26- Fórmulas

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|Sofia Campbell|

- Vão ficar aí parados ou vão vir falar comigo? - Minha voz sai com dificuldade, mas tem mais de dez minutos que estou parada na mesma posição esperando Damon e Elijah se moverem e virem falar comigo, todos saíram para nos deixar a sós e eles conseguem complicar tudo.

Os mesmo se sentam na mesa de centro para ficarem cara a cara comigo, olhos nos olhos, mistura de cinza, castanho e folha seca.

- Ficamos preocupados - Foi a primeira coisa que me disseram, quando acordei e agora, entre eles também. Acenei positivamente com a cabeça.

- Me desculpem - E novamente peço desculpas, é o que posso fazer por ter os deixado preocupados. - Sinto muito - Repito, pensando em tudo o que houve, antes do feitiço e durante, me sinto tão culpada - Me perdoem - Comecei a sentir as lágrimas vindo

 - Sinto muito - Repito, pensando em tudo o que houve, antes do feitiço e durante, me sinto tão culpada - Me perdoem - Comecei a sentir as lágrimas vindo

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- A culpa não é sua - Damon disse, parecendo confuso, sem entender o porque de tantas desculpas

- Nós não te culpamos porque você não é culpada, tudo bem? Não pense isso nem por um instante. - Elijah segura minha mão e a acaricia. - Se lembra do que houve lá? -

Senti outra vez aquele ferro atravessar meu tórax já ferido, ouvi outra vez a voz de Steve contando seus objetivos e explicando seus atos cruéis. Sinto novamente a água quente, quase fervendo nos meus pulmões e pele, dos pés dele encontrando com minha coluna, com todos os meus ossos, as queimaduras de terceiro grau nas mãos e nos pés. O gelo. O cômodo escuro. A fome. A sujeira e os insetos. Cada momento, cada mísero detalhe não deixa minhas memórias, não trocam aquele CD que repete sem permissão.

- Minha mãe me disse que fiquei desacordada por poucas horas - Murmurei, olhando em seus olhos preocupados - Pra mim foram meses - Contei, precisando dizer pelo menos isso, o mínimo que conseguia no momento.

- Filha, precisa descansar - Minha mãe apareceu, encolhida em seus braços cruzados.

Me levantei com dificuldade, me arrastei até a mesma que me ajudou a subir, tomar banho e deitar.

A luz da lua ilumina o quarto junto as lâmpadas, minha mãe fecha a minha janela na intenção de que o sol que nascerá daqui poucas horas não me acorde. Desligou a luz e fechou a porta, Escuro.

Eu estou deitada, na minha cama, segura. Está tudo bem. As paredes se aproximam.

Escuro.

O cheiro da minha carne queimando, eu preciso sair. Eu não estou em casa, é só mais um jogo mental. Só mais um.

Tentei me mexer mas foi inútil, eu parecia uma estátua, incapacitada de mover um músculo se quer.

Gritar, gritar é o que consigo fazer. Então grito.

|Autora|

Não existe um fórmula pra felicidade, ou um antídoto pra tristeza, medo e angústia. Existe a guerra, a guerra interior que todos travam diariamente sobre quem será naquele dia, o triste no fundo da sala ou o sorridente que anda pelos corredores, nem sempre tem uma escolha certa. As vezes temos que ser neutros para não mentir e desabar.

- Porque estamos na cozinha? - Klaus questionou a loira quando adentraram o cômodo

- É sério isso? - Ela o olhava incrédula e ele a retribuía desentendido - É pra deixar eles sozinhos - Esclareceu

- Pra que? -

- Não é possível que você seja lerdo a esse ponto -

- Olha como fala comigo Caroline - Ela revira os olhos, cansada de suas ameaças vazias

- Eles precisam desse tempo, Sofia precisa disso -

- Tá bem, nem sei pra que tanto amor em uma bruxa que vai morrer daqui alguns anos -

- Klaus - O repreendeu, ele suspirou cansado

- Não tá mais aqui quem falou - Ele levantou as mãos em rendição e se sentou no chão esperando poder voltar para sala. A loira se sentou ao seu lado

- Obrigada - A mesma disse o olhando nos olhos - Por.. você sabe, me ajudar a encontrar a Xhosa -

- De nada, porque veio até mim? -

- Eu.. eu sabia que um ancião como você saberia onde achar essas ervas loucas de bruxa - Sua voz sarcástica o faz revirar os olhos, ela ri, solta leves gargalhadas enquanto ele a olha, a admira

- Quando vai aceitar que me ama? -

- Não tenho nada para aceitar -

- Você está em negação amor -

- Não estou, e pare de me chamar de amor - Ela arqueou suas sombracelhas esperando que enfim ele desistisse dela.

- Uma hora você verá, amor - Sorri e ela desistindo apenas se levantou e o deixou sozinho na cozinha subindo para o segundo andar da casa.

Ela abre a porta do banheiro, lava as mãos e observa o próprio rosto, procurando seus defeitos como ela sempre fazia.

Ela ouve um grito, um grito que a fez cair no chão, a dor que o grito causa é o mesmo de quando as bruxas mexem com seu cérebro, estourando veia por veia.

O grito vinha do quarto de Sofia, todos da casa escutaram,até mesmo alguns fora da casa. Todos os sobrenaturais caíram no chão, sentindo uma tremenda dor, até mesmo Elijah, Klaus e Kol caíram no chão, uma dor insuportável. Mary sabe exatamente de onde vem aquele grito e aquele incômodo em sua mente.

Ela corre até o quarto da filha, rápida e ágil, a abraçando. Não existe fórmula ou feitiço algum para isso, apenas esperar que ela consiga parar.

Silêncio absoluto, é o que restou quando ela parou de gritar. Todos os sobrenaturais de toda a cidade estavam no chão, desacordados e fracos.

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𝚞 𝚜𝚎𝚒 𝚚𝚞𝚎 𝚘 𝚌𝚊𝚙 𝚝𝚊 𝚙𝚎𝚚𝚞𝚎𝚗𝚘 (864 𝙿𝚊𝚕𝚊𝚟𝚛𝚊𝚜) 𝚖𝚊𝚜 𝚎𝚞 𝚚𝚞𝚎𝚛𝚒𝚊 𝚎𝚗𝚌𝚎𝚛𝚛𝚊𝚛 𝚞𝚖𝚊𝚜 𝚌𝚘𝚒𝚜𝚒𝚗𝚑𝚊𝚜 𝚎𝚖 𝚞𝚖 𝚌𝚊𝚙𝚒́𝚝𝚞𝚕𝚘 𝚜𝚎𝚙𝚊𝚛𝚊𝚍𝚘. 𝚟𝚘𝚝𝚎𝚖 𝚎 𝚌𝚘𝚖𝚎𝚗𝚝𝚎𝚖, 𝚋𝚓𝚓𝚜 ✍︎☕︎ 💜

História Quebrada- TVDUOnde histórias criam vida. Descubra agora