22- Mantenha seu corpo intacto.

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Olhei os detalhes da porta da casa de Sofia, eu observava a campainha pensando em quando eu terei coragem de toca-la, ainda é cedo, pouco mais que nove da noite, respiro fundo mandando embora esse medo de rejeição e fazendo o barulho da campainha soar pela pequena casa.

Ela atendeu a porta enquanto ainda ria e conversava algo com seu irmão, quando ela se virou e percebeu quem era, que era eu, seu corpo enrijeceu, sua respiração falhou, sua surpresa ao me ver ali é tão óbvia quanto pode ser.

- Damon? O que faz aqui? Achei que estaria com a Elena -

- Eu estava - Ela franziu o cenho não entendendo, nem eu estou me entendendo na verdade - Eu a beijei - Sofia abaixou a cabeça pensando em algo para dizer, então levantou o queixo e sorriu

- Que ótimo, era tudo o que você queria, então por que está aqui? - Ela franziu o cenho, tão confusa quanto eu.

- Eu.. - Não sei o que dizer, não há nada que eu diga que faria sentido. Então a beijei, sentindo seu gosto, duas bocas em perfeita sincronia, minhas mãos em sua cintura e as dela em minha nuca me deixando em êxtase, um sentimento que já não sentira à muito tempo, um sentimento que senti pela última vez em 1864 enquanto ainda era humano. Meu coração tem fogos de artifício e grita como se fosse 4 de julho.

Mas teve um problema, eu sinto falta de Elijah, senti aquele beijo como nunca senti nenhum antes, mas eu queria Elijah ali também. Mas eu não posso, com ele foi algo rápido, carnal, coisa de duas noites, não posso está apaixonado, não por ele. Se eu estivesse minha vida nunca mais seria a mesma.

Ela separou o beijo e eu senti falta do toque de sua boca na minha, ela sorriu assim como eu.

- Meu irmão está me esperando na sala - Falou - Vamos ver um filme -

- Tô convidado? - Perguntei com um sorriso convencido

Antes que ela respondesse, Henry gritou

- QUE DEMORA, A PIZZA VAI ESFRIAR - Sua voz se aproximava, então ele me viu - DAMON - Me abraçou animado, nunca vi ninguém tão feliz quanto ele ao me ver, talvez o meu irmão quando era menor que ele.

Num ato de impulso o puxei para um abraço ainda mais apertado, Henry me causava um efeito que apenas Stefan causou algum dia, confiança e irmandade.

- Você vai ficar pra ver o filme com a gente não vai? - Perguntou

- Se sua irmã deixar -

- Se contar isso pra mamãe eu te mato - Semi cerrou os olhos seriamente para o garoto que sorriu abertamente e correu de volta para a sala.

- O QUE TÁ ESPERANDO DAMON? - Ele gritou quando percebeu que eu estava parado no mesmo lugar de antes.

- Sua mãe não me quer na sua casa? -

- Ela não quer ninguém na casa dela, não se sinta especial - Ri de seu sarcasmo mas ela parecia nervosa.

- Não gostou? -

- O que? É claro que gostei, eu adorei, não, não adorei, eu acho que foi bom, mas não só bom, eu... eu - Ela gaguejando sem saber o que dizer era o que me alegrava, era lindo e engraçado, suas bochechas coradas a deixavam ainda mais bonita, ela ficou séria, parecendo se dar conta de algo agora. - Por que me beijou? Quero dizer, você estava com a Elena, por que vir aqui? -

- Eu não consegui não pensar em você - Confessei

- Ahm, Okay, entendi - Ela sorriu nervosamente, deixando óbvio q não entendeu nada.

Novamente algo se acendeu dentro de mim, ri de seu rosto corado e sorriso desconcertado. Uma obra de arte.

[...]

História Quebrada- TVDUOnde histórias criam vida. Descubra agora