Capítulo 7 - Noite longa

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esse capítulo está fora de ordem, não sei o motivo, mas graças a santíssima trindade numerei os capítulos, ent dá pra vcs se acharem.⚠️⚠️⚠️

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Já beijei centenas de garotas. Não, na verdade, foram milhares. Só me lembro de algumas delas. Mas este beijo? Este eu não vou esquecer tão cedo. Ela tem gosto de… minha nossa, nunca usei drogas, mas imagino que, quando se usa cocaína ou se injeta heroína pela primeira vez, o gosto deve ser o mesmo. Muito viciante.

Nossos lábios se chocam e se separam, cheios de raiva e molhados. Não consigo parar de tocá-la. Minhas mãos estão em todos os lugares: em seu rosto, em seu cabelo, pelas suas costas, pegando em seus quadris. Puxando-a para mais perto, com muita vontade de sentir mais partes dela, querendo que ela sinta o que está me provocando. Precisando de ar, arranco minha boca da dela e ataco seu pescoço. Eu me alimento dela, como uma faminta. E é exatamente como me sinto com ela, esfomeada. Eu inalo na mesma hora em que lambo, chupo e mordo todo o trajeto do seu queixo até a orelha. Ela está resmungando de modo incoerente, mas compreendo. O som de sua voz, selvagem e sensual, me faz gemer. E seu perfume. Deus do céu, ela tem cheiro de… flores, frutas e açúcar. Como uma daquelas rosas de confeito no topo de um bolo.

Muito deliciosa.

E suas mãos também não ficam à toa. Ela agarra meus braços, e o calor de suas mãos entra em minha camisa. Ela arranha minhas costas com as unhas, passa os dedos por baixo da minha calça, primeiro tocando levemente minha bunda e depois apertando. Estou morrendo. Estou queimando. Meu sangue está como a porra de uma chama e sinto como se fôssemos virar fumaça antes de irmos para o sofá. Cheryl ofega quando eu envolvo sua orelha em minha boca e deslizo minha língua por ela.

– Toni? Toni, o que estamos fazendo?

– Não sei – eu gemo com uma voz rouca – apenas… não pare de me tocar.

Ela não para.

Estou de volta à sua boca. Mergulho minha língua na dela, deslizando-a do mesmo modo que estou morrendo de vontade de fazer o mesmo em seu corpo úmido e receptivo. Sinto seu quadril encostar-se ao meu. E o que restou de sangue em meu corpo desce, deixando minha intimidade mais molhada do que nunca. Semanas de desejo e frustração estão transcorrendo por mim. Já escovei meus dentes com Colgate por muito tempo e detestava o gosto.

– Você tem noção do quanto quero isso? Do quanto quero você? Cheryl… sonhei com isso… implorei por isso. Você me deixa… ah, não consigo… me cansar de você.

Suas mãos estão em minha nuca agora, esfregando-a, arranhando-a, até que ela puxa um punhado do meu cabelo com um pouco de força, e eu gemo sentindo um prazer agonizante e puro. Antes que possa respirar, suas mãos estão na minha barriga descendo para minha calça. Ela começou a alisar meu sexo por cima da minha calça, e eu empurro para frente. Qualquer semelhança com controle ou sutileza não existe mais. Minhas mãos vão até seus seios e ela arqueia suas costas, deixando-os mais próximos de mim. Eu os aperto, e ela geme novamente. Olho onde sei que seus bicos estão, frustrada por ter sua blusa e seu sutiã no caminho. Quero puxar e beliscar aquelas belezinhas até que fiquem bem durinhos. Sua boca está no meu pescoço, beijando-o, e eu levanto meu queixo.
Isso nunca aconteceu. Nunca me senti assim. Nunca senti algo tão forte por uma mulher, mesmo sendo uma mistura de raiva e cobiça.

– Toni… Toni, não posso fazer isso. Eu amo a Heather – ofega ela.

Ah, então é noivA.

Sua confissão não me abala tanto quanto você acha. Ainda mais que, quando ela diz isso, ainda está com uma de suas mãos em minha intimidade. Suas ações dizem completamente o oposto do que ela fala. Mãos e quadris que estão me apertando, afagando, pedindo por mais.

– Está bem, Cheryl. Tudo bem. Ame a tal Heather. Case com ela. Mas apenas, por favor… apenas transe comigo.

Nem sei o que estou dizendo. Nem sei se o que falo tem algum sentido. Um pensamento, e apenas um, martela em minha cabeça como uma melodia primitiva: Mais.

Coloco meu queixo mais para baixo, querendo sentir o gosto de sua boca de novo. Mas, em vez de seus lábios, tocou sua mão. Abro meus olhos e vejo sua mão cobrindo minha boca com o intuito de me interromper. Seu tórax se expande, aumentando e diminuindo, em uma respiração forte e rápida. Aí vejo seus olhos. Sinto-me como se tivesse levado um soco no estômago. Porque seus olhos estão abertos, cheios de pânico… e confusão. Tento dizer seu nome, mas sou abafada por sua mão.

Escuto-a soluçar ao dizer:

– Não posso fazer isso, Toni. Desculpe-me. Heather… este emprego… esta é minha vida. Minha vida inteira. Eu… eu não posso.

Ela está trêmula. De repente, toda minha vontade, meu desejo e minha intimidade molhada ficam em segundo plano, por trás do desejo irresistível de querer consolá-la. Para dizer que está tudo bem. Tudo ficará bem. Qualquer coisa. Falaria o que fosse preciso para mudar aquela expressão. Mas ela não me dá a oportunidade. No momento em que retira sua mão de minha boca, ela corre. Ela some antes que eu possa fazer algo. Deveria ir atrás dela. Dizer a ela que não tem problema algum ela me interromper. Que isso não mudou – e não mudará – nada. Apesar de que é uma grande mentira, e sabemos disso, certo?

Mas eu não a segui, por uma simples razão: já tentou correr com as calças e calcinhas ensopadas?

Não?

Bem, sorte sua porque dá uma assadura horrível.

Eu me jogo no sofá e inclino minha cabeça. Olhando para o teto, aperto a ponta de meu nariz com meus dedos. Como uma coisa simples como sexo se tornou tão complicada? Também não sei. Caramba, estou tão molhada e excitada. Quero chorar, admito isso. Não tenho vergonha. Quero chorar, por causa da dor latejante em minha virilha que não vai ter nenhum alívio. A hipótese de sair e procurar uma substituta para Cheryl nem passa pela minha cabeça. Porque minha beyoceta sabe o que meu cérebro está começando a aceitar.

Não há como substituir Cheryl Blossom. Não para mim. Não neste momento.

Esta será uma noite longa, muito longa

The Attraction - ChoniOnde histórias criam vida. Descubra agora