🔞Adeus🔞

2.2K 173 28
                                    

-.-Autora: O titulo deveria ser "quem sequestrou Sky"?? kk boa leitura.



Já era tarde para Prapay estar ali, preso em seu escritório, afogado por papéis. Mas ele não tinha intenção de voltar para a mansão tão cedo.

A tarde passava devagar enquanto ele organizava e registrava mais alguns contratos. Havia sido ideia de seu avô manter tudo escrito em papéis.

Enquanto seu pai estava totalmente a favor de usar da tecnologia para gerir seus negócios, Korn não conseguia confiar totalmente nos aparelhos eletronicos, por mais competente e profissional que Arm pudesse ser com o sistema de segurança da família. Então, Prapay ganhou o trabalho de registrar algumas transações que haviam sido feitas ultimamente por parceiros. Era um saco.

E era um serviço inútil. Seu pai só estava arranjando uma desculpa para manter um olho nele, Prapay sabia disso, e sentia-se uma criança.

Mas não daria o braço a torcer. Se seu pai queria que ele registrasse aquelas transações, faria isso da melhor maneira possível. 

Quando deu seis horas da tarde, recusou sair dali, mesmo depois de sua secretária ter enfiado a cabeça pelo vão da porta três vezes em menos de dez minutos, como se esperasse que ele fosse desistir a qualquer momento. Após as três negativas, Erica pareceu entender o recado e só apareceu ali mais uma vez para recolher a xícara de café vazia e substituí-la por outra. O líquido quente deu um gás a mais a Prapay que já se sentia um pouco melhor.

O tempo correu enquanto apenas o barulho das folhas sendo passadas, do teclado trabalhando e vez ou outra do mudar de posição na cadeira de couro, ocupava a sala.

Quando terminou de calcular o total em dólares que foi investido nos cassinos de Lia Wang, Prapay deu uma pausa. Ainda era cedo e já havia chegado em mais da metade do trabalho. Levantou-se da cadeira se espreguiçando. Tomou o último gole do seu café já morno.

Um pouco cansado, se virou para olhar a enorme janela de vidro a suas costas. Bangkok estava lá embaixo, banhada pelo pôr do sol. Era uma vista que poderia contemplar todos os dias, mas não se tornava menos surpreendente por isso.

Era estranho saber que estaria no controle de tudo aquilo um dia enquanto naquele momento o máximo que fazia era lidar com papéis. Não conseguia se imaginar sendo o líder da máfia Theerapanyakul, ainda não. Mas seria, e daria o melhor de si para fazê-lo bem.

As luzes da cidade começaram a se acender dando vida a Bangkok noturna quando batidas na porta soaram. Prapay suspirou. Erica não o deixaria em paz.

A mulher era um tipo de avó/mãe para ele. Estava na família antes mesmo dele nascer, e era uma das pessoas mais confiáveis de seu pai. Era fiel e importante para família, e sabia fazer um bom café como ninguém.

Prapay sorriu pela primeira vez naqueles últimos três dias.

Virou para sua mesa de trabalho novamente. A xícara de café vazia estava ao lado dos papéis. Certo, precisava de mais um pouco se quisesse realmente terminar aquilo tudo ainda hoje.

_.Entre.

Permitiu enquanto arrumava algumas pilhas de documentos. Era o herdeiro dos Theerapanyakul, mas ainda temia receber um puxão de orelha da mulher por manter o lugar desorganizado.

Colocou os papéis de lado e pegou a xícara.

_.Erica você poderia....

Sua voz morreu na garganta enquanto uma energia passava por todo seu corpo, alertando seus instintos e tomando seu corpo de surpresa.

Os TheerapanyakulOnde histórias criam vida. Descubra agora