14 - Meu filho!

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               A chegada  a Bangcoc foi menos tumultuada do que todos previam. Time conseguiu o translado para a casa dos Theerapanyakul e os Thahan foram recebido mais calorosamente do que esperavam.

              Pete foi o último a entrar na casa. Khun veio abraçá-lo feliz.

              -       Seja bem-vindo, meu Príncipe. Estou feliz de vê-lo enfim em minha casa.

              Dos braços de Khun ele enfim viu o filho. Venice tinha adormecido em uma cadeira infantil acoplada ao sofá. Parecia um anjinho.

             Kinn veio receber os recém-chegados e percebeu como os Thahan eram respeitosos e receptivos.

              -        Eu disse ao menino Vegas que devíamos ficar em um hotel, mas ele insistiu que era para virmos para cá.

            -         Aqui já estamos todos prontos para vocês. A casa é grande e a família também. Vocês vão se sentir em casa logo.     -      Kinn respondeu, fazendo uma reverência para a avô de seu sobrinho.

            Todos estão conversando. Menos Pete. Ele, Vegas e Khun estão parados em frente a Venice.

            -        Ele ainda tem o mesmo cheirinho de quando partiu...

           Pete não se aproximou da criança. Não tentou pegá-lo. Nada. Estava parado em frente ao filho. Apreciando-o cheio de saudade e amor. Frases soltas dão conta de sua alegria e seu desespero.

          -         Ele está tão cabeludinho!    -    Pete sussurrava em êxtase. 

         -         Olhas as unhinhas tão limpinhas. Ainda crescem rápido?     -      Perguntou para ninguém e não obteve respostas. Todos olhos e corações estavam postos na cena que se desenrolava à frente deles. Os cumprimentos suspensos no ar, o tempo parado e só Pete amando o reencontro do filho.

         -          Nenhuma picada de bicho.   -    Os pássaros da residência que voavam livre, cantavam e era o único som a ser ouvido, além da voz de um Pete com o rosto babhado em lágrimas. 

         -           Que buchechinhas rosadas. Tão saudável meu filho!    -      Cada palavra sussurrada qual música e os olhos não se moviam do filho que dormia inocente de sua sorte. Inocente do retorno de seu amor.

         -          Meu filho.    -     Exclamou feliz.    E desceu vagarosamente em direção ao menino.

         -        Meu filho!    Vegas! Me dê ele. Solte-o daí... Tenho medo de apertar ele demais. Tenho tanta saudade.   -   A voz de Pete, mais alta agrora, quebrou o encanto e todos se moveram, temendo que ele acabasse por ferir a criança com a fúria de sua saudade.

          -       Primeiro se acalme e pare de chorar. Se ele o vir assim vai ficar traumatizado e fugir de você.     -     Foi Tankhun quem respondeu porque o outro pai da criança ainda estava impossibilitado.  

         Vegas chorava em silêncio vendo o amor que Pete tinha por seu filho.  Cada ação e frase dita por Pete era um corte fino e frio em seu coração ferido. Antes ele queria que o outro conhecesse e amasse seu filho, agora ele vê o homem que ama dedicando seu amor e lágrimas à criança que não era mais seu filho. Se Pete erguer o filho e o levar para si, o que seria dele, Vegas? Como enfrentaria isso?

         -        Estou calmo.     -     Os lábios tremendo. Os olhos cheio de água. Os cabelos revoltos por todas as vezes que o desarrumou, inconsciente de si enquanto admirava sua cria.

Dance Comigo, Vegas                #VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora