Capítulo 10 - Ciúmes

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Klaus é um completo mistério que precisa ser solucionado. Sua presença deixa tudo confuso, pelo menos é assim que me sinto.

Há uns minutos atrás estávamos brigando, porque ele provocou, claro. E agora ele simplesmente saiu correndo. Eu disse que ele estava com ciúmes, mas... isso significa que ele gostaria de mim.

Não me surpreendo se gosta de mim, afinal passamos meses juntos. Porém ciúmes é uma coisa que se sente quando gosta muito da pessoa e se sente ameaçado a perdê-la para outra pessoa. Se Klaus sente isso significa que gosta muito de mim. Isso explicaria o porquê de ter me trago aqui.

Agora tudo faz mais sentido. Só não sei se isso é bom ou ruim. Como devo lidar com isso? Eu nem sei se também gosto dele.

Calma Stefan. Talvez ele nem goste de você, talvez seja tudo apenas uma confusão.

Preciso chamá-lo para conversar. Mas esse é o momento certo? Ou devo lhe dar espaço? Ele saiu porque não se sentia confortável, certo?

Amanhã eu converso com ele, melhor.

Acordo com um barulho lá em baixo. Me levanto rapidamente. A casa toda parecia tremer. Mas o que era isso?

Visto minha blusa rapidamente e desço as escadas no mesmo ritmo. Só me acalmo quando vejo os dois irmãos lutando no gramado, pela janela. Eles pareciam estar treinando?

Procuro Klaus pelos cantos e o vejo na sala. Estava pintando alguma coisa em um quadro.

— O que tá acontecendo lá fora?— pergunto enquanto me aproximo.

— Ah, nada demais — se vira com um pincel em sua mão. Sinto vontade de rir pelo o quanto está sujo, mas não faço. É incrível lhe ver dessa forma.

Fazendo o que ele gosta, claro, sem ser prender seus irmãos em um caixão. Sem ser muito controlador.

— Eu vou comer alguma coisa e deixar... você terminar sua.. pintura — era estranho conversar com ele depois do que aconteceu na noite anterior.

Antes que pudesse me virar ele solta o objeto em suas mãos. Coloca os braços atrás do corpo e me impede de continuar.

— Sobre aquele quadro...— lembro-me da outra noite em que estava disposto a brigar para não ficar aqui, mas aí vi a minha pintura.

— Klaus — nego com a cabeça. Mesmo que quisesse explicações, não parecia um bom momento.

— Não, eu fui muito duro com você e... merece saber a verdade — sobe o olhar do chão para o meu. Sinto todos os meus membros queimarem apenas com seu azul intenso. Nunca tinha percebido a cor linda de seus olhos, não antes. É neles que posso ver toda a verdade.

— Não precisa, Klaus. Claro que quero que me explique tudo, quero saber, afinal isso em envolve, mas não agora, se quiser um tempo tudo bem — ele me encara com o cenho franzido.

— Você é muito... muito legal, cacete!— solta e se vira com as mãos no rosto. Confuso me aproximo.

— Klaus — chamo, mas ele não responde.— Klaus — toco-lhe o ombro.

— Por favor, Stefan — fala como em um sussurro. Não vou deixá-lo aqui assim. Agora que está mostrando um lado bom, não vou julga-lo, ele merece ser entendido. Apesar de tudo o que fez.

Em meio a tudo isso~ [ KLEFAN ]Onde histórias criam vida. Descubra agora