💔Jimin In The Box💔

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Jimin

Eu estava jantando com o meu namorado JungKook quando o meu marido Taekyu ligou.

O atendi apenas na terceira vez, estava me irritando. Precisei me trancar no banheiro do quarto de Jeon, dar uma ótima desculpa e dizer que sinto saudades. Nem gosto mais dele. E olha que faz dois meses que nos casamos e há um mês que ele viajou para Cuba.

A obsessão passou mais rápido do que pensei e voltou me atropelando quando vi o garoto de programa numa esquina perigosa e nada discreta. Jeon Jungkook passou em todos os requisitos de cara perfeito para namorar. 

O boquete dele me conquistou.

  — Meu irmão está ligando de novo. Ele sempre quer a minha opinião, por mais fútil que seja a questão. — Disse, sorrindo para os pais do menino Jeon, sendo retribuído com compreensão.

JungKook sabe que não tenho irmão algum.

  — O seu irmão segue alguma religião, Jimin? — A mãe dele perguntou.

  — Católico. Ele sempre foi. — Respondi a única religião que sei da existência. 

  — Nós somos muito religiosos, não sei se notou. É importante entender e até participar, se quiser mesmo continuar sendo amigo do nosso filho — O pai alertou. — Ele pode te ensinar muitas coisas que você não está acostumado.

  — Ele me ensina muito, muito bem.

Sorri simpático, acariciando a perna do filho alheio por baixo da mesa de jantar.

  — Mas vão precisar ter paciência, JungKook sabe que não sou bom em algumas coisas e em outras sou excepcional.

  — Ele sempre esquece as rezas — Comentou o mais novo, fazendo os mais velhos rirem um pouco. — Precisa de muita disciplina.

  — Não se preocupe com isso. Podem estudar bastante no quarto dele, irem à igreja juntos e ajudar nas demais tarefas. — A mãe listou. — Vai se acostumar. Leva tempo.

Eu estava com a cabeça entre as pernas do JungKook quando resolvi entrar nisso. 

Fingir ser um novo religioso — coisa que é a última que sou — está em primeiro lugar na lista de coisas que faço por paixonites temporárias. Mas é interessante fazer parte da vida de um garoto que teve sua primeira vez como garoto de programa após sair da missa onde havia brigado com os pais. 

Não se toma decisões quando se está com raiva, pois decidir ser garoto de programa foi bem aleatório e perigoso para alguém que não conhece as ruas. Claro que sendo um gostoso, tendo aquele rosto másculo e sereno, de fala bonita, chamaria atenção. 

Para sua sorte, eu estava louco por uma nova experiência e nós dois não nos largamos mais desde então. 

  — Eu te comeria enquanto você estivesse lavando a louça se não fosse aqueles velhotes na sala — Sussurrei o mais próximo possível do seu ouvido, ele estremeceu.

  — São meus pais, Jimin.

  — Que se dane. Só quero você logo.

  — Também te quero. Muito mesmo —  Ele hesita. — Só que está tudo errado. Você e eu. Nós não deveríamos acontecer desse jeito.

  — O Taekyu não significa mais nada para mim — Olhei para trás, me certificando de que a nossa conversa era privada. — Você significa tudo. É meu oxigênio, minha água, meu sonho. 

  — Até se passarem três meses e você achar uma nova paixão.

Ele tem toda razão. Me apaixono sempre que alguém me agrada cento e um por cento, é como um teste gratuito com tempo limitado. Jeon não é diferente. Não pode e não vai ser diferente. Mesmo que dê pena. Vai acontecer de eu parar de responder suas mensagens e até evitá-lo nos lugares, para simplesmente sumir em paz. 

O foda é que JungKook me faz querer ser vulnerável, despido, nu, e não só de forma sexual, na maioria das vezes.

E como qualquer outra conversa mal resolvida, eu fodi com outras coisas além do seu psicológico. Toquei cada extremidade de seu corpo enquanto seus pais dormiam achando que estávamos rezando para Ele. Eu rezei, mas pelo Jeon, quem realmente merece muita devoção.

Pela manhã saí mais cedo, precisava correr pelo bairro e ficar longe do futuro pobre que teria se escolhesse JungKook. Porque, mesmo que eu o ame, a minha felicidade continua vindo da grana de Min Taekyu. Não pretendo largar meu futuro brilhante por um garoto que ainda mora com os pais, e pior, é de uma família onde as aparências valem ouro. 

  — Ora, ora, se não são o cão e o gato. Deixa eu adivinhar, estão discutindo logo cedo? 

  — Esse cabeça de nós todos jogou uma salsicha em mim — TaeHyung apontou para a prova daquilo. — Merece apanhar.

  — Ah, você fará isso? Okay! Quero que me bata até que eu não consiga levantar, porque se eu o fizer, você vai se arrepender de ter sido o espermatozóide mais rápido. — Hoseok, que antes parecia relaxado, ditou friamente.

  — Vocês implicam um com o outro sempre que podem. Ambos têm bastante tempo livre, deveriam desperdiçar trepando — Revirei os olhos. Bati os ombros ao passar entre os dois e balancei a latinha de coca-cola. — Cresçam e evoluam, filhotes de Bolsonaro.

  — Você parece estressado. Perdeu o costume e não consegue administrar dois machos? — Hoseok perguntou sarcástico. 

  — É exatamente isso, seu ladrãozinho.

  — Sou team JK. Ser o primeiro amor de alguém me deixa eufórico. — TaeHyung levanta a mão, sorrindo pequeno.

  — Já que é assim, sou team Taekyu só porque o TaeHyung é o contra. — Hoseok sorriu cínico para Tae, este que bufou.

  — Sou team pau do JungKook e grana do Taekyu. Acho que ganhei — Dei de ombros, fixando o olhar na garrafa de vodca. — Que data é hoje?

  — Treze de agosto — Tae respondeu. Logo ele também lembrou. — Hoje faz um ano daquela morte indesejável.

  — Não é só isso — Bati a mão na testa. — O gostoso do NamJoon chega hoje.

  — Mentira, né? — Hoseok se exaltou. — Caralho, deixei uma amostra de fezes enorme no vaso dele. 

Tae e eu franzimos o cenho. Que nojo. 

  — Você é mesmo um seboso. Aposto que faz dias que não toma banho. — TaeHyung reclamou.

  — Não aumenta as coisas. Ele quebrou a descarga e eu só lembrei agora. Eu ia dar um jeito, okay? — Hoseok se defendeu.

  — Precisamos fazer um bolo de boas-vindas para ele — Olhei novamente para a garrafa de álcool. — Aquele dia não deve ser mencionado. Além disso, nada de álcool ou drogas. Apenas vão sóbrios.

  — A gente precisa superar aquele acidente.

  — Nós superamos — Tae retrucou, e abaixou a cabeça. — Não sabemos se ele também. Ela tinha a idade da Kim Júlia, afinal.

  — Só vamos saber mais tarde — Desviei o olhar para os inimigos que fazem parte do mesmo grupo de amigos. — Aquele dia não será lembrado na noite de hoje.

Jimin in the box

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Vou tentar atualizar todo sábado e domingo para vocês, pois estou trabalhando no livro de EDEN todos os dias. (Inclusive, o capítulo onze me aguarda)

Estou me esforçando nele, mas talvez nem seja publicado, porque ser autor independente requer dinheiro e disciplina. Então, esse segredinho é entre nós. Entretanto, caso fique pronto, teremos o e-book de EDEN na amazon. É o mínimo que posso fazer por vocês ♡♡

Enfim, não só um como três dos outros protagonistas apareceram 👀👀

Jack In The BoxOnde histórias criam vida. Descubra agora