7

89 12 1
                                    

— Tá, o que aconteceu?

George levanta os olhos do prato para Sapnap.

Karl e Quackity também o encaravam.

— O quê?

— Ah qual é, George?! Você sabe.

— Sei?

George tinha voltado para o hotel debaixo de chuva, tomou um banho, trocou de roupa e tentou ignorar a presença de pessoas até que fosse inexoravelmente inevitável. Era por isso que ele estava aqui agora jantando com os amigos. Mas Dream, que tinha reclamado a tarde toda que a cabeça estava doendo e por isso tomado um remédio para enxaqueca e pulado o jantar, não estava aqui.

Karl e Quackity observam em silêncio os dois conversando. George mastiga enquanto a resposta de Sapnap não vem.

— Entre você e Dream. Por que vocês dois brigaram?

— Isso já faz tempo.

— É, faz.

— Portanto, não importa.

— Claro que importa! O que aconteceu?

— Já tentou perguntar a ele?

— Já — ele faz uma pausa para mastigar — e agora tô perguntando para você.

— O que ele disse?

— Quase nada. Não sei qual de vocês dois é mais teimoso.

George não responde.

— Tem haver com o que aconteceu em Miami? — Karl pergunta.

George também não responde a isso.

Sim, tinha a ver com Miami. E uma praia à noite. E o banheiro de um aeroporto. E uma garota chamada Camille.

Mas não era da conta deles.

— Só parem de ser idiotas e resolvam logo essa merda — Sapnap fala. — É o meu casamento.

— É. O meu também — Karl concorda com ele.

— Foi culpa de Dream, eu não vou correr atrás e me desculpar porque ele foi idiota. Eu não vou fazer nada, e se ele quiser resolver as coisas, isso é com ele, não comigo. Ele que venha se desculpar.

— Certeza, George? — Quackity se manifesta pela primeira vez, todas as cabeças se viram para ele — Se ele se desculpasse, por sei lá que merda aconteceu, você iria mesmo aceitar?

— Sim. — Não.

Alex ergue as sobrancelhas, o encarando.

— Tá, talvez sim, talvez não, eu não sei. Onde você quer chegar?

— Que não depende só dele. Vocês dois são teimosos pra cacete, mas ainda assim são vocês. George e Dream, dois idiotas. Não é possível que você não sinta falta dele, nenhum um pouquinho.

George faz uma careta.

— Eu não sinto.

— Certeza? — Nick pergunta.

— Sim, absoluta. — George não consegue evitar o próprio tom desdenhoso.

— Porque eu tenho certeza que Dream sente a sua. E muito.

Isso faz George parar. Ele se sentia encolher na cadeira. Não era justo. E não era da conta deles. George sabia que eles só estavam tentando ajudar, mas mesmo assim, ele não tinha pedido ajuda, ele não precisava.

— É só... — Sapnap suspira e larga os talheres no prato. — Se ele tentar... se ele tentar resolver o lance de vocês, será que você pode me prometer que vai tentar também?

Não, estava na ponta da língua de George, quase prestes a sair. Mas ele dá uma boa olhada em Sapnap, ele parecia cansado e sincero.

— Por favor, George? — Insiste.

— Tá, tá bem. Eu... eu posso tentar, não vou jurar nada.

Sapnap abre um sorriso satisfeito e volta a comer, sem dizer mais nada sobre o assunto.

A conversa acaba aí.

----

Esse foi pequeninho, mas pq eu tô indo fazer a porra do enem.
Desejem-me sorte, amigos.
E pra qm indo fazer a prova tbm: boa sorte!

Até a próxima, com amor, yele :)

Nova YorkOnde histórias criam vida. Descubra agora