40- Adeus

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Minha vida nunca foi um mar de rosas, mas depois que descobri sobre o mundo que faço parte, nem mar tinha mais, agora, depois que matei pela primeira vez, sem motivo aparente para os outros, o mais perto de belo que minha vida tem é um terreno baldio.

A luta demorou para começar mas me parece que agora ela não parará tão cedo, me corrói saber que meu maior inimigo não está fora, que a pessoa que mais me faz sofrer sou eu mesma. Não me arrependendo dos meus atos, eu faria novamente, mas pesa, matar não é uma tarefa fácil.

- Eu voltei - informei ao Elijah no momento que coloquei meus pés para dentro do meu quarto, ignorando tudo o que ocorreu, incluindo as visões incompreensíveis.

O original continua sentado em meu colchão, seus olhos focados em uma miniatura de um Ford Mustang 1968 preto, faz parte da coleção que Elijah e Damon montaram em meu quarto, estava dentro da caixa junto com os outros, esperando o dia da mudança, pois eles irão comigo.

Seu olhar se levanta, direcionando seu rosto quadrado ao meu, dúvidas rodeiam seus olhos escuros, brilhantes e encantadores.

- O que aconteceu?

- Eu resolvi o problema, fiz o certo para manter o mundo seguro do Silas. Eles não tem mais mapa nem feitiço. - Afirmo retribuindo seus olhar. Agora desesperado ele me abraça, se entregando ao choro, sofrimento e luto.

Por longas duas horas ficamos aconchegados em minha cama, dormindo e relaxando, talvez aproveitando o resto de paz que ainda temos.

Agora me encontro por baixo de seu grande corpo, sendo abraçada tão forte quanto um item precioso, como se eu não pudesse ser levada ou algo do tipo.

Meus olhos estão ainda mais inchados, porém foi inevitável dormir outra vez. Elijah já está acordado, mas não se mexe, continua com seu rosto encaixado na curva do meu pescoço, beijando e mordendo levemente algumas vezes, nada malicioso, apenas uma confirmação de que eu estou ali.

- Está me vigiando enquanto durmo, senhor Mikaelson? - meu tom de brincadeira era claro.

- Vigiando? Jamais, apenas admirando - o mesmo sorri abafado contra minha pele e morde minha orelha, dando chupadas que me deixaram mais excitada que eu gostaria de admitir. Sorri fingindo que seus atos não me afetam, fechei as pernas tentando manter a naturalidade e não querendo mostrar como seu respirar, sua mordida, sua existência, me excita.

- Quero te mostrar uma coisa - afirmo, seu rosto se levanta, agora olhando em meus olhos e na minha boca.

- Isso nos envolve nus em uma cama? - Perguntou mordendo novamente minha orelha.

- Na verdade não, porém vai ser bom para você, para nós.

- Não estou interessado Sofia, agradeço, no momento eu só preciso sentir você.

Sua mãos foram guiadas até a barra da minha blusa a levantando, seus dedos deslizando em minha pele imperfeita mas tão bela aos seus olhos. Levo minha mão ao encontro da sua, sabendo que não posso fazer isso agora.

- Tem um lugar que eu quero te levar, pode não envolver uma cama, mas se você quiser pode nos envolver nus, claro, escolha sua - digo sorrindo e beijando o, seus dedos pressionam minha cintura enquanto subo em cima do mesmo invertendo as posições, rebolando em seu colo tendo contato direto com sua ereção.

Pouco tempo depois me separo do corpo de Elijah sorrindo, assim como ele, aquele momento, mesmo que excitante e sexual foi divertido, sabíamos que não faríamos nada ali, mas estar tão perto foi bom.

Ao avisar minha mãe que estava saindo nós dois saímos da residência que deixará de ser minha casa nos próximos dias. Elijah seguia andando até o próprio carro, acredito que meu rosto nunca mostrou tanta incredibilidade na vida, permaneço parada esperando que ele perceba que não chegaremos perto do carro dele.

História Quebrada- TVDUOnde histórias criam vida. Descubra agora