Caçando culpados

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Sky deslizou os dedos pela pele quente do abdome de Prapay saboreando a textura. O garoto beijou a pele morena com volúpia, oque chamou a atenção do mais novo que deslizou o dedo entre seus fios em carinho.

A noite era fria, mas uma temperatura morna gostosa se instalava no escritório de Prapay. Depois de transarem mais uma vez, no sofá de couro ao lado do aquário embutido, ambos ficaram ali, deitados no estofado aproveitando a presença um do outro. Com o mais velho deitado em seu peito, o Theerapanyakul vezes ou outra desviava seu olhar vago para dar uma conferida em Sky. A perfeição dele era inexplicável e lhe tirava o fôlego de uma forma estranha.

Havia uma felicidade mal contida dançando em seu peito. Não havia culpa por ter Sky ali, tudo que havia era prazer e amor. Amava o garoto e ele o amava.

Prapay suspirou e enfiou o nariz entre os fios escuros sentindo seu cheiro leve. Seu vício, sua necessidade pessoal. E agora tinha ainda mais certeza de que precisava dele se quisesse viver, se quisesse manter sua sanidade. Seus olhos miraram o teto cinza da sua sala. Queria que o teto não os impedissem de poder ver as estrelas no céu escuro daquela noite.

Olhou para Sky e sorriu. Haviam as duas mais perfeitas estrelas o observando bem naquele exato momento.

_.Porque está rindo?._.Sky fez bico.

O mais novo alisou a lateral do corpo nú do menor saboreando sua pele com os dedos. Faria amor com Sky outra vez se não tivesse tanto trabalho, agora bem atrasado, para fazer. Tocou a bochecha do menor e apertou a carne recebendo um muxoxo.

Seu coração disparou no peito em uma necessidade incessante.

_.Desculpe._. Pediu em um sussurro._.Desculpe por não te contar tudo. Eu deveria ter feito isso quando as coisas ficaram mais sérias.

Sky piscou confuso, a confusão sendo afogada pela alegria segundos depois.

_.Oque?._.Sua voz saiu baixa demais, quase nada. Seu corpo se afastou do abraço quente do Theerapanyakul para o olhar melhor. Embora houvesse uma resistência, Sky se libertou e sentou-se no sofá.

Prapay se mexeu e acompanhou o menor.

_. Eu te disse que te amo, mas não tenho sido sincero esse tempo todo._Prapay suspirou e desviou o olhar._.Agora eu sei que você sabe tudo. Mas eu deveria ter dito mesmo assim.

O menor prendeu os lábios entre os dentes. Seu coração acelerava de uma forma preocupante. Não havia gravidade que o impedisse de se sentir flutuando. Seus lábios se abriram, mas se fecharam novamente.

_.Aek e Tho..são seus padrinhos certo?_. O mais novo Explicou.

Sim, os gêmeos eram amigos de colegial de seus pais. Sky assentiu devagar.

Ambos frequentavam sua casa desde que Sky se reconhecia como gente. Eram parte da família assim como Plainam e suas tias de consideração Anda e Natsu. Não era estranho que soubesse sobre a existência da máfia Theerapanyakul, tanto os gêmeos quanto seu tio Leon estavam frequentemente envolvidos com os assuntos e costumavam conversar bastante com seu pai Leo. Não custou muito para que Sky entendesse a coisa toda, e bastou juntar dois mais dois para descobrir que estava transando com o herdeiro da máfia. E então ele começou a se afastar.

O menor suspirou, igualmente desconcertado.

_.Não estou dormindo com você por interesse.

Prapay o puxou para perto, no seu rosto havia incredulidade.

_.Ei, eu não disse isso.._Seus dedos tocaram a bochecha do menor com cuidado. Sky corou._. Eu só quero que me perdoe. Eu ia lhe contar assim que tivesse a chance, mas você é tão esquivo.._.Prapay acabou sorrindo e recebeu um tapa no peito por isso.

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