Capítulo 15 - Refém

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Abro os olhos lentamente. Uma forte luz branca atinge minha visão o que não me permite ver direito. Tento usar o braço para tampar a contraste da lâmpada, mas não adianta, pois o mesmo está amarrado por cordas. Deduzo que estejam banhadas de verbena também, já que quando mexo meus pulsos dói mais do que o normal.

Gemo de dor. Por que estou tão dolorido? Só então percebo vários cortes por todo o meu corpo, a única coisa que consigo ver. Tento desviar o olhar para frente, mas a luz me atrapalha novamente me deixando cego.

— O que está acontecendo?— pergunto para seja lá quem esteja aqui. Talvez não tenha ninguém.

Alivio-me quando a claridade diminui um pouco e enfim posso enxergar alguma coisa. Porém o que está diante de mim não era o que imaginava.

— Klaus?!— me impulsiono para frente, porém levo um choque. De onde? Não faço a mínima ideia. Gemo de dor.

— Cala a boca, Stefan — diz na mesma hora. Até nessas situações ele gosta de me dar ordens. Que saco! Juro que se não estivéssemos presos começaria uma discursão aqui mesmo.

— Pena que você não pode vir calar, não é mesmo?— eu só posso ser louco. As vezes acho que não tenho medo da morte.

— Calem a boca, os dois!— um desconhecido grita. Suspiro alto e tento me concentrar e descobrir aonde exatamente estou. Isso não vai adiantar de nada, já que não posso fazer nada.

Provavelmente Sebastian tinha um plano com Marcel para nos pegar. Eu sabia que não podíamos confiar nele! Ok, assumo que talvez se não tivesse ocorrido o ciúmes, eu não estaria suspeitando dele, mas agora estamos aqui, então do que isso importa?

— O que você quer com a gente?— pergunto na maior inocência do mundo. Posso engana-lo. Klaus me solta um olhar de desaprovação como se a qualquer momento pudesse se soltar das correntes presas no teto e vir brigar comigo.— Em?— falo mais alto atraindo a atenção do homem.

— Cala a boca!— sinto um tapa ser desferido em minha face, minha cabeça tomba para o outro lado. Solto uma risada sem querer.— Do que está rindo?— sua voz arrogante invade meus ouvidos novamente.

— Não te interessa.— outro tapa, talvez o próximo seja substituído por um soco. Acertei.

— Para!— Klaus se impulsiona para frente sendo barrado pelas correntes em seus pulsos.— O que vocês querem?— pergunta com ódio na voz. Claramente sua paciência estava se esgotando.

— Parece que o grande híbrido, Klaus Mikaelson, não é nada preso em correntes de verbena, não é mesmo?— Marcel aparece com um pequeno sorriso no rosto. Ele se aproxima do Mikaelson com as mãos atrás do corpo.

Observo a cena atentamente. Por que foi inventar de ir até a igreja? Mas se eu não fosse provavelmente pegariam o Klaus, apenas ele, poderia salvá-lo após, mas agora não temos ninguém que viria atrás de nós.

— O que você quer?— se entrega as correntes se apoiando nelas.

— Engraçado você pergunta isso. Você manipulou meus filhos para conseguir tomar o MEU império.— que dramático, reviro os olhos.

— Do que você está debochando?— o homem me desfere outro soco, desta vez sai sangue e sou obrigado a cuspir, porém não no chão, mas em sua cara.— Seu desgraçado!— abro um sorriso. Irritado, o desconhecido pega uma faca e enfia em minha barriga. Sinto todo meu estômago queimar.— Está tendo o que merece.— ri.

— Solta ele. Ele não tem nada a ver com isso.— escuto a voz do loiro. Marcel lhe lança um olhar meio receoso.— O que foi? Se tornou covarde depois da minha saída, também?— o moreno levanta as sobrancelhas.

Em meio a tudo isso~ [ KLEFAN ]Onde histórias criam vida. Descubra agora