Capítulo - 32

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— Meu Deus... Soo-Min... Jimin que... cortou a sua língua? — Yun pergunta horrorizado.

Soo-Min fecha a boca e acena que sim com a cabeça.

— Uma de suas tias era uma grande médica na época — ela volta a se expressar — então pra Jimin não foi difícil pegar um remédio na casa dela, e como já era muito inteligente, pegou logo um calmante.

— Ele usou em você?

— Como eu havia mencionado, eu tinha um sono muito pesado. Então logo após eu voltar pra casa nesse mesmo dia que achei os corpos, enquanto dormia, Jimin injetou uma agulha em mim com uma dose extremamente alta de calmante.

— Deve ter sido perturbador.

— Eu abri os olhos no meio da noite e não conseguia me mexer e nem falar, era como se eu estivesse embriagada, porém minha mente ainda funcionava perfeitamente, só meu corpo que estava extremamente imóvel.

— E aí o que aconteceu?

— Jimin em seus 15 anos, apareceu e cortou a minha língua para que eu não dissesse nada a ninguém — ela chora — e eu não pude nem gritar já que não tinha forças pra isso por causa do remédio.

Que pobre senhora, Jimin é mesmo uma pessoa horrível

Na próxima manhã, eu acordei cedo, juntei minhas coisas e fui a um médico o mais rápido possível. O médico disse que tive sorte de sobreviver já que estava perdendo muito sangue pela boca.

— E foi aí que você se demitiu?

— Sim, se eu continuasse naquela casa, o próximo a ser cortado seria o meu pescoço.

— Sair foi a melhor opção.

— Depois disso eu nunca mais fui a mesma. Eu não posso me alimentar naturalmente como as outras pessoas, eu dependo de uma sonda pra isso. Não posso mais falar, não consigo mais dormir a noite, não consigo tomar calmantes, não vivo tranquilamente, e nunca irei viver.

Yun se sente triste com essa situação.

— Jimin acabou com a minha vida e minha paz. Todas as noites eu temo dormir e acordar com ele do meu lado com uma faca.

— E a irmã dele?

— Até a época em que convivi com eles, ela sempre foi o oposto dele, a pessoa mais gentil e simpática que conheci, ela era dois anos mais velha que ele e uma irmã adotiva. Era um amor de criança.

— O que aconteceu com ela? Chegou a ouvir notícias sobre isso?

— Não, depois que sai de lá, tudo que estava relacionado aos Park não me interessava nem um pouco.

— Eu sinto muito pelo o que aconteceu com a senhora, eu meio que entendo a sua dor — Do-Yun simpatiza com ela que lhe encara — mais a senhora está segura, nada vai lhe acontecer, eu prometo.

— Me escute bem meu jovem — Soo-Min se aproxima dele segurando em sua mão — Jimin não é flor que se cheire. As pessoas que se envolve com ele, ou acabam como eu, ou acabam pior, num caixão a sete palmos abaixo da terra.

Yun lhe ouve atentamente.

— Eu digo isso para o seu bem. Jimin não é uma boa pessoa e não vai mudar, então se afaste enquanto pode, ou então irá se machucar profundamente. Você é jovem, tem uma bela vida pela frente...esquece Jimin, ele não merece a sua atenção.

— Ahjumma — Yun a chama formalmente — eu...eu não posso deixar pra lá... não consigo...eu sei o risco que estou correndo.

(Ahjumma - como coreanos se referem a mulheres bem mais velhas)

𝐂𝐫𝐚𝐳𝐲 𝐋𝐨𝐯𝐞 Onde histórias criam vida. Descubra agora