12 - Peter Kraisse Thahan 2.2

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              De volta a sala. Os animos mais calmos e os corações alimentados de amor, tanto do filho quanto do novo genro, a senhora Thahan divaga sobre  todo o processo de busca do pequeno Venice Kraisse.  Fala de suas dores. Seus pesadelos. De ter abandonado o trabalho para correr atrás de todas as falsas pistas que surgiam dia e noite. 

             -          Sabe, menino Vegas, eu envelheci muito na primeira vez que Kraisse manifestou a doença.  Meu filho único. Meu Príncipe. Aquele em quem depositei meus sonhos e de repente ele adoeceu e quase o perdemos. Mas Somchai esteve conosco em todo o processo. Ficamos fortes uns ao lado dos outros. Na segunda vez foi a mesma coisa. Dias e dias de dor e sofrimento  dele e nossas. Na última vez foi de repente e tudo acabou. Mas tínhamos o Pe... VeniceKraisee e conosco. Chegou e meses depois o nosso menino partiu e sofremos , mas tínhamos os dois. Mas agora era eu e o marido. Foi difícil. 

             Vegas entendia. Era fácil imaginar o filho no lugar daquele que um dia foi seu pai. Infelizmente  não há como não pensar que são as flores velhas que caem primeiro.  Uma doença assim é como o vento que rouba as flores novas. Erroneamente acreditamos que os pais não deveriam enterrar os filhos. 

             -           Eu imagino o desespero dos senhores. Perdeu em um espaço  de  tempo muito curto todas as esperanças. Meu pai diz que um filho é garantia de continuidade e vocês perderam as três promessas de futuro de uma vez.

           -         Isso mesmo! Não   que  a  gente force os filhos seguirem nossos ideais e sonhos, mas ainda assim um filho vai além de nós.  Por isso não entendo Annieling desprezar Somc... 

            -        Eu fico feliz de saber que o Pete tem seu amor, tia Mang e tem o amor do tio. Vocês não desistiram de procurar por eles.  Vocês  se empenharam e de certa forma conseguiram tê-lo  de volta. 

             -          Tem uma coisa que me irrita nessa história, menino Vegas. A investigação para achar meu neto era nacional. Como não o acharam em Bangcoc? Eu vi o formulário que você preencheu. A Polícia mandou para nosso advogado. Só olhando eu sei que é Peter...Venice. Como não disseram isso para nós?

            -         Acho que a mãe do Pete chegou antes e subornou alguém ou, uma vez que ela descartou a identidade dele, o formulário foi desconsiderado todas as vezes que alguém perguntou por ele.   Mais cedo, enquanto vocês  conversavam, questionei o responsável pela documentação no distrito e, segundo ele, realmente estava arquivado em  casos resolvidos. Foi horrível saber que naquele papel meu... nosso menino consta como encontrado morto. E foi difícil conseguir os dados e essas cópias. Eu só consegui porque fiz algo que abomino, mas foi necessário.  Usei o nome de meu pai e dos senhores. Desculpe-me, minha senhora.  Mas não confio nessa harpia, então apelei.

            -        Fez certo.  Ela teve coragem de mandar as cinzas falsas de Somchai e Peter para nós! Nunca vou esquecer essa crueldade.

          -          Não pense mais   nisso. Amanhã por essas horas vocês estarão com ele. Eu só não sei como Pete vai reagir. Ele passa mal perto de crianças.

         -        Vai ser diferente com o filho dele. Você viu as filmagens como ele é apegado ao pequeno. Ele e nosso Kraisse esperaram o bebê com tanto amor. Sei que meu filho partiu em paz pensando que Somchai estaria feliz com o filho e por isso sofreria menos.

          Vegas suspirou. Pete tinha saído com o sogro para ver alguns negócios e registrar as transferências de sua conta antiga para seu novo nome e conta em Bangcoc. Levou junto os documentos que tirava dele o pátrio poder. Uma parte dele estava feliz por Pete, mas a outra estava triste. Seu filho voltaria a ser Peter Kraisse Thahan.  Seu Venice deixaria de ser seu filho. Ele ficou  ali disfarçando a tristeza e Pete saiu radiante de felicidade. 

Dance Comigo, Vegas                #VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora