𝐀 𝐇𝐄𝐑𝐃𝐄𝐈𝐑𝐀 𝐁𝐋𝐀𝐂𝐊 | Desde que se lembrava, Hannah Black fora criada por uma tia distante de sua mãe, visto que a mesma havia morrido quando Hannah ainda era um bebê. Ninguém jamais tocava no nome de seu pai; não valia a pena e, de qualq...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
ERA AINDA MUITO CEDO quando Hannah Black levantou-se na manhã seguinte, sentindo a cabeça latejar pela noite mal dormida - resultado do surto de Harry na noite anterior. O dia sequer havia amanhecido completamente quando a garota começara a escrever um pequeno bilhete a seu pai.
"Sirius, não se preocupe comigo. Estou bem. As discussões com Angelique não são de hoje, logo ela voltará ao seu estado normal. Não acho que tenha necessidade de você voltar. E quanto a Harry, estou cuidando bem dele... sabe, 'tá tudo bem. Hannah"
Hannah leu o bilhete, então releu-o outras duas vezes, pensativa. Esperou verdadeiramente que tivesse sido convincente o suficiente para fazer Sirius voltar ao seu esconderijo. Vestiu-se com o uniforme rapidamente - deixando a gravata solta em torno do pescoço - e desceu até à sala comunal deserta.
Passou pelo buraco do retrato, subiu as escadas do castelo silencioso e finalmente chegou ao corujal, que ficava no alto da Torre Oeste. De início pensou que estivesse vazio, então encontrou a cabeleireira de Harry por entre as centenas de corujas. O garoto tentava acordar Edwiges.
━━ Que faz aqui? ━━ perguntou ele a ela, quando sua coruja finalmente abriu os olhinhos.
Hannah balançou o envelope em sua mão.
━━ Que se faz em um corujal?
Harry revirou os olhos. Estava mal-humorado, notou Hannah.
Levou muito tempo até que Edwiges cedesse e levasse as duas cartas a Sirius. Aparentemente, estava bastante chateada pelos mau-modos de seu dono na noite passada.
Eles observaram a coruja abrir as asas e levantar voo para o céu do amanhecer. Esperaram-na desaparecer de vista, ambos receosos. Sequer gostavam de pensar em como seria se Sirius fosse pego e levado à Azkaban outra vez... os dementadores o matariam, com certeza. E, então, toda aquela história de "felizes para sempre" de Hannah, iria por água abaixo.
Decididamente, pensar muito não fazia nada bem a garota. Ela até criara coragem para escrever a Angelique, pedindo que entrasse em contato o quanto antes. Entre ter seu pai morto, ou detido em Azkaban, Hannah preferia fazer as pazes com a tia.
Entretanto, as semanas foram passando, e nenhuma resposta chegou até a garota. Ela sequer sabia se a coruja da escola havia encontrado-a. E, com isso, Hannah ficou realmente preocupada. Onde Angelique poderia ter ido? Estava com medo do suposto retorno de Voldemort... disse que precisava ir para muito longe, antes que ele a achasse.
Mas Voldemort não retornara, certo? Embora Harry tenha sentido sua cicatriz doer... não significava nada. Poderiam ser coincidências. Ou não.
Conforme ia aprofundando-se nos estudos, Hannah percebera que decididamente houvera um aumento na quantidade de deveres exigida deles neste trimestre. A Profª. Minerva explicou o porquê, quando a turma gemeu particularmente alto à vista do dever de Transfiguração que ela passava.
