Em meio a tudo isso~ [ KLEFAN ]

Capítulo 11 - Irmãos em caixões

Sebastian ataca o seu pedaço de torta com vontade. Parece que nunca comeu na vida. Nem parece um vampiro também. Será que é um? Não, ele era um bruxo. Claro, um bruxo.

— Se continuar encarando o rapaz assim furará ele com os olhos, Stefan — porra de Stefan! Quero meu apelido de volta. Tudo bem que eu não ligava, mas eu quero.

— Foda-se — deixo o escapar na raiva.— Eu vou subir — me levanto. Coloco o prato na pia e saio às pressas. Não posso continuar aqui dessa forma. Acabaria deixando escapar alguma coisa.

— Eu já volto — escuto enquanto subo as escadas, mas não paro. Vou até meu quarto e sou parado na porta. Ele me puxa pelo braço e sou obrigado a me virar.

— Aconteceu alguma coisa?— pergunta na cara de pau. Não, imagina. Reviro os olhos e tento sair de perto de si, mas ele aperta meu braço.— Stefan — me encara mais sério.

— Por que não pergunta pro Sebastian?— digo e ele inclina a cabeça para o lado e só então cai em uma gargalhada escandalosa.— Não tô vendo graça — cruzo os braços.

— Isso é ciúmes?— me lembro da noite anterior.

— Sim, diferente de você assumo minhas atitudes e sentimentos — sua cara se fecha. Talvez eu tenha sido um pouco duro demais consigo.

— Eu não tava com ciúmes — diz sério.

— Ah e eu não tô com raiva — digo ironicamente. Ele franze o cenho.

— Está com raiva? Mesmo? Do Sebastian?— suspiro e solto meus braços.— Isso não importa, já que nós não estamos em um relacionamento, então controle suas emoções!— se vira.

Antes que pisasse na escada o paro, assim como fez comigo. Não quero magoá-lo.

— Desculpa — peço.

— Não me importo, Stefan — tenta passar por mim, entretanto lhe empurro para trás. Não vou deixá-lo sair daqui antes de termos uma conversa de verdade.

— Assim como não liga para Hayley? Por que a trouxe aqui, então?

— Isso é outro assunto para outra hora.

— Ah, é? Assim como o que fez ontem a noite? Por que saiu correndo? Medo de encarar seus sentimentos?

— Não — nega com a cabeça como se fosse a ideia mais absurda já escutada.

— Então por que? Admite, Klaus.

— Só queria saber como a Rebekah está. Ela anda saindo muito ultimamente. Suspeito que tenha encontrado alguém e quero cuidar da minha irmãzinha!

— É uma boa desculpa para fugir da verdade.

— Não é uma desculpa. O que há com você?— coloca os braços atrás do corpo. Droga!

— Você! Você apareceu na minha vida com seus problemas e então tudo virou de cabeça pra baixo!— abro os braços e de repente estou desabafando com ele.— Estava tudo mais ou menos com Elena e Damon, aí você chegou, me levou com você e então tive que fingir estar feliz, tive que seguir suas ordens, porque ameaçou matar meu irmão. Agora? Agora você me obrigou a matar a Elena, o que não fiz, e estou aqui!— sinto algumas lágrimas saindo de meus olhos. Por que isso do nada?

— Stefan...

— Não — nego e saio correndo me trancando em meu quarto. Pronto, agora nunca mais saio daqui.

Muito bom Stefan! Muito mesmo! Você gritou com o Klaus, o acusou e ainda desabafou com ele! O que ele deve estar achando agora? Que você é um maluco, mas isso não importa. Não importa! Droga!