003.Your smile

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O grupo de Gareth, incluindo ele mesmo, foi exterminado por Rick e, conforme combinado, Abraham e seu pequeno grupo junto com Maggie, Glenn e Tara partiram para Washington. E depois de um tempo, Rick e alguns outros foram resgatar Carol e Beth no hospital em Atlanta que um garoto de cabelos escuros havia mencionado, que havia chegado com Daryl há um tempo atrás.

- Escolha uma - indicou Carl deixando várias armas na frente de Gabriel e Daniel - Vocês têm que aprender a se defender.

- Rick não quer armas ao meu alcance e muito menos vai querer que eu tenha uma nas minhas mãos - mencionou o moreno, observando atentamente todas as armas no chão, enquanto sua mão se movia curiosamente para uma arma preta, que curiosamente era idêntico ao que ele teve que usar anos atrás para acabar com a vida de seu pai.

- Isso é bom, mas você tem que ter uma boa mira se quiser usá-la.

"Eu não acho que isso seja um problema"

-Não acho que isso seja um problema - murmurou Daniel, erguendo os olhos para encarar o moreno nos olhos.

- De jeito nenhum - Padre Gabriel recusou, tirando a arma de suas mãos e deixando-a onde estava antes - Defender-nos de quem? Eles mataram todos eles.

- Eles disseram que iriam- Carl o interrompe dizendo - Eles eram mentirosos e assassinos.

O garoto de cabelos pretos não pôde deixar de abaixar a cabeça quando ouviu a última palavra dita por Carl. "Assassino" se considerava um. Ele parou de pensar nisso quando o mais velho o fez se levantar e o arrastou para seu escritório.

-oque ta fazendo? - perguntou o moreno quando o padre começou a retirar algumas tábuas de madeira do chão desta sala.

- Não te deixarei mais um minuto com estes pecadores - respondeu ele, levantando-se novamente e fazendo um sinal com a mão para que ele entre no buraco, porém Daniel balançou a cabeça.

- Não vamos durar um segundo vivo fora da igreja. Eu não gosto deles, mas eles estão certos, devemos aprender a nos defender.

- eles são assassinos

- Eu também, você esqueceu - murmurou Daniel abaixando a cabeça e lembrando novamente o que ele consideraria toda a sua vida um pecado, antes de dar meia-volta e sair pela porta, deixando Gabriel com as palavras na boca e se arrependendo de mencionar a palavra que o menino estava tão aterrorizado.

Daniel fechou a porta atrás de si e encostou-se nela, fechando os olhos com força ao se sentir sufocado, por isso foi até um dos bancos para se sentar e se concentrar em bloquear as lembranças que invadiam sua cabeça sobre a morte de seus pais.

A Porta range e ele ouve passos o tirando de seus pensamentos, a mulher de pele escura e com vários dreds em seus cabelos, entra na sala.

- Ei, olá - Michonne falou com um leve sorriso, sentando-se ao lado do menino, ele franziu a testa e virou o olhar para o lado para poder observar os olhos de seu companheiro, que o olhava com preocupação - Eu sei que tudo isso é novo para você é assustador. Eu queria que você e Gabriel soubessem, as coisas que fazemos... valem a pena.

- O que é que você quer? - perguntou Daniel tentando ir direto ao ponto

- Não quero nada, Apenas ajudar vocês passarem por isso, Nada mais.

Houve um pequeno silêncio, que foi ofuscado pelos gritos de socorro do padre Gabriel do lado de fora. Os três correram até a porta para tentar abri-la e a morena acabou abrindo quebrando as tábuas com sua katana. O padre entrou imediatamente, assim como os caminhantes que vieram depois dele.

Voltaram até chegar ao escritório do padre, onde conseguiram sair pelas janelas sem ter que enfrentar os caminhantes, que haviam permanecido dentro do local e não podiam mais sair, pois era Michonne quem se encarregava de trancar as portas da igreja.

Quando não houve mais perturbação, a morena se permitiu aproximar-se para questionar o padre, e Carl se aproximou de Daniel

- Acho que é um bom momento para você praticar - o moreno mencionou oferecendo-lhe a arma e apontando para um andador grudado no moreno.

- Não Daniel, Deus odeia violência - Gabriel se opôs antes de Daniel aceitar a arma.

- Você realmente o obedece? - perguntou Carl franzindo a testa quando o moreno assentiu e rejeitou a arma.

- Bem, eu fui deixado aos seus cuidados então ele deveria cuidar de mim, mas a verdade é que ele não consegue nem cuidar de si mesmo - respondeu lentamente, concentrando-se em atirar no zumbi diretamente na cabeça quando os adultos viraram-se.

- Você até que é bom pra quem nunca usou uma arma ba sua vida - diz inclinando a cabeça e olhando para o menino, enquanto sentia a batida acelerada de seu coração.

- Meu pai tinha vários desses para decoração ou para caçar. Minha mãe ficava louca quando o via segurando um ou me mostrando - lembrou ele, fazendo sua expressão séria e fria de sempre desaparecer completamente e permitindo que Carl visse pela primeira vez um pequeno sorriso vindo do moreno, é vai parecer loucura, mas Carl nesse momento queria ser o único a provoca-lo para poder ver esse sorriso mais vezes.

Daniel se arrependeu no segundo em que havia mencionado seus pais falecidos e estava se abrindo mais do que o habitual com Carl, mas foi então que um caminhão de bombeiros bateu violentamente contra as portas da igreja, e então Abraham e seu grupo saíram desse caminhão, junto com os três membros do grupo de Rick

- Eugene mentiu - relatou o coreano - Ele não sabe como parar com isso. Onde estão todos?

Michonne sorriu e se virou para Maggie esperançosa - Beth está viva, Ela está em um hospital de Atlanta, Eles a sequestraram, mas os outros foram resgatá-la.

-Sabemos qual hospital?

-Memorial El Grady

A mulher sorriu animadamente abraçando o marido, e todos partiram para o referido hospital para conhecer o restante do grupo.

𝐋𝐎𝐒𝐓 || 𝐂𝐚𝐫𝐥 𝐆𝐫𝐢𝐦𝐞𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora