28- A mentira mais contada

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|Sofia Campbell|

Um novo dia, o sol mais brilhante do que da última vez que me lembro, faltam dois dias para meu aniversário e acordei decidida a deixar tudo tudo isso para trás. Sem lembranças.

— Bom dia mãe — Desci as escadas já gritando — Henry está em casa? — Ela me olha com o cenho franzido, mostrando quão confusa ela está com minhas atitudes

— Bo..Bom dia —  Gaguejou e me abraçou de uma forma bem solta, parecia está com medo de me tocar.

— Princesa — Ouço a voz de Lena e a abraço, me senti desconfortável, não queria o toque dela. Mas ela sorria muito ao me ver assim, não que fosse novidade ver Lena sorrir.

— O.. o que.. o que aconteceu? —  Minha mãe volta a perguntar duvidosa.

—  Pode marcar a ida a New Orleans, amanhã vamos viajar mãe — A mesma sorri tanto, recuperando as esperanças, talvez ela acredite que eu realmente melhorei. — Tô indo pra aula — Avisei já fechando a porta de casa.

Eu estou bem.

Eu estou bem.

Eu estou bem.

Repito várias vezes, enquanto descia as escadas eu repetia em meus pensamentos, e agora que finalmente estou sozinha repito no meu carro em baixos sussurros.

—  Eu estou bem; eu estou bem; eu estou bem; eu estou bem — Repeti inúmeras vezes até chegar na casa de Damon, abri a porta sem bater ou tocar a campainha, estava ansiosa para ver meu irmão.

— HENRY, DAMON —  Cheguei gritando — Elijah? — O vi descendo as escadas que levavam ao andar de cima

— Sofi? — Seu cenho franzido, a expressão de espanto dele é exatamente igual a da minha mãe

— Sofia? — Agora era Damon, também confuso.

— Eu estou bem, vim ver meu irmão e voltar pra escola — Os avisei — Eu juro que estou bem —

— Antes de ontem você me jogou contra a parede por que ousei querer te abraçar —

— Ontem foi a primeira vez que você saiu da cama em dois meses, tem certeza que está pronta? —

— Sim, estou pronta -— Respirei fundo, senti meus olhos molhados e segurei as lágrimas enquanto sorria. — Onde está o Henry? —

— Está na cozinha, comendo panquecas — Avancei um passo para me aproximar deles mas recuei instantaneamente, sorri tentando disfarçar e fui correndo para a cozinha que estampa o grande "S" simbolizando a família Salvatore.

Meu irmão olha atentamente o jornal enquanto mastiga as panquecas, elas estavam enfeitadas, mirtilos faziam os olhos e a boca, enquanto o chantilly imitava presas de vampiro. Chegando mais perto percebo que o que prende tanto a atenção de meu irmão no jornal é um caça palavras.

— Bom dia Romeu — Disse por trás do mesmo, que quando ouviu minha voz ao invés de perguntar apenas me abraçou forte, quase quebrando meus ossos. E por incrível que pareça não recuei nem se quer um pouco, nem cogitei a ideia de hesitar, e me senti bem no abraço do meu irmão, eu precisava dessa dose de sonhos e esperança que me foi dada nesse abraço longo e demorado. Casa.

— Sofia.. —  Sussurrou no meu ouvido aliviado e soltando um pouco do abraço

— HENRY, VAMOS — A voz de Caroline soa de longe, ela abre a porta, sinto seus olhos em mim, ela não demonstra reação alguma. — Meu santo Deus — Ela sorri, animada. — Você voltou! —

História Quebrada- TVDUOnde histórias criam vida. Descubra agora