Luto
Doze de Janeiro - 2560
A dor era tão grande que ele não consegui respirar direito. O pai do agora marido falecido, atirava suas verdades a esmo. O que Tay, namorado de Time sabe? O velho xinga o jovem de alcoviteiro e instrutor de mau caminho. Time entra também como cúmplice de Tawan. Como assim seu melhor amigo sabia das traições de Tawan e nunca lhe contou? Justo Time que odiava toda e qualquer deslealdade entre um casal.
O velho continuou dando dados contra tantas pessoas, mas Time o amigo que acabou de seguir com o corpo de seu amado, justo para que, Vegas, respirasse, ser cúmplice e acobertar as escapadas de seu homem!
Não poderia ser verdade. Time e Tay tratavam Tawan com distanciamento, quase com o mesmo ódio que Tankhun. Descobrir ali, quando ainda via o carro funerário seguir seu caminho, levando o corpo sem vida daquele que há pouco tempo tinha lhe prometido amor, companhia e lealdade, que seus amigos sabiam.
A razão lhe perguntava em que horas os dois se aproximavam de seu noivo para orientá-lo em direção ao mal. Era impossível. A emoção lhe provava que era possível porque o outro o traia e estava morto por isso e ele nunca desconfiou de absolutamente nada. Tay se defendia irritado e pedia para Tankhun tirar Vegas dali.
- Esse velho mentiroso está vomitando suas mentiras em cima de Vegas. Ele não precisa sofrer toda essa agressão. Ele foi a vítima do desamor desse nojento.
Vegas ouvia e a sua emoção continuava a construir sua defesa frente o raciocínio. Parecia inocente, mas Tay só queria impedir que a história de sua crueldade se tornasse pública. Eke jamais defenderia um amigo que traísse seu parceiro e estava ali seu melhor amigo e o companheiro dando cobertura para o homem que ele amava.
O desespero o cegava. A dor de saber que seu amado lhe era desleal era maior que a perda final sofrida porque as traições vomitadas pelo velho só sujavam as memórias que ele tinha colecionado para acompanhá-lo em seu momento de dor.
Uma certeza invadiu sua mente: nunca mais deixaria alguém chegar tão perto assim, nunca mais alguém alcancaria seu coração ou diria que ele era seu marido.
Puxou o ar, tentando desobstruir-se do ódio que o abraçava e viu sem realmente registrar em sua memória, Tankhun tirar o velho de perto deles. Sentiu o silêncio evidenciar a dor. Sentiu o vazio nos braços que nunca mais abraçaria Tawan. Sentiu o cheiro de sangue do outro em sua roupa e pele e então um som novo adentrou fino em seus ouvidos. Sentiu mais que viu o pai sair correndo para atender uma demanda.
Gemeu sua solidão.
O pai o abandonou!
Até seu pai!
Minutos depois, khun Khorn surgiu com o menino envolto em roupas sacras. Sem documentos. Sem mamadeira. Sem mordedor. Sem nada. Levemente febril. Olhinhos assustados. Parecia um Cristo de presépio. Um pequeno monge abandonado. Vegas entendeu em meio à sua dor que o som que chamou seu pai foi o choro daquele anjinho. Seu pequeno protetor.
Sua luz no fim do túnel solitário do sofrimento e do desespero. Sua janela no desespero. Sua porção seca entre as águas da maldade. Sua ilha-socorro.
Vegas tomou a criança no colo em lágrimas. O corpo de Tawan já tinha ido para o serviço funerário e tudo o que restou foi a criança desconhecida enrolada em roupas sacras. Sua Venice. Seu Venice. Eles se protegeriam, jurou em uma língua que só o amor conhece.
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Dance Comigo, Vegas #VegasPete
FanfictionOnde Pete tem um segredo e busca resposta e Vegas descobriu a traição do marido no dia do casamento. Uma tragédia os une. Pode o amor florescer onde toda a terra do afeto foi destruída pela maldade humana? Universo Alternativo de #KinnPorsche Dedica...