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Bom, depois de uma pandemia inteira, finalmente estou trazendo esse projeto. Essa fic tem um significado enorme para mim, e espero que ela possa apetecer vcs!

Mas, antes de começar, avisos:

1. O casal principal é Scorbus (Scorpius e Albus), ou seja, um shipp aquileano. Se o casal não te satisfaz, é simples: Não leia;
2. Essa história tem conteúdos sensíveis como uso de drogas, transtornos alimentares, relações tóxicas e muito outros. Minha maior prioridade sempre foi meu público, então NÃO LEIA SE TE FAZ MAL!
3. Os capítulos serão postados em quinzenas, já tenho mais da metade da história em rascunho só esperando revisão, mas hj postarei os dois primeiros de uma vez
4. Aos que acompanhavam Break The Distance, ela irá voltar! Eu só retirei a publicação para poder fazer uma revisão mais apurada, creio que eu volte com ela no fim de 2022/começo de 2023
5. Aproveitem a história!

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Medíocre em seu quarto, Albus Potter sentia que poderia morrer a qualquer momento.

Ele sabia que era tarde e que deveria descansar pois de manhã ele tinha que se preparar para o seu sexto ano em Hogwarts, mas simplesmente não conseguia dormir. Sua mente não desligava, diversos pensamentos correndo livremente de maneira desgovernada, o deixando louco. Todos eles eram direcionados a algo em comum: a carta que havia recebido de Matthew, seu (agora ex) namorado.

A carta estava amassada e jogada em uma das gavetas da sua cômoda, as palavras escritas em uma caligrafia bonita eram tão afiadas quantos facas, cortando-lhe seu coração. Era tudo tão divino, tão perfeito... Como havia desabado em questão de segundos? Não conseguia raciocinar, não conseguia conter as malditas lágrimas que insistiam em molhar seu rosto. Queria correr, gritar, quebrar tudo que estivesse em sua frente, mas não podia. Para todos da sua família era um isolado que nunca nem havia beijado.

Secou seu pranto e sentou-se na cama, abrindo a última gaveta de sua cômoda, mexendo nas coisas que haviam ali até encontrar o que queria: uma cartela de comprimidos tarja preta. Não que fosse um ansioso ou um depressivo de merda, longe disso, mas aquele remédio ajudaria a desligar sua cabeça e conseguir dormir como sempre havia sido, não mudaria da noite pro dia. Destacou dois comprimidos e de uma vez os engoliu a seco, guardando a cartela no lugar junto da carta amassada. Se deitou de barriga para cima, olhando para o teto que brilhava pelos desenhos feitos por ele próprio em tinta fluorescente, tentando em vão acalmar sua respiração. Sentia a mandíbula trincada por conta de seu bruxismo, lhe deixando com dor de cabeça, sua placa dentária não estava surtindo efeito. Virou de lado, abraçando um dos travesseiros em sua cama e fechou os olhos, desejando a todo momento que tudo não passasse de um pesadelo.

Mas obviamente aquilo não era um pesadelo, e sim sua vida. Sua estúpida e deprimente vida.

Para Albus Potter, ele era um desperdício existencial.

Quando o remédio surtiu efeito, Albus entregou-se a Morfeu num sono profundo e sem sonhos.

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Bocejou pelo que seria a décima quarta vez naquele período de tempo. Seu rosto trazia expressões cansadas, e abaixo dos seus olhos haviam grossas olheiras, sinalizando a péssima noite devido sua crise de choro. Sua cabeça latejava de dor por conta do bruxismo, e bufou irritado pela conversa enfadonha que sua família tinha. Quando poderia finalmente entrar naquela porcaria de locomotiva e parar de ouvir sobre os Níveis Ordinários em Magia?

- Albus? - O garoto revirou os olhos antes de olhar para o pai, com quem teve o agouro de nascer quase como uma cópia física. Harry Potter era o pai dos sonhos de qualquer pessoa, mas para Albus era seu maior pesadelo. - Não nos contou que teve um dos maiores desempenhos nos NOM's, filho

Flowers and ButtlerfliesOnde histórias criam vida. Descubra agora