𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝟒 • Fightertown

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DAMIANA SCHNEIDER era obstinada e uma das pessoas mais inteligentes que Iceman já tinha conhecido

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DAMIANA SCHNEIDER era obstinada e uma das pessoas mais inteligentes que Iceman já tinha conhecido. Ensiná-la tudo o que sabia foi uma imensa honra e privilégio que ele carregaria até sua morte. Entretanto, com a inteligência e experiência, é difícil a pessoa não se tornar arrogante.

Esse era o caso da pilota. Normalmente, ela tentava se controlar, mas em certos momentos deixava o seu espírito responder imediatamente, o que acarretava respostas ácidos e extremamente carregadas de sarcasmo e arrogância.

Ali, parada na entrada do bar, sem realmente saber o que fazer, Damiana se pegou em um desses episódios onde ela não conseguia reagir, paralisada com a aura do ambiente. Era abafado demais, cheio demais... Ela gostava do espaço aberto e do frio, não daquele tipo de atmosfera envolvente.

Nem mesmo suas roupas condiziam com o lugar, deixando-a deslocada da simplicidade da casa. Ela era um contraste do gelo, cortante como uma adaga afiada. Talvez tivesse sido uma péssima hora para chegar, mas ela não se sentia à vontade para ir para os novos alojamentos, e não era como se existissem muitas coisas para fazer em Fightertown.

Ela não sabia dizer se era sorte ou azar, mas suas memórias a atingiram como um míssil quando viu os bordados numa jaqueta que ela nunca poderia esquecer. Damiana soltou a respiração que nem percebeu que prendia, caminhando até o balcão e se sentando ao lado do homem. Ele notou a aproximação, virando-se para ver quem tinha ocupado o lugar, mas quase acabou pulando do banco ao reconhecê-la.

— Pequena Dami? — exclamou ele, abrindo um sorriso. — Nossa, você cresceu, garota.

— Maverick — cumprimentou de volta, tentando dar um pequeno sorriso para ser educada. — Já faz anos desde que me viu. Desde o enterro do meu pai, para ser precisa.

Maverick engoliu em seco, as palavras ficando presas no fundo da garganta. Ele sabia que aquela ali era Damiana, mas não parecia nada com a garotinha que ele se lembrava. Ele admitiria que foi culpa sua tê-la evitado desde o enterro de Smoke, não conseguia encarar a pobre criança sem visualizar o acidente de Goose.

Percebendo o clima pesado que se formou, Penny chegou em uma ótima hora. Ela notou a careta de desconforto em Pete, se apressando em chegar até o dois. De primeira, ela não falou nada, apenas trocou olhares com ele, como se perguntasse se estava tudo bem — resposta: não estava.

— Posso te pagar uma cerveja? — perguntou ele, tentando soar descontraindo.

Damiana o encarou, como se o julgasse, fazendo Maverick travar.

— Está dando em cima de mim?

— É claro que não! — praticamente gritou, assustado. — Você é como uma sobrinha para mim. Eu jamais...

— Ele colocou o celular no meu balcão, o que quebrou a minha regra e ele está pagando uma rodada para todos — disse Penny, se intrometendo antes que Maverick piorasse a situação.

Supernova ❆  𝐑𝐨𝐨𝐬𝐭𝐞𝐫Onde histórias criam vida. Descubra agora