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México, 14 de novembro 18h.

Após horas de vôo, Marília estava entrando agora na enorme mansão Perreira, e quando a palavra enorme está sendo usada é sem exageros, Marília estava anestesiada pelo tamanho da sala que fez a menina paralisar.

- Linda casa, não acha? - A jovem afirmou com leves movimentos. - Mas essa não é sua casa, você morará em Mazatlán com Maraisa.

A loira o olhou.

- Então, o que estou fazendo aqui? - perguntou impaciente. -

Conhecendo a família? - Ironizou.

Mas ao notar o sorriso de Marcos o sorriso irônico sumiu de seu rosto.

- Exato. - a loira bufou e viu uma morena mais velha se aproximar - Almira - o homem deu um singelo selinho na mais velha. - Leve Marília para se arrumar.

A mais velha assentiu.

- Venha, Marília. - a mulher estendeu a mão para loira que a seguiu - Olha, eu sei que não é um sonho mas Maraisa é diferente do pai, não no começo, ela é meio fechada, mas minha filha é uma pessoa melhor que o pai. E você pode contar comigo. Marilía sorriu fechado - Se arruma com essa roupa que está na cama, Maraisa já estará aqui quando você estiver pronta.

- Muito obrigada, senhora Perreira.

Marilía entrou e viu um vestido longo vermelho, saltos prateados e um colar de ouro, ela passou a mão pelo vestido, respirou fundo e uma lágrima escorreu pelo seu rosto, ela agora estava iniciando seu pior pesadelo.

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Mais ou menos uma hora e meia se passou, e pela porta amadeirada da mansão Perreira, num terno completo, perfeitamente passado e todo preto Maraisa Perreira passou, seu cabelo perfeitamente arrumado, seu perfume exalando, magnifíca, simplesmente magnífica.

Se aproximou de seu pai e beijou o seu anel.

- Papai. - apertou a mão em seguida.

- Soube que quer doar para o hospital de crianças. - A Perreira mais nova sorriu esperançosa. - Não vou gastar dinheiro com crianças, espero estarmos entendidos. Seu foco agora é o casamento com a herdeira Mendonça.

Maraisa respirou e assentiu.

- E aonde está a menina? - Maraisa perguntou e Marcos olhou para o topo da escada aonde Marília estava descendo com um vestido vermelho, os cabelos soltos, o colar, e na boca um batom vermelho sangue. - Uau. - Foi o que Maraisa sussurrou.

- Ela está aí. - Marcos disse simples. - Vá  buscá-la.

A Perreira se antecipou ao penúltimo degrau da escada e estendeu a mão para Marília que olhou e desviou, a loira estava magoada e achava que Maraisa fazia parte dos planos do pai, e a atitude da loira fez a morena perceber que ela era difícil, então riu.

Maraisa andou e encostou seu corpo atrás da loira e abaixou sua boca até o ouvido dela.

- Para a princesa de Seatlle você é bem metida. - disse e viu o corpo de Marília arrepiar devido ao hálito quente da latina.

Mendonça virou e encarou a latina.

- E para a princesa do México você é bem arrogante. - disse travando uma batalha de olhares com a morena.

Maraisa riu e abriu seu própio paletó e segurou o queixo da loira.

- Eu não sou uma princesa, eu já sou a rainha disso aqui. - A morena disse simples.

- Pedindo permissão para usar o dinheiro? Está mais para marionete do verdadeiro rei. - piscou e saiu andando indo com Almira para aonde jantariam.

Maraisa bufou e foi atrás batendo o pé.

Marcos riu.

- Isso vai ser interessante. - disse sozinho.

A mafiosa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora