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Marília abriu devagar os olhos e percebeu estar deitada em uma cama, se sentou devagar e viu a morena se aproximar colocando um copo de agua na mesinha ao lado da cama.

- Marília... - Maraisa disse cautelosa se aproximando.

A loira passou as mãos pelos olhos e se aproximou da morena passando a mão no rosto dela.

- É você mesmo? -  passava a mão no rosto de Maraisa e a morena assentiu, Marília sorriu, mas logo fechou a expresão. - É você mesmo. - disse e começou a estapear a morena. - Eu chorei a sua morte, eu sofri por você e você estava aqui na França. - diferia fortes tapas na morena que tentava se esquivar. - Você simplesmente está viva. - Disse e fechou as mãos em punhos socando os ombros da latina e começou a chorar parando de socar e abraçando a esposa. - Você está viva, meu Deus. - abraçou forte a mulher. - Não acredito que você está aqui.

A loira chorava agarrada na morena que sorriu e a abraçou de volta beijando o topo da cabeça da menor.

- Estou viva, meu amor. - sentou a loira na cama. - Para de chorar, toma aqui. - deu água para a loira e limpou as lágrimas dela. - Aquele carro que explodiu era uma cópia do meu, não tinha ninguém lá dentro, só invés de ir para casa quando te liguei, eu estava indo para o aeroporto. Eu organizei tudo por meses. - sorriu. - Podemos finalmente ter nossa vida longe dos problemas da Máfia.

Marília a olhava com uma expressão confusa.

- Mas... por que você não me disse nada? Por que você me deixou sofrer desse jeito? Eu fiquei sem dormir por dias.

Maraisa respirou fundo e beijou a mão da esposa.

- Eu quis todos os dias te contar do plano, quis colocar você nele, mas Bruno me convenceu de que seria melhor assim, você precisava passar pelo luto para que todos acreditassem. Eu nunca quis te fazer sofrer, meu amor. - Disse enquanto brincava com os dedos da esposa.

- O Bruno sabia disso tudo? - a loira perguntou indignada e Maraisa assentiu. - A Luiz também?

- Não, bom, provavelmente agora ele já sabe mas antes não sabia ficamos com medo dela te ver triste e acabar contando tudo perto de algum segurança, não confio em nenhum deles. - disse brava. - Mas aqui em Rochefourchat podemos seguir nossa vida sem nenhuma preocupação.

Marília respirou fundo e olhou Maraisa nos olhos.

- Por que você demorou tanto? Depois da sua falsa morte passou um mês, eu passei mal, eu descobri sozinha da gravidez, foi muito difi... - Marília falou mas foi cortada por Maraisa que a olhava com uma expressão confusão.

- Que gravidez? Você está grávida?

- a mulher perguntou confusa e Marília acabou sorrindo.

Bruno deixou para ela dar essa noticia a morena, teria que lembrar de agradecer o homem.

- Eu já vinha me sentindo mal... Depois do tal funeral que eu fui lá e chorei por nada. - Maraisa riu. - Passaram alguns dias e eu percebi que eu estava atrasada, eu fiz o teste de farmácia e deu positivo, eu falei com Luiz e Bruno e eles foram comigo fazer o de sangue e confirmou, estou gerando nosso filho, era uma surpresa, o meu presente de aniversario para você.

Maraisa sorria e acabou deixando uma lágrima escorrer.

- Não acredito que Bruno me escondeu isso. - A mulher sorriu e puxou a loira para si e a beijou e depois colou sua testa na dela. - A nossa família vai começar agora, longe de qualquer confusão, poderemos ser finalmente felizes.

Maraisa disse emocionada e Marília segurou a mão da morena e trouxe até sua barriga fazendo a latina derramar suas lágrimas.

- Estou brava com você por ter mentido, mas meu Deus, eu estou tão feliz por você estar viva e bem aqui na minha frente. - A morena sorriu.

Maraisa se colocou de pé e puxou a loira para seu colo. Marília passou as pernas pelo quadril da mais alta e riu.

- Agora, eu vou alimentar você e meu filho, eu estou tão feliz, meu Deus.

Assim, as duas seguiram para cozinha e Maraisa sentou colocando a loira em seu colo e fizeram a refeição assim com a morena explicando cada detalhe de como tinha sido o plano para a loira.

A mafiosa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora