Sofia Carson - minha garota

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Oiiii, mais um cap pra vcs 🤍

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Meus olhos haviam parado em um ponto fixo. Eu não conseguia piscar ou desviar mesmo que meu consciente me avisasse que qualquer um poderia estar me observando.
Não me importava, que se foda o que as pessoas pensariam. Que esse irritante professor de química vá para o inferno e leve meus companheiros de sala também.
Só ela me interessava, sofia. Minha melhor amiga.
É, eu sei que é completamente estranho eu estar secando a minha melhor amiga. Ou talvez não. Porém, de qualquer forma, não conseguia não a olhar.
O contorno dos seus olhos era delicado, seus lábios eram finos e bonitos, principalmente quando ela não usava nenhum tipo de batom ou gloss labial. E ainda sim, quando ela usa, sua boca fica mais chamativa, para mim em especial. O que não era propriamente dito, algo bom. Eu não deveria os achar chamativos, atraentes ou tentadores.
E ainda tem o fato de que me contorço toda vez por dentro, quando saímos juntas e ela esta vestida com uma saia. Curta. Cintura alta.
É minha morte definitivamente, é uma obsessão insana em admitir a mim mesma que tudo em si me atrai. E sentir isso dói, porque não sou uma garota ingênua que não sabe o isso significa o que é esse meu sentimento.
- lala... - ouvi uma voz fraca me chamando, mas meu raciocínio não queria parar. Eu estava ficando paranoica, eu não queria que fosse verdade. Não, não e não. Não podia ser. - lala... lara!
- Oi. - me virei para o dono da voz e encontrei Brad, amigo meu e de sofia. - O que você quer?
- Acordou grossa, é? - Brad me encarava, achando graça. Ele adorava me irritar. Revirei os olhos.
- Vai direto ao ponto! - ordenei, ele estava interferindo no meu momento de observar ela.
- Mal educada. - falou com desdém e ignorei. - Vai à festa do Sam hoje?
Sam é um cara do terceiro colegial, o bambam que todo mundo quer pegar - menos eu - e o organizador das festas mais fodas que possam existir de qualquer aluno do colégio.
- Hm... Não sei. - não gostava muito de festas, não porque eu possuía algum problema e sim, porque as pessoas não me agradavam. Muita bebida, muita orgia.
- Eu vou! - ouvi um grito de sofia que entrecortou o silêncio da sala inteira. O professor a encarou, repreendendo-a, e não pude deixar de rir ao ver o tom que suas bochechas tomaram. Ela me encarou e mostrou a língua. Criança.
Uma coisa que sofia adorava: festas. Apesar de ela às vezes ser boa moça demais, com todo o jeito tímido, ela não perde qualquer festa. E eu muitas vezes convencida por ela e Brad, vou.
A aula continuou e para a sorte de todos que estavam presentes, era aula dupla.
Coloquei meus braços em cima da carteira, apoiando minha cabeça neles e assim, fiz a tentativa falha de esquecer todos os traços de sofia que havia memorizado. Ela é uma garota, eu também. Somos melhores amigas. Meu Deus, isso nunca vai acontecer.
sofia não é do meu time, sei disso e exatamente por isto que me machuca. Apaixonei-me pela minha melhor amiga e a mesma nem sabe disso.

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A casa se encontrava lotada, vários carros estacionados de qualquer jeito por aquele quarteirão e milhares de pessoas por todos os cantos. A música alta vinha de um equipamento grande, acompanhado de caixas de som e um jogo de luz; tinha que reconhecer, o som era de última geração e até mesmo a decoração era de dar inveja.
Minha vontade era de rir, eu não podia acreditar que estava aqui. Brad e sofia haviam me enchido tanto o saco e mandado dezenas de torpedos durante o dia, que ou eu aceitava vir, ou eu aceitava, e falando nela, como sofia estava linda. Seu cabelo estava parcialmente preso, tirando o detalhe de uma trança na parte posterior. Seu corpo magro e mesmo assim bonito, estava marcado e vestido por um vestido de renda preto. Ela estava linda e como se não bastassem, seus lábios estavam pintados de vermelho. Suspirei, sentindo meu coração pular e seu cérebro espalhando sensações pelo meu corpo inteiro.
Balancei a cabeça, tentando me livrar das coisas obscenas que havia cogitado fazer com ela. Essa situação já estava incontrolável. Por onde eu andava, me lembrava dela e quando estava com ela, só desejava estar fazendo coisas com ela.
- lala! - sua voz doce me chamou e fiquei muda ao sentir sua mão envolvendo a minha - Não vamos ficar parada aqui a noite inteira, vamos curtir!
Arrastou-me mais para dentro e paramos ao ver Brad vindo em nossa direção. Ele estava bonito, com jaqueta preta e topete e me olhava. Realmente me olhava e me remexi desconcertada.
- Você está linda, lala. - a sutileza de sua voz me fez sorrir, mas após um segundo, me senti mal. Brad era maravilhoso, bonito e um bom amigo, não era uma completa demente por não perceber que ele nutria algo a mais do que amizade por mim, mas eu não correspondia. Assim como sofia não me correspondia.
De certa forma, eu era culpada. Nunca havia deixado totalmente claro a minha opção sexual para eles. Sim, já havia ficado com garotos e não, eles não sabiam que eu também já havia ficado com uma garota. Não era por vergonha que nunca comentei, mas sabe quando você começa a se descobrir e não quer compartilhar sua incerteza com ninguém? É exatamente isso.
- Obrigado, você também não está nada mal. - o respondi, rindo e dando um tapa em seu ombro, desajeitada. Iniciei um assunto qualquer e me peguei pensando se ela realmente nunca tinha notado algo de diferente no modo que eu a trato. Nada? Absolutamente nada? Isso era revoltante!
Neguei-me a ficar me consumindo por algo que eu não tinha coragem de admitir a ela. Sorri para meus amigos, olhando para ela e falei para pegar algo para beber.
Mais tarde, eu e minha melhor amiga rebolávamos nossos corpos na pista de dança. O espaço havia se tornado pequeno para nós e para o restante das pessoas. sofia sorria para mim, um sorriso grande e eu gargalhava com ele. O álcool das garrafas que ela havia tomado fazia efeito e mesmo sabendo que era eu quem cuidaria da parte chata da sua ressaca, eu me divertia agora. A eletrônica explodia das caixas de som, a batida tinha um toque sensual e eu me jogava nela. Meu corpo se mexia automaticamente, minhas mãos passavam pelo corpo como se fosse um movimento programado e minha cabeça se pendia para trás.
Eu amava dançar, amava me sentir livre e sem preocupações por um momento e eu poderia continuar dizendo o quanto amava dançar, se sofia não tivesse se aproximado e encostado seu corpo atrás do meu. Uma de suas mãos pousou na minha, em minha cintura e sua risada eriçou os pelos de minha nuca.
Permitir-me fechar os olhos e sentir a sensação da sua mão na minha. Não me importava se ela estava bêbada ou não. Se ela não sabia o que eu sentia. Nada importava, a não ser seu corpo atrás do meu. Meu sangue fluía com mais velocidade por dento das minhas veias e parecia que queimava a pele acima. Como isso era possível? A vontade insana de me virar, agarrar sua nuca e violentar seus lábios com beijos gritou em meu cérebro e isso enfraqueceu minhas pernas.
- Acho que já esta na hora de irmos para casa. - disse, reunindo forças ao me afastar. Arrastei meus dedos por seu braço e peguei sua mão, a puxando para fora da pista de dança.
Não fora difícil encontrar Brad e no mesmo instante, informei que iria levar sofia para sua casa. A mesma reclamou e choramingou alegando que estava em ótimas condições de permanecer na festa e gargalhei de seu argumento. A cabeça dura mal se aguentava em pé e ainda queria me convencer.
Saímos da festa e procurei seu carro com os olhos.
- Onde estão as chaves? - perguntei parando em frente a sua condução.
- Aqui. - balançou as chaves nos dedos, seus olhos custavam a se manter aberto.
Tirei o alarme, a deixei ficar no banco do passageiro e dei partida, arrancando o motor na direção de sua casa.
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imagines - naden & variadosOnde histórias criam vida. Descubra agora