25- Compreensível

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|Elijah Mikaelson|

Talvez essa seja a graça, sempre prestamos tanta atenção ao nosso redor, sempre tentamos salvar aqueles que gostamos, nos sacrificamos, mas quando percebemos não temos uma sequer memória realmente boa com essa pessoa, não temos um momento em que não estejamos dançando sem pensar no perigo que nos rodeia, em que temos que matar para sobreviver.

Sobreviver, sobreviver , uma palavra comum, conhecida por muitos, no dicionário ela quer dizer existir, resistir ao efeito de nossas vidas e existir , essas palavras, tantos existir quanto sobreviver são tudo o que tenho feito nos últimos ml anos. O pior... eu não percebi, achava que era a forma certa, o que importava era um coração batendo, mas viver vai muito além de sobreviver. Eu me cansei de sobreviver.

Seis meses convivendo, dançando, conversando, sentindo a presença um do outro, salvando a pele um do outro e todas as memórias que tenho de Sofia são formadas por ocasiões de vida ou morte.

- Achei a Xhosa - Klaus gritou da porta esperando um convite, Caroline apenas entrou com a erva na mão.

- PODE ENTRAR - Mary gritou enquanto olhava para sua filha com lágrimas nos olhos, tendo medo de que ela se vá antes de conseguirmos tirá-la de lá. Klaus entrou com sua velocidade de vampiro, ele me olhou, olhou meus olhos, o brilho escuro dos olhos azuis de Niklaus são sofridos, tristes e pesados.

- Caroline, me dê os ingredientes - Pediu a mulher, Caroline fez, não sei descrever tudo o que ela fez, foi rápido de mais até para mim ver.

No final, um líquido espesso escuro por conta da erva. Ela inclina a cabeça da filha e despeja a bebida pela garganta da mesma.

- Ela tá bem? - Damon resmungou, seus olhos molhados.

- Só da pra saber em algumas horas - Mary disse com pesar, abaixando a cabeça e segurando a mão da filha, beijando-a, o beijo que com certeza estava enxarcado de lágrimas da mãe e sangue da filha.

- Não.. de novo não - Repeti, sem acreditar, ela pode ter morrido, eu posso ter perdido ela antes mesmo de ter. - Não.. - Saí correndo da casa, aos fundos da casa tem uma pequena quantidade de grama e flores comuns, é onde eu estou, andando em círculos, esperando, esperando algo que não sei o que é.

- Lijah - Ouço a voz de Damon atrás de mim, ele não parece está muito melhor do que eu - Lijah, me escuta - O moreno se aproximava de mim, parecia perdido.

- Eu não pude fazer nada, e se ela morrer.. - O olhei, as lágrimas já eram inevitáveis. - Eu vou saber que é culpa minha, eu não sujei minhas mãos, mas eu não fiz nada por ela. Se ela morrer é culpa minha -

- Você não fez nada Elijah, não tinha nada que você pudesse fazer - Afirmou, não ri porque realmente estou triste, mas agora sei, Damon como sempre está tentando tirar a culpa que eu sinto, por que ele não me culpa, ele se culpa.

- Eu... não esperava começar a me apaixonar, ainda mais por ela, uma garota de 17 anos que tenta salvar todos, sempre. Até mesmo aqueles que ela não gosta, e sabe o que é pior? Eu não tinha percebido até agora. Eu não percebi está me apaixonando até vê-la a beira da morte -

- Então eu tenho um concorrente - Falou rindo entre lágrimas - Não sei se me sinto confortável de competir amor de novo, ainda mais com você -

- Eu me apaixonar não significa que ficarei com ela Damon - Digo sério. - Todos que já amei, sem exceção alguma, sofreram uma morte brutal e uma vida assombrada dos meus fantasmas do passado ou da minha própria família. Eu não vou fazer ninguém passar por isso de novo, não quero ver ninguém que eu sinta isso.. morrendo. E a coisa que eu tenho mais medo é me deixar amá-la, e em um dia acordar com ela morta na banheira porque Niklaus a matou. Me cansei de reviver a mesma história -

- Eu só vi que me apaixonei por ela algumas horas antes de tudo, eu tinha acabado de beijar a Elena - Ele riu sem humor algum - Eu queria beijar aquela garota desde o dia que a vi pela primeira vez. Quando ela escolheu o Stefan minha atitude mais nobre foi sair de cena e chorar no colo da minha melhor amiga, ou.. com meu amigo, um cara que eu dormi uma vez ou duas, conhece? Ele sabe de segredos muito íntimos meus, usa terno quase sempre e está se sacrificando pela felicidade dos outros como ele sempre faz. - Ri - Mas ontem, depois de tudo, depois de uma das semanas mais locas d a minha longa vida, e beijei a cópia perfeita do meu primeiro amor, foi um bom beijo, não vou mentir; mas eu a soltei, larguei o beijo que eu mais desejei e cobicei por tanto tempo por que eu não parava de pensar em certas coisas, e umas delas era Sofia, primeira coisa que fiz depois de beijar Elena Gilbert foi entrar no meu carro e dirigir até a Sofia, eu queria sentir ela naquele exato instante. Eu só queria ela e.. eu não sei, não sei de mais nada -

- Você a ama? -

- Desde o dia em que ela foi a única a não me culpar por estar apaixonado pela Elena, foi quando ela se tornou minha amiga, aliada e parceira. Foi quando a amei, só demorei de mais para ver que tipo de amor eu sentia. - Afirmou - Você a ama? -

- Quando ela me disse que Klaus estava vivo, foi ali que percebi, foi quando vi que mesmo tentando evitar todos aqueles sentimentos, era impossível não me encantar pela bondade dela, compaixão e acima de tudo coragem e esforço. Ela é leal. Admiro isso, e ela me faz sorrir sem um mínimo esforço, coisas que poucos podem fazer ou se vangloriar. -

- Se lembra daquela noite? - Damon resmungou, olhando no fundo dos meus olhos, consigo ver suas pupilas dilatadas e olhar triste, eu sei do que ele está falando, não sou tolo.

- Claro, uma das melhores que já tive - Sorri de lado

- Tenho uma confissão sobre aquela noite - Franzi o cenho esperando - Você me sulreendeu, não esperava que o nobre Elijah Mikaelson se excitaria me vendo preso em um monte de correntes -

- Nem todos são o que parece - Murmurei, não só nesse sentido, e ele entendeu. Parece que ele sempre entendi.

- Ela acordou - A voz de Caroline soou, ela estava encolhida, os braços cruzados e os olhos marejados, sei que as duas são muito amigas, deve estar sofrendo muito.

Não respondemos, nos levantamos e seguimos até a sala, o sangue presente no lugar assustaria qualquer um que visse, era como se um estripador tivesse festejado naquela sala.

Sofia estava sentada, de cabeça baixa, ainda no sofá, onde despertou, Mary esta ao seu lado. Segurando a mão da filha que parecia está se segurando em pé.

- Eu..preciso..dormir - Sua voz doce dizia, ela arrastou cada palavra.

- Você precisa permanecer acordada por mais três horas - Kol disse enquanto encarava seus olhos, que provavelmente estão pequenos e cansados.

- Tá - Ela disse com a voz trêmula. Kol desviou seu olhar para Mary.

- Precisamos conversar agora - Disse meu irmão, a loira concordou e deixou a salaa companhada de Kol depois de beijar a filha no rosto.

- Eu vou pra cozinha, ver se tem algo pra comer - Afirma Caroline

História Quebrada- TVDUOnde histórias criam vida. Descubra agora