{Concluída} 〰Jeon Jungkook é um ômega, mas não qualquer ômega, sendo filho do Governante Supremo, sua vida sempre fora cercada de luxos. Porém, a obscuridade do que havia por trás de toda a perfeição que era exibida, o levou a uma vida de medo e rec...
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"O acaso é uma palavra sem sentido. Nada pode existir sem causa." - Voltaire
α○ω
16:45.
Era o que marcava a tela digital no centro do painel de seu carro, enquanto uma música alegre e que já tinha decorado, soava pelos auto falantes. Mas, diferente da música e de seu passageiro especial no banco de trás do automóvel, Jungkook não estava nada animado, afinal de contas, era quase fim de tarde e ali estava ele, dirigindo pelas ruas da Capital, apenas porque o mundo tinha obrigatoriamente que girar em torno daquele lugar. Queria estar dirigindo em direção a sua casa, seu pequeno recanto de paz e sossego, que mesmo em meio a uma cidade, lhe transmitia a tranquilidade que precisava para viver.
Porém, tivera de se abalar até ali. Depois de pegar sua pequena na escola, seguiu para a Capital e desde então, como era esperado sempre que botava os pés naquele lugar, não tinha tido um minuto de descanso.
— Tô cansadinha, papa.
Parecia que os níveis de animação também estavam despencando na parte de trás do carro.
— Eu sei, jujubinha. Só falta mais uma coisinha e vamos para casa. — Suspirou, lançando um olhar pelo retrovisor, vendo sua alfinha, presa à cadeirinha, com a mão pequena sobre a bochecha e os olhos voltados para o lado de fora. Sorriu, quando ela fez um biquinho e voltou sua atenção à estrada.
— Quero bolo.
— Em casa, Bonnibel.
— De valvet. — Ela disse olhando na direção de seu ômega.
Jungkook sorriu, sentindo o cheirinho de cravos da índia tomar o veículo.
— Está bem.
— Com leitinho de creme, aquele lugar. — Falou piscando os olhos.
— Eu disse em casa, jujubinha.
— Aqui é gostoso, papa.
— Você não quer ir para casa logo? Papai está cansado.
— Só pega.
Ela fez biquinho e Jungkook negou com a cabeça, sorrindo.
— Está bem.
Outro suspiro lhe escapou, sentia os ombros tensos e depois de mais alguns minutos, parou diante do prédio espelhado. Jungkook apanhou os óculos no banco do passageiro, ajustou-os em seu rosto e vestiu o cardigã largo e grosso. Respirou fundo, apanhando a pasta preta que também estava sobre o banco e abriu a porta.
Um manobrista beta aproximou-se, trajando um uniforme da agência de empregos e arregalou os olhos ao reconhecê-lo.
