— Você quer alguma coisa? — James me pergunta enquanto estamos na sala do meu dormitório.
Olho pela janela e vejo o sol forte que brilha lá fora, é uma sexta-feira à tarde e hoje não tivemos aula, por isso James resolveu vir até meu apartamento.
— Está calor — passo a mão bela minha barriga que agora já está aparente — acho que a baleinha quer sorvete.
— Por que você insiste em chamar meu sobrinho de baleinha? — James pergunta fingindo parecer irritado — meu sobrinho ou sobrinha já tem cinco meses, você deveria está preocupado em encontrar um nome para ele.
— Bem... — continuo acariciando minha barriga — P'Vee o chamou assim e eu achei que combina.
— E por que P'Vee o chamou tem que ficar? — James senta-se no tapete da sala, ficando mais ou menos da minha altura que estou deitado no sofá preguiçosamente — Mark.
— Hum?
— Que dia você vai me confirmar que P'Vee é o pai do seu bebê? — ele me pergunta levantando a sobrancelha — Porque só um cego para não ver isso.
Realmente. Apenas um cego não veria isso. No último mês eu e P'Vee ficamos ainda mais próximos, mais próximos até do que os outros integrantes do nosso grupo. Mesmo com P'Vee arrumando um estágio ainda nos víamos diariamente, ele levava comida para mim na universidade, às vezes me buscava ou me levava, P' costumava vim até o meu dormitório durante os finais de semana e me acompanhava em caminhadas ou na piscina para me exercitar. Pensar nesse último mês me fez perceber que realmente estivemos muito próximos.
— Era complicado. — justifico.
— Complicado como? — James indaga.
— Você lembra a confusão com P'Bar, meu envolvimento com P'Vee foi apenas uma vez e foi bem no meio daquela confusão.
— Agora não é mais?
— Bem, não dá pra esconder para sempre né?! — brinco.
— Apenas uma vez? — ele parece desconfiado.
— Que cara é essa? Foi só uma vez. — jogo uma almofada em James.
— Não sei o que me choca mais: sua incrível fertilidade ou o fato de estarem tão grudados e não ter rolado nada novamente.
— James!
— É sério! — gargalha — Vocês estão agindo como se fossem um casal. A única diferença é que não se beijam ou se abraçam na frente das pessoas. Até dormir na sua casa ele tem vindo dormir.
— É normal que estejamos mais próximos. P'Vee quer estar perto da baleinha.
— Só da baleinha?! — James me provoca mais uma vez — ou do pai da baleinha também?
— Não começa, James. — alerto — P'Vee é uma boa pessoa. Ele está assumindo a responsabilidade pelo filho, e mesmo que não fosse, você sabe como ele é, sempre muito prestativo.
— Prestativo até demais né. Seu útero que o diga. — ele gargalha.
— Você é ridículo!
— Mas agora falando sério. Você não está nem um pouco balançado com isso? — gesticula com as mãos — ele é sempre tão atencioso com você, vocês estão próximos, ele definitivamente é um cara bonito e além do mais você já provou né, já sabe como é. Já se passaram cinco meses, vai dizer que não está sentindo falta.
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Nós
ФанфикMark, um doce estudante de engenharia, que acredita estar apaixonado por seu sênior P'Bar, acaba se declarando um dia antes das férias e recebe um "fora". Triste com a recusa, o jovem decide se aventurar na noite de Bangkok. Mas algo que não estava...