|23| Eu vi o amor em seus olhos

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Rosé fechou os olhos no momento que os abriu, ela colocou sua mão no rosto como se algo estivesse a incomodando

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Rosé fechou os olhos no momento que os abriu, ela colocou sua mão no rosto como se algo estivesse a incomodando.

— Senhorita Park, o que houve? — o médico perguntou indo até ela.

— Luz — ela sussurrou ainda com a mão no rosto. O médico a tirou delicadamente, mas Rosé mantinha os olhos semiabertos. A enfermeira imediatamente fechou todas as cortinas deixando o quarto um pouco escuro.

— Entendo — o médico disse após examiná-la. — É natural que ela te incomode, mas se está a afetando é por que tivemos algum progresso?

— Eu não sei — Rosé sussurrou, seus olhos estavam quase fechados. Não sabia se ela tinha me visto ali, e se tivesse visto não me reconheceria. — Está tudo meio embaçado, eu não me lembro que era assim. Minha cabeça dói com essa claridade, a claridade incomoda.

— A senhorita ficou cega por muitos anos, a claridade é algo que vai demorar para se acostumar. Poderemos resolver esse problema com um óculos. Sobre esta vendo embaçado isso também é normal, talvez indique que não recuperou sua visão totalmente. Seu caso é complexo, talvez sejam necessárias mais algumas cirurgias. Fora isso, consegue enxergar normalmente? Tente abrir os olhos — Rosé tentou abrir os olhos lentamente, a luz ainda parecia deixá-la incomodada. Mas logo seus olhos corriam por todo lugar. — Senhorita Park? Consegue enxergar algo? — o médico insistiu.

— Minhas mãos! — ela praticamente gritou. — Eu posso vê-las, estão meio embaçadas mas posso vê-las.

— Claro, mas estou perguntando...

— O senhor também! Estou te vendo, embora não enxergue muitos detalhes, mas eu estou te vendo. E a enfermeira — ela apontou para enfermeira que até agora estava observando tudo. Ela parecia deslumbrada, nunca a tinha visto assim. — Eu posso ver! — seus olhos continuaram a correr pelo quarto, até pararem diretamente em mim. E seu sorriso de antes se desfez, sua expressão se tornou séria. — Você... — ela tentou se levantar, mas enfermeira a impediu na hora

— Deixo-a, não tem perigo — o médico avisou.

Rosé se levantou com certa dificuldade e caminhou até mim. Dei alguns passos para trás batendo as costas na porta do quarto. Eu estava meio nervosa, não entendia o motivo. Ela me olhava quase assustada, como se estivesse vendo algo sobrenatural. Ela levou suas mãos pelo meu rosto e começou a analisá-lo com cuidado, como se estivesse esculpindo alguma coisa, ou quisesse ter certeza de algo. Passava seus dedos pelos meus lábios, minhas bochechas, e minha testa.

— Cabelos castanhos escuros cortados à altura dos ombros — ela disse de repente. — Bochechas totalmente mordíveis, olhos que lembram os de um gato. Um pouco mais baixa do que eu, pouca coisa mais notável — ele acabara de fazer a descrição que fiz de mim mesma há muito tempo na sala de música. Estava surpresa por ela lembrar daquilo. — Não, realmente não se parece com a Barbie, nem um pouco. É infinitamente melhor — ela riu.

Eu vi o amor em seus olhos | ChaennieOnde histórias criam vida. Descubra agora