ℂ𝕖𝕟𝕒𝕤 𝕕𝕖 𝕦𝕞 ℂ𝕒𝕤𝕒𝕞𝕖𝕟𝕥𝕠

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Dedicado à @/harumihatae

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ℙ𝕣ó𝕝𝕠𝕘𝕠

𝒞𝑒𝓃𝒶𝓈 𝒹𝑒 𝓊𝓂 𝒸𝒶𝓈𝒶𝓂𝑒𝓃𝓉𝑜


Vegas Theerapanyakul

                             O casamento foi um espetáculo. O salão bem decorado com orquídeas amarelas e lírios brancos, as mesas lindamente ornamentadas com pequenas flores do campo. A mesa dos noivos era uma afronta a todos os matrimônios realizados no local. Rosas azuis e arranjos de pérolas pendiam de toda a frente do móvel, criando um efeito cachoeira incrível. As demais mesas também lindamente enfeitadas, criavam um ambiente íntimo e romântico, mesclando luz, pequenas flores e cristais que refletiam todo o brilho e elegância de cada pequeno detalhe.

                             Os dois noivos fizeram os votos entre lágrimas. Os familiares felizes, sorriam, secavam furtivas e emocionadas lágrimas, compartilhando a vitória dos dois rapazes que, para conseguirem juntar os seus nesse evento, tiveram que sair do país e registrar o casamento fora, apenas na presença de um casal de amigos. As cenas do casamento civil tinha sido apresentadas momentos antes do celebrante, que era primo de um dos rapazes, dizer suas lindas palavras. Tudo tinha sido um sonho.

                          O bolo lindo e bem decorado, saboroso e elegante, brigava com os doces finos que enfeitavam a mesa de serviço. O champanhe servido veio de um dos vinhedos mais clássicos da Tailândia. Não tinha nada fora do lugar. Nada acenava com a mínima possibilidade de dar errado.

                           As louças finas eram testemunhas silenciosas do poder dos anfitriões. Talheres de prata e louça chinesas, toalhas finas, bordadas à mão, tudo bem elaborado e divinamente combinados.

                            Músicos executavam suas peças musicais, mesclando o clássico com as músicas cotidianas com tamanha classe e perfeição que não teve quem não se emocionasse com a escolha musical dos noivos. Mesmo durante as bênçãos dadas por um monge amigo da família, houve a execução de uma canção instrumental.

                           A beleza dos convidados e dos noivos também era um espetáculo de junção, nada estava à parte, tudo funciona perfeitamente, até melhor que o esperado.

                          Tawan Sonrintong, o noivo mais jovem, vestia um smoking fino, branco e azul e noivo mais velho, Vegas, trajava um, da mesma casa de modas, branco e verde. Os tons piscina se espalhava por quase todo o ambiente, nas roupas dos convidados. O único que destoa é o celebrante. 

                       Tankhun Theerapanyakul, surgiu vestido em uma releitura de traje tradicional, de cores tão vibrantes quanto ele.

                        Ele aceitou celebrar o matrimônio pelo primo. Vegas era seu irmão de outras vidas e a amizade de sempre impediu que Tan dissesse não ao pedido, embora essa não gostasse nenhum pouco de Tawan. Para ele, enquanto o falso fizesse seu primo feliz não seria perseguido e destruído por ele. No dia que ele fizesse Vegas chorar, então, ele seria morto por Tankhun não seriam só duzentos e seis as partes que os Sonrintong receberiam quando ele terminasse seu trabalho.

                         A pista de dança foi aberta pelos noivos logo depois da cerimônia e por todo o tempo que aconteceu o jantar e discursos, jovens e velhos dançavam felizes pelo amor dos dois jovens.

                         A chuva esperada veio e não atrapalhou em nada os festeiros, já que não havia um único espaço descoberto. Mesmo as pequenas cabanas erguidas ao longo do jardim, para que os convivas descansassem, eram cobertas por uma extensa lona transparente, que permitia a visão do céu e seus entornos, mas impedia que as lágrimas celestiais caíssem sobre os que ali estavam para celebrar o amor.

                        A festa que iniciou às sete da noite se estenderia até a madrugada. Os noivos partiriam para a lua-de-mel tão logo o novo dia desse o primeiro suspiro.

                       Meia-noite e um, Vegas tomou a mão do seu amado e dirigiu-se para a saída. Ao som de dezenas de *saw, ambos dirigiram-se para o portão dourado do salão de festa. O carro que os levaria, esperava aberto.

                      Tudo mudou ao som inesperado de um chamado irado que se espalhou por parte do espaço ocupado:

                       — Tawan! Seu traidor!

                       Seguido do grito feminino, o estampido que reverberou por todo o espaço e foi pousar nos ouvidos do único noivo a permanecer de pé, depois que tudo acabou. P'Khorn segurou o sobrinho que procurava a origem do tiro que derrubou Tawan. 

                        A voz desconhecida se desfez no escuro, quando um carro fugiu em alta-velocidade da cena.

                        Tawan morreu nos braços de Vegas, ainda teve tempo de pedir perdão e pedir, entre jorros de sangue que saia do peito e boca, que não se vingasse da mulher. Vegas sentou-se para esperar a Polícia, mesmo depois que levaram o corpo do homem que dizendo que o amava, mantinha uma amante em segredo, ele não teve força de sair dali.

                         O coração tão destruído como as roupas que ele vestiu horas antes com tanto prazer... Um choro invadiu sua noite e ele foi despertado de seu transe pelo susto que o tio teve ao chegar ao tablado onde os músicos tocaram a marcha nupcial.

                          Um menino, bebê ainda, nu, embrulhado em tecidos sagrados.

                          P'Khorn trouxe a criança com a intenção de entregá-la para a Polícia, mas Vegas, quase em transe, a tomou no colo e , enfim, resolveu sair dali.



Dance Comigo, Vegas                #VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora