𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟏𝟔 • Almirante Kazansky

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MAVERICK estava em uma posição que não sabia mais como reagir aos acontecimentos — Rooster e suas birras, Hangman e suas provocações incessantes, Damiana querendo desistir de voar

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MAVERICK estava em uma posição que não sabia mais como reagir aos acontecimentos — Rooster e suas birras, Hangman e suas provocações incessantes, Damiana querendo desistir de voar... Ele estava coberto por problemas e não conseguia ver uma solução nem para um deles.

A mensagem de Ice estava assombrando sua mente há horas. Eu preciso ver você, dissera ele. Não é uma boa hora, Maverick tinha respondido. Eu não estou pedindo, ele disse em seguida.

Foram as palavras que levaram Maverick e sua moto até a residência do Almirante Kazansky. Ele abriu um sorriso ao ver as crianças correndo pelo quintal, deu um apertado abraço em Sarah  ao vê-la, mas os olhos dela tinha denunciado algo a qual Pete não tinha se preparado para ouvir:

— Os médicos não podem fazer mais nada. Até para falar agora dói — Sarah tinha dito, segurando as lágrimas.

— Sarah, eu sinto muito.

Na época da Top Gun deles, Maverick e Iceman eram como hoje são Rooster e Hangman. Tinham alguns quadros com os dois espalhados pela casa, muitas fotografias da época de piloto de caça de Tom e adereços militares.

Maverick ainda sabia de cor o caminho para o escritório de Tom, mesmo depois de todos aqueles anos. Ele não bateu ao abrir a porta, mas entrou no exato momento em que o Almirante se recuperava de uma crise se tosse. Câncer era uma droga. Tom já tinha passado por tudo aquilo anos atrás, mas sua condição tinha melhorado. Agora, Maverick via que não era esse o caso.

— Almirante — chamou ele, tentando manter a compostura.

Iceman, mesmo com a doença que o enfraquecia, ainda era o mesmo de sempre. Seus cabelos grisalhos estavam penteados para trás e óculos adornavam seu rosto. Um cachecol tinha sido colocado em seu pescoço e usava um casaco de lã. Estava bem quente lá fora, mas Maverick sabia que ele não poderia pear friagem ou talvez se sentisse com frio. Maverick puxou uma cadeira para se sentar de frente para Ice que abriu um sorriso ao vê-lo.

— Como está o meu ALA? — ele perguntou brincando.

Quero falar de trabalho, digitou Ice em seu computador. Eles se comunicariam daquela forma, então. Era estranho desde que uma das últimas memórias que Maverick tinha deles juntos era da época em que pilotavam caças sem medo de enfrentar a morte. E ali estava Ice, lutando para não morrer para uma doença.

— Por favor, não se preocupa comigo — pediu. — O que eu posso fazer por você?

Ice não fez nada além de apontar novamente para a tela do computador. Maverick suspirou, contendo a vontade de revirar os olhos. Dando-se por vencido, ele assentiu, sabendo que não conseguiria escapar.

— O Rooster continua com raiva de mim pelo que eu fiz — sibilou Maverick. — Achei que ele pudesse entender o motivo, esperava que ele me perdoasse.

Ainda há tempo. Maverick balançou a cabeça, negando aquilo mais para si mesmo d9o que outra coisa.

— A missão é em menos de três semanas — lembrou. — O garoto não está pronto.

Então o ensine.

— Ele não quer o que tenho para dar — negou, mas Ice o dispensou com um gesto de mãos. — Ice, por favor. Não me pede para enviar alguém para morrer, por favor, não me peça para enviá-lo. Me envie.

Está na hora de esquecer. Aquelas palavras tinha um peso mais do que Maverick queria admitir. Ele ficou em silencio por vários segundos, balançando a cabeça, sem saber o que responder. Ele sentia lágrimas chegarem em seus olhos e a força em lutar para não as deixar cair com as lembranças que o invadiam.

— Eu não sei como — admitiu. — Não sou professor, Ice. Sou um piloto de caça. Um aviador naval. Não é só o que eu sou, é quem eu sou. Como ensino isso? Mesmo se eu pudesse ensinar, não é o que o Rooster quer. Não é o que a Marinha quer. É por isso que eles me cortaram da última vez. O único motivo de eu estar aqui, é você.

Ice o encarou profundamente, absorvendo as palavras de seu ALA.

— Se eu o enviar nessa missão, ele pode não voltar — continuou. — E se eu não o enviar, ele nunca vai me perdoar. Seja como for, eu posso perdê-lo para sempre.

Está na hora de esquecer, Maverick leu novamente. De repente, Ice balançou a cabeça freneticamente, colocando força em seus braços e pernas e se levantando da cadeira de couro que ocupada todos os dias. Maverick se levantou para ajudá-lo no mesmo instante, o aparando pelos pulsos quando Ice tossiu.

— A Marinha precisa do Maverick — disse ele, a voz fraca e rouca. — O garoto precisa do Maverick, por isso eu briguei por você. Por isso você ainda está aqui.

— Não foi só por isso — negou Maverick, pressentindo o que vinha em seguida. — Mandou Damiana Schneider voltar, não foi? Quer que eu a coloque nessa missão também.

Ice assentiu, um sorriso levemente triste crescendo em seus lábios.

— A garota está com medo — sibilou ele, a voz com um tom melancólico. — E está com raiva de mim.

— É ela uma das melhores pilotas, Ice, mas a teimosia dela é pior que a sua — disse Maverick, arrancando um riso de seu ALA. — Ela já entrou com várias cartas de retirada. Você foi quem negou todas.

Ele riu, abrindo um sorriso que vez Maverick rir. Ele não conhecia Damiana como o Almirante, mas sempre ouviu sobre ela e suas façanhas todos aqueles anos. Supernova era um codinome estranho e único, e sabia que ela não deveria tê-lo ganhado por um feito pequeno.

— Quero que ela volte a voar — sussurrou Ice, sentindo-se mais cansado que o normal. — Quero que ela volte a ser feliz.

Maverick não negaria isso a seu amigo de longa data, não quando ninguém sabia até quando ele estaria ali. Ele abraçou Ice com carinho, um gesto que foi retribuído. Ele o agradeceu por tudo — pelos conselhos, broncas, discussões...  O agradeceu por tudo o que tinham passados juntos

— Uma última coisa — disse ice, antes que Maverick fosse embora. — Quem é o melhor piloto? Você ou eu?

— É um momento bacana — resmungou Maverick, rindo. — Não vamos estragá-lo.


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26.11.22

𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

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𝐍𝐎𝐓𝐀𝐒 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐈𝐒:

Finalmente consegui trazer mais um capítulo para vocês! Tenham paciência que, aos poucos, vamos voltando q programação normal!

Vocês já jogaram Call of Duty: Modern Warfare II? Porque eu estou com muita vontade de escrever sobre o Simon 'Ghost' Riley... Minha mega paixonite de leitora de dark romance ataca novamente! O que vocês acham?

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⏰ Última atualização: Nov 26, 2022 ⏰

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Supernova ❆  𝐑𝐨𝐨𝐬𝐭𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora