Caligem

23 5 0
                                        

AVISO: o capítulo a seguir apresenta uma cena de 3st*pr0 de vulnerável. É sem dúvidas um dos capítulos mais difíceis que eu já escrevi e um dos que mais me afeta. Por isso, já deixo claro: NÃO LEIA SE TE FAZ MAL!

Ademais, fiquem com o capítulo a seguir

•─ ✾ ─•

Após a partida foi constatado que Scorpius Malfoy havia realmente desmaiado, deixando grande parte de Hogwarts preocupada com seu estado já que sua queda não fora algo agradável de se presenciar. A enfermeira de Hogwarts, Madame Williams, uma mulher preta e corpulenta na casa dos cinquenta anos, rapidamente fez seu atendimento, o levando para um check-up na enfermaria.

Mesmo com Malfoy não estando em seu melhor estado, a Slytherin decidiu comemorar a vitória do primeiro jogo, e logo no começo da festa um brinde fora feito para o apanhador desacordado. A música era ensurdecedora e repetitiva, mas não havia jogo de luzes daquela vez para o alívio de Albus. Observava tudo com desinteresse, desde um primeiranista a provar cerveja amanteigada até o intenso beijo entre Koch e García no centro da comunal. Daquela vez em seu copo tinha Firewhisky e rum de groselha, e na outra mão um cigarro de maconha não aceso.

Matthew não saía da sua cabeça. Mesmo ficando com Ethan, mesmo falando todos os dias para si mesmo que tinha que seguir em frente e entender que havia sido só uma fase, doía como o inferno ver seu cara nos braços de outra e saber que estavam noivos. Todos os dias Albus morria por saber que Matthew não era mais seu, e, mesmo contra sua vontade, Ethan, as bebidas e as drogas tornaram-se sua válvula de escape.

Era só uns amassos e transas com Ethan Daverson. Era só um copo com Firewhisky e rum de groselha. Era só um cigarro de maconha. Albus queria um pouco de cocaína e pó de fada naquele momento. Albus queria um pouco de felicidade, um pouquinho apenas. Albus queria ir ao paraíso mais uma vez, como sempre fazia. Ele queria estar bem.

Ethan provavelmente estaria drogando algum quintanista em seu quarto, não ficaria consigo naquela noite como nas outras vezes. Ele era ocupado, Albus não iria atrapalhar suas atividades por carência, não seria legal da sua parte. Usou a varinha para surgir uma pequena bola de fogo em sua ponta, e com ela acendeu seu cigarro, sentindo quase que instantaneamente ficar mais relaxado. Virou o resto de sua bebida em um gole só, e saiu da muvuca que era a comunal verde e prata tragando profundamente o cigarro de maconha, um tanto tonto e aos tropeços.

No corredor para os dormitórios viu Ethan sair de um quarto um tanto quanto risonho. Suas roupas estavam bagunçadas assim como seu cabelo e havia uma marca de batom de forte tom carmim borrado em sua bochecha, fazendo Albus sentir uma pontada no coração. Ele estava com uma outra garota de novo.

Não sabia definir sua relação com Ethan. Se pegavam e transavam em quase todas as noites, mesmo que grande parte das vezes não fosse o principal desejo de Albus, e Ethan dizia que ele especial e único mas do que adiantava aquela breguice se toda vez que fosse drogar alguém voltava como se tivesse acabado de sair de uma orgia? Se é que poderia ter saído de uma, parando para pensar.

Por mais que se sentisse mal pela falta de atenção, Albus simplesmente não podia cobrar por ela, eles só tinham um lance, não era nada sério. Mesmo que Ethan dissesse que era melhor eles não ficarem com mais ninguém, Albus sabia que no final de tudo estava sendo feito de idiota e que era apenas um brinquedo para Daverson descartar quando não tivesse mais interesse nele, mas não iria acabar com aquilo. Daverson conseguia coisas que Albus não conseguiria sozinho, Daverson levava Albus ao paraíso. Ethan Daverson podia ser um cretino, mas ele sabia como fisgar alguém.

Flowers and ButtlerfliesOnde histórias criam vida. Descubra agora