Jack In The Box

💪NamJoon in the box💪

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NamJoon

Eu odeio meus amigos.

Acabo de chegar de uma viagem longa e nenhum daqueles paus peludos atendeu minhas ligações, sequer viram as trinta e cinco mensagens que deixei para cada um dos cinco arrombados. Lourena, a vida é realmente uma piada.

Casa nova, trabalho novo, vida nova. Bom, com amigos ou não, essa é a vida que escolhi aos quinze anos e finalmente realizei meus sonhos. Posso jurar que a sensação parecia melhor quando eu sonhava acordado, mas não ter as pessoas mais importantes para mim não me pareceu grande coisa. Foi só por isso que voltei para eles. Nada mais.

Soltei minha mala para mexer no molho de chaves e logo encontrei a correta, abrindo a porta do apartamento. Assim que a fechei atrás de mim vi alguém atrás do sofá cair de bunda no chão e gemer de dor.

  — TaeHyung? — Perguntei ao ligar o interruptor.

  — Surpresa? — Ele ri amarelo, se levantando. — Poderia ser mais emocionante se o Jimin não tivesse me empurrado.

Eu ri quando os outros foram aparecendo de seus esconderijos e iniciaram uma briga entre si. Eles são péssimos em boas-vindas, mas eu acho que são ótimos nisso.

  — Foda-se a surpresa, quero um abraço apertado de todos, porra. 

Jimin é quem ama esse tipo de contato físico, então é o primeiro a me abraçar. Como sempre se desmanchando em lágrimas porque passei muito tempo longe dele e apenas eu acerto fazer seu drink favorito.

  — Empurrei o TaeHyung porque ele disse que estou feio com o cabelo laranja e que você enfiaria minha cabeça no espremedor.

  — Você está gostoso, não se preocupe. — O confortei afogando meus dedos em seus fios ruivos. 

TaeHyung é o próximo e vejo que está quase na minha altura. Diferente de Jimin, ele não gosta de abraços demorados, mas de morder ao ponto de seus dentes ficarem marcados na pele alheia. Meu ombro é sua vítima favorita.

  — Cara, você está cheiroso demais. Ah, hoje é sábado, dia de banho. — Debochou o Kim.

  — Posso nem falar o mesmo, está suando feito um porco. — Apontei para suas axilas molhadas, poderia chamá-las de boceta. É só me ver que já fica molhada.

Todos riem, inclusive o próprio que não sente vergonha alguma. Pelo contrário, apenas olha de relance para Hoseok e sorri pequeno, porém Jung mostra o dedo do meio e debocha da situação. Ah, os inimigos que fazem parte do mesmo grupo de amigos. Senti falta disso, embora odeie violência.

  — Troca de roupa, nós vamos sair. — Ouço Hoseok falar e o vejo sentado no sofá comendo do meu pote de paçoca. Ladrão. 

  — Você tem noção do que eu passei até chegar aqui? 

  — Não discute, ele está tendo um dia ruim. Sua volta é a única coisa boa. — Yoongi sussurra, temendo um Hoseok irritado. Seu jeito meigo de me abraçar pela cintura me faz desviar o olhar para o topo de sua cabeça. Tão pequeno. — Ah, céus! Senti tanto a sua falta. Você é muito importante para nós, saiba disso.

Yoongi e suas palavras de afirmação.

  

  — Limpei e organizei sua casa, está brilhando. Vê se cuida melhor dela, pau molengo. — O Jung ditou em voz alta, se vangloriando da sua linguagem do amor. Atos de serviço. Amo sua brutalidade com as palavras.