𝕆 𝔹𝕒𝕚𝕝𝕒𝕣𝕚𝕟𝕠
"O bailarino é simplesmente lindo!"
(Khorn Theerapanyakul)
Vegas Theerapanyakul
Vegas estava cansado. Um ano de correria, o filho crescendo, já chamando-o de pai, mas ainda assim muito dependente dele.
Há quase um ano que ele não sai de casa e que, tirando os irmãos, se negava encontrar quaisquer fossem os seres humanos. E agora isso!
Saiu de casa revoltado com o irmão porque esse tinha lhe proibido chegar perto do filho, alegando que seu comportamento antissocial já estava afetando o pequeno. E ver o filho chorar quando Kim chegou, para brincar com ele, acabou por confirmar que o outro irmão estava certo. Não que ele fosse dar o braço a torcer, mas aceitou ir ao tal espetáculo que os irmãos vinham elogiando há dias.
— Você vai gostar, Vegas, o dançarino é um espetáculo até sem dançar, mas quando ele começa, aquilo é o puro sumo da arte. — Kinn falou, abraçado ao namorado, que concordava plenamente. Até papai foi ver e olha que é uma boate gay.
— Kinn, eu lá tenho preconceito com gays, meu filho? E sim, Vegas, o rapaz é muito bom. Ele tem natureza artística. Confesso que não entendo o que ele está fazendo em uma boate com o talento que tem. — Papai Khorn estava com o neto no colo, sorrindo para o filho.
Vegas foi convencido e arrastado para o lugar e agora seu irmão devia estar em qualquer canto com o namorado e ele estava ali, assistindo a grande promessa da dramaturgia tailandesa representar um príncipe que teve que trocar seu reino por um cabaré de quase dois séculos atrás. E isso não era nenhum tipo de ironia!
O rapaz cantava. Era o único da trupe que o fazia. E a voz era um sonho. Todos os outros bailarinos faziam mímicas, mas ele representava toda a dor de ter sido despido de sua real identidade e se transformado em um homem objeto, cantando cada estrofe com beleza e fluidez. Kinn tinha dito que o artista desconhecido tinha aparecido em Bangcoc logo na época que Tawan morreu. E o retiro de Vegas, após a traição e morte de seu marido, justificava o o fato de ele jamais ter visto o belo jovem.
Vegas notou que a dor do homem não era representada. Parecia que o jovem conhecia o que cantava e vivia nos palcos. Foram quarenta minutos de começo, meio e fim da vida do rapaz que no final se libertou ao encontrar o amor.
Vieram outros bailarinos, mas Kinn tinha dito que o rapaz tinha um solo na quarta apresentação e que essa era dança moderna e que ele iria gostar. Como se ele não tivesse gostado do conto de fadas estranho que o outro representou.
O rapaz entrou no palco em um pneu enorme. O objeto surgiu da boca do palco rodando e o jovem dentro, vestindo uma roupa que deixava pouco para a imaginação.
Quando o grande objeto bateu na parede oposto e quicou, o rapaz saltou dele, ainda em movimento e o empurrou com força e graça, fazendo-o cair virado no meio do palco. Toda a performance do jovem foi feita com o enorme pneu. O belo corpo descia e subia ondulando do chão em uma coreografia quase profana. A luz criando um efeito sensual inesperado e o rapaz seguia seus instintos, obedecendo a música. Vegas ficou extasiado com a presença de palco do garoto.
Os dias seguiram assim. Depois da primeira vez, sendo forçado a vir. Todas as outras veio pela Arte e ainda obrigou Tankhun vir com ele. O irmão precisava ver aquele rapaz dançar, dar-lhe uma oportunidade, colocá-lo no meio artístico de fato. Foi nesse dia que o rapaz o notou. Vegas viu quando Khun conversando com o rapaz, mostrou-lhe quem tinha falado sobre seu talento.
Khun fez o caminho de volta para casa entusiasmado, agradecendo Vegas por ter lhe apresentado o trabalho do jovem, que tinha prometido pensar na proposta dele. No entanto, o rapaz não aceitou. Khun cercou o rapaz e Vegas soube que o coitado iria ser convencido tal logo entendesse que para o executivo e promoter Theerapanyakul não havia um não quando esbarrava em um talento. Pelo mens dez dos mais influentes atores da Tailândia tinha dito não para Tankhun Theerapanyakul antes e todos eles subiram ao estrelato por suas mãos.
Entretanto, um dia, Khun desistiu. E mais, ofereceu-se como amigo do rapaz. Era comum Vegas ver o jovem nas redes sociais do primo, em postagens fechadas, mas ainda assim, ali. Embora Khun proteja Pete, ele já não vai até a boate. Voltou à sua vida noturna pacata e feliz, vivendo em função do pequeno Venice, sobrinho que ele ama monopolizar.
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Dance Comigo, Vegas #VegasPete
FanfictionOnde Pete tem um segredo e busca resposta e Vegas descobriu a traição do marido no dia do casamento. Uma tragédia os une. Pode o amor florescer onde toda a terra do afeto foi destruída pela maldade humana? Universo Alternativo de #KinnPorsche Dedica...