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Nayeon

Finalmente, outro mês tinha passado. Era dia de trabalho. Eu acho que senti saudades demais daqui enquanto fiquei afastada. Não era como "hoje é um lindo dia pra desvendar casos criminais, ihuu" o céu estava cinza e foi outro sacrifício pra eu conseguir um carro. Tive que esperar quase meia hora pra um motorista finalmente aceitar a corrida e ir me buscar. Mas, eu estava feliz em ir poder trabalhar de naquele dia, mesmo assim não deixava de notar o pequeno aperto que sentia em meu peito era uma sensação ruim.

Esse não era o ponto principal no momento. Era o novo caso que chegava pra mim. Deplorável. Aquilo me deixou extremamente enojada. Apesar desses tipos de casos chegarem aqui quase diariamente, esse me deixou com raiva.

Uma professora do ensino fundamental fez uma denúncia alegando ver ematomas em um de seus alunos, Choi Min-ho, ele tinha 6 anos apenas, não falava uma palavra sequer quando interrogado. Chegava com ematomas novos quase todos os dias no colégio. Sempre com sono nas aulas, abatido, quietinho. A polícia havia investigado seu avô, que era quem cuidava do garoto em 100% do tempo quando ele não estava na escola mas não encontraram nenhuma prova de nada então decidiram mandar o caso pra cá. Esse era aquele tipo de casos que tomam tempo, paciência e nos dão despontamento quando resolvidos porque geralmente a resposta estava bem diante dos nossos olhos o tempo inteiro. Eu sabia bem.

Enfim, hoje também teríamos uma reunião com a senhora Bae. Parece que tínhamos mais uma missão pela frente. Dias de glória.

Eu estava analisando alguns casos em meu computador quando a Joohyun veio até mim.

— Srta. Nayeon. Minha sala, agora por favor.— ela disse com certa arrogância.

Algumas pessoas que passavam olharam em minha direção quando ela saiu andando pra sua sala. Eu me levantei meio constrangida e fui atrás dela.

Joohyun esperou na porta e quando eu entrei ela a fechou.

— Senta, por favor.— eu o fiz. Estava nervosa.

Ela se sentou também e introduziu o assunto:

— O agente Taeyong quer se desligar da corporação.— ah não. Ele é um dos melhores.— Eu tenho certeza de que ninguém quer isso. Taeyong é bom, ótimo. Quantos casos sem sentido ele já esclareceu pra nós?— eu assenti.

— Mas por quê? Por que ele quer sair assim de repente?— eu queria mesmo saber.

— Ele se envolveu com a inspetora Soo-young.— suspirei.

Era uma notícia importante mas não fazia sentido ela me chamar aqui pra isso. Alguns agentes já haviam saído da corporação por se relacionarem entre si.

— Por que a senhora tá me contando isso em particular? Já aconteceu antes.

— Pois é. O ponto que eu quero mencionar é importante o suficiente.— ela suspirou.— Acho que todos nós percebemos o quão é injusta essa "regra" aqui dentro.— fez aspas.— Eu, a presidente sou casada com uma mulher que antes era agente daqui junto comigo, e não, não fomos expulsas nem afastadas. Subimos de cargo. Eu e ela.— assenti. Acho que sei onde ela estava querendo chegar.— Entende?— assenti novamente.

— Não gosta da ideia de agentes indo embora por isso?

— Nunca achei a regra necessária. Só mantive por causa do último presidente. Mas agora eu quero sancionar essa regra do estatuto. Do nosso estatuto.

FBI - 2yeon | G!POnde histórias criam vida. Descubra agora