𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟓 • 20 segundos

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DAMIANA não deveria se sentir daquela forma pilotando o F-18 como se sua vida dependesse daquilo

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DAMIANA não deveria se sentir daquela forma pilotando o F-18 como se sua vida dependesse daquilo. Adrenalina corria em suas veias a cada curva estreita que fazia, jogando a aeronave de um lado para o outro com maestria.

Rooster, a sua frente, tinha certo reflexo dela, e ele nunca se sentiu tão culpado como agora que voava ao lado dela. Schneider sabia pilotar bem. Tal vez estivesse um pouco enferrujada, mas nada que subir numa daquelas naves algumas vezes não resolvesse.

As palavras que ela tinha lhe dito ainda martelavam em sua cabeça — "Vou me certificar de que você não precise sofrer ao ver a maior decepção do Almirante Kazansky nesta base nunca mais." Fosse lá o que ela queria dizer com isso, Bradley não entendeu. Ela esteve em todos os treinamentos, assistiu todas as fitas, sempre sentada sozinha na parte de anterior da sala.

Ele queria poder ter sentado ao lado dela, visto quais emoções ela deveria estar expressando enquanto analisava meticulosamente para erro fatal que as designadas duplas cometiam. Parte dele não conseguia dormir de noite com medo de que fosse acordar para um novo dia e Damiana tivesse sumido, mas outra parte de si esperava que ela fosse embora apenas para que ele não precisasse encarar as palavras maldosas que tinha jogado na cara dela.

Rooster, estamos 20 segundos atrasados — exclamou ela pelo rádio.

A voz de Damiana estava carregada de ódio, ele percebeu. Bradley deveria ter ficado preso em seus próprios pensamentos, pois jurava que eles tinham lhe dito mais coisas antes da voz furiosa de Damiana rugir pelo comunicador.

— Estamos bem — ele disse de volta, vendo o mapa em seu display. — A velocidade está boa.

Aumenta para 500 nós — mandou ela.

— Negativo, Supernova — respondeu. — Mantenha.

Rooster, estamos atrasados!

— Estamos vivos — lembrou, tendo certeza de que estava a enfurecendo cada vez mais. —Vamos compensar na reta.

A gente não vai conseguir! — ela gritou.

Pobre coitado do Fritz. Rooster mal imaginava como ele deveria estar sentado atrás de Damiana pegando fogo. Ele quase conseguia imaginar fumaça saindo dela, irada com as escolhas de Rooster. Entretanto, tudo o que ele queria fazer era garantir que estavam vivos. Apenas completar a missão não faria diferença que se um deles morresse.

— Confia em mim — pediu, ou melhor, implorou. — Mantenha essa velocidade. A gente consegue.

Confiar em você? — gritou ela. Ah, Damiana estava mais do que furiosa agora. — Só pode ser brincadeira. Essa sua estratégia vai acabar nos matando!





BRADLEY praticamente conseguia sentir o olhar irado de Damiana em si. Se um olhar matasse, ele já estaria enterrado há uma hora. Damiana não estava mais sentada sozinha, já que agora Fritz estava ao lado dela — ele tinha a impressão de que era para segurar a pilota no lugar caso ela decidisse pular no seu pescoço a qualquer momento.

Supernova ❆  𝐑𝐨𝐨𝐬𝐭𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora