15 - Suspense

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Suspense

                           Na manhã seguinte à chegada dos Thahan à residência Theerapanyakul, Tankhun já tinha decidido a vida dos novos amigos.

                         Na tarde anterior, enquanto Pete, Vegas e Venice dormiam à beira da piscina devidamente guardados por seus olhoso,  o empresário de artista, com sua habilidade inumana, fez os guarda-costas da família  de garotos de recado. E eles, como bons agentes imobiliários recém-graduados, passaram a tarde toda procurando uma casa pelos arredores. Tay, seu novo assistente para negócios da vida alheia, não desgrudava dos sites de casas de veraneio da região e alimentava os guarda-costas com as novas indicações. 

                             A princípio foi difícil.  As casas que seriam maravilhosas para a família eram distantes e ele queria ter acesso livre ao sobrinho.  Mas ou estavam em condomínios e ele quer algo como a residência deles, ou "não tinham personalidade". Entretanto, nem ele, nem seus "agentes imobiliários" pensam em  desistir dessa nova missão. Então Ken foi até uma das casas indicadas por Tay e antes de entrar nela, parou em frente a um muro gigantesco. Seu hábito de guarda-costas o fez olhar o perímetro com o mesmo cuidado que faz quando protege os chefes e viu um minúsculo portão. Aquilo chamou sua atenção. Era com certeza um portão de fuga coberto por uma manta de unha de gato. Sorriu. Ao se aproximar e olhar bem, percebeu que sua atenção só foi despertada por sua habilidade profissional. Aquilo era mais discreto que cabelo perdido em seda preta!

                             -          O senhor deseja alguma coisa?

                             Um segurança da rua se aproximou. Ken sorriu e foi sincero.

                              -          Vim ver a casa logo mais  a frente para meus chefes. Mas tenho que ver a segurança  geral e percebi essa porta-agulha.

                               -         O senhor trabalha para os Theerapanyakul.      -       O homem afirmou, apontando o boton minúsculo do terno de Ken.

                              -          Sim, trabalho. 

                               -          Olha, essa casa aqui está a venda. Eu acho que se é para o doutor Khorn, essa é a ideal. Tem duas entradas principais. A daqui, há pouco mais de cinquenta metros, que é de acesso íntimo.  E a outra, na rua dos Príncipes. Tem duas guaritas monitoradas por um sistema instalado na segunda casa e tem garagem privativa, jardim de inverno, casa de chá e quatro andares  não visíveis aos  transeuntes.  Além de uma saída subterrânea e quatro dessas saídas secretas. Que até hoje ninguém nunca tinha notado. O senhor quer ver?

                               Ken comunicou ao chefe e enviou o seu sinal, aceitando acompanhar o homem.   Na entrada principal o homem fez a verificação da retina e o portão destravou. A voz mecânica informou que  Ken trazia três armas. E os dois riram, já que apenas uma era visível.  Ken anotou mentalmente que a casa tinha sistema de leitura de raio x.  

                             O guarda-costas dos Theerapanyakul entendeu porque não tinha visão externa da casa. Ela era totalmente cercada por pinheiros e Logan.  O cheiro das pinhas caídas era delicioso.  Quando Venice tivesse maior ia amar colher as petequinhas.

                              Disfarçadamente ligou a câmera do boton e deixou o caminho livre para que Chan entendesse sua ideia.  A casa de chá ou o o jardim de inverno poderiam ser o tal estúdio da senhora.  A casa ao fundo, ao lado da piscina poderia ser uma base para os guarda-costas ou usada para visitas. 

Dance Comigo, Vegas                #VegasPeteOnde histórias criam vida. Descubra agora