0555 [FINALIZADA]

CAPÍTULO 13 - A ÚLTIMA PARTE

- Antony, acho que o massacre vai começar! - Falou Arthur - apontando para o meu eu, que corria com uma faca empunhada.

Massacre, 29/11/2021

Enquanto corria em direção a Melissa e Henrique, pude ver o rosto de desespero de Henrique se formando, porém, Melissa não chegou nem a notar que eu me aproximava.

-" Melissa, ele tem..." - A frase de Henrique foi interrompido pelos meus atos.

O pescoço de Melissa tinha sido cortado, fazendo a garota cair morta na hora.

-"ANTONY, PARE! - Gritou Henrique, com lágrimas se formando, seu rosto esboçava medo.

Porém, sem muitas palavras, Henrique tomou uma facada em seu peito, fazendo com que seu sangue jorrasse, dando uma cor bem avermelhada as minhas roupas.

- "Antony... porque?" - Perguntava ele, com suas últimas forças -" eu... errei com você....mas... precisava disso tudo?"

- "Sim." - Respondi Friamente, enquanto pisava em seu machucado recém-aberto.

- "Ai! me perdoe...por favor..- Pedia Henrique, grunhindo de dor e com lágrimas grossas - me perdoe... me perdoe... me perd-"

Sua voz sumiu e seus olhos fecharam, Henrique morreu suplicando pelo perdão do seu amigo.

Presente

Traumatizado.
É a única palavra que pode me descrever nesse momento.
Me sinto cada vez mais sujo.

- Antony, você pode parar de ver agora... - Falou Guilherme, tocando em meu ombro - já temos a resposta da última peça....

- Não...- falei, olhando para os dois - eu quero ver tudo, talvez seja uma forma de me redimir dos meus pecados.

- Antony, isso só vai ser pior para você - Falou Arthur, tentando me impedir de fazer isso - isso é um peso traumático.

- Por favor, me deixem fazer isso - Pedi, suplicando por isso - Quando o massacre acabar, pegaremos a última peça e iremos para o portão da vida, combinado?

Os dois se encararam em silêncio e aceitaram

(...)

Voltei minha atenção para a cena e pude ver muitas pessoas no chão, já sem vida, e outras implorando para que não tivessem o mesmo fim.
Porém, era inútil, em questão de segundos o mar de sangue se formava.

- "ANTONY, O QUE É ISSO?" - Perguntou uma pessoa que não pude ver seu rosto de primeira. - "Essas pessoas... foi você que fez isso?"

- "Sim." - Respondi, novamente de forma fria.

- "Porque?" - Perguntou quando finalmente pude ver seu rosto. Era o Porteiro - Você é um garoto tão bom, o que está acontecendo com você?

Sem resposta, o porteiro continuou o seu discurso, tentando impedir que eu continuasse com tudo aquilo.

- "Eu já fui como você.." - Falou ele, tocando em meu ombro -" a depressão já me acometeu por muito tempo, eu vivia escanteado e triste... Mas quando eu conheci o amor da minha vida, tudo mudou. Eu finalmente pude ver que minha vida vale mais do que eu imaginava. Pude descobrir que podem existir pessoas que me amam... tenho uma esposa e dois filhos. Agora eu sou feliz!"

- "Fodasse" - Falei, enquanto pegava o braço que estava no meu ombro e quebrara sem piedade.
Ele caiu no chão, rolando, sentindo aquela dor imensurável.

-"AHHHHH" - o Porteiro gritou de dor, segurando o seu braço quebrado - "Porque querido Antony?"

- "Qual o seu nome?" - eu perguntei, algo que foi inesperado até para mim.