05.

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- Droga. - Marilía murmurou mexendo na sua bolsa. - Que droga.

Maraisa que estava concentrada na rua, olhou para a mulher que parecia procurar algo incansávelmente.

- O que você, aparentemente, perdeu? - a latina perguntou virando em uma rua a esquerda.

- Não que seja da sua conta, mas eu não acho meus cartões, eu preciso comprar roupa, não trouxe nada. - Marilía disse mexendo, agora, no seu celular.

Maraisa riu.

- Olha, amanhã Nancy vai te acompanhar ao centro para comprar roupas, apenas escolha o que você quiser, e compre algo para usar na praia, vamos a casa do meu primo amanhã.

Marília riu.

- Primeiro, quem diabos é Nancy? E segundo, eu não vou a lugar algum com você. - disse simples.

Maraisa parou o carro.

- Nancy é sua segurança particular a partir de agora. - Maraisa disse e a loira revirou os olhos. - E eu preciso que você conheça Bruno e o esposo dele, são pessoas importantes para mim. - ela viu Marília ficar quieta. - Chegamos.

A loira olhou pela janela e viu em prédio gigantesco preto com enorme 'P' na frente.

- Quanto amor próprio. - Mendonça ironizou.

Maraisa acabou rindo de lado e negou levemente a cabeça e entrou com o carro na garagem e quando parou saíu do carro e ia abrir a porta para a loira mas ela mesma já tinha saído.

- Por aqui. - chamou a loira para um elevador privativo e subiu para a cobertura. - Bem vinda ao lar.

Disse abrindo a porta.

- Isso pode ser minha casa, Perreira, mas nunca será o meu lar. - a loira entrou - Sua casa é enorme. Aonde eu posso ficar.

- Nós vamos dividir um quarto. - Maraisa disse simples entrando. - Vai ficar na porta?

A loira entrou e sentou na poltrona.

- Como assim dividir um quarto?

- Eu até tenho um quarto de visitas mas está vazio. A minha cama é gigante, então, ou você dorme comigo na cama ou...- Apontou para o sofá.

- Animador. - Marília disse ironica.

Maraisa tirou seu paletó e respirou fundo indo até seu bar.

- Eu vou tomar whisky, você bebe ou é muito princesinha para isso? - disse sorrindo de lado.

Marília ergueu uma sobrancelha.

- Depende, você tem Everclear ou é muito filhinha de papai para isso?

Maraisa riu.

- Gostei. - abriu o armário e puxou a garrafa servindo uma dose para a loira. - está aí, princesinha de Seatlle.

A loira virou a dose. E ergueu o copo para a morena.

- Mais uma, o meu dia de ontem foi horrível. - a loira disse sendo servida de mais uma dose.

Maraisa tirou a gravata, abriu os primeiros botões de sua camisa e dobrou suas mangas.

A loira tirou seus saltos e se levantou.

- Você faz parte disso, Perreira, eu não conversaria com você sobre isso. - disse pegando a garrafa e indo para a sacada da cobertura e se sentou lá.

Perreira respirou fundo, e foi atrás da mulher e se sentou ao lado dela no chão.

- Quando eu tinha dezoito anos, meu pai me obrigou terminar meu namoro, e disse que eu estava noiva, quando perguntei de quem e ele me disse que era de você e você tinha apenas dez anos, eu senti muito nojo de mim mesma. - Marilía a olhou. - Eu sei que não tive nada a ver mas você era uma criança e eu uma mulher adulta praticamente, eu fiquei pensando que a menina de dez anos estava destinada a uma mulher  herdeira de uma Máfia.

estava destinada a uma mulher  herdeira de uma Máfia. - Marília bebeu mais um pouco. - Mas se você tinha aceitado isso, caberia a mim esperar.

Marília ficou de pé.

- Aceitado? - riu ironica. - Se você sentia isso por que nunca me procurou para contar nada? Por que me deixou ser enganada, você,  minha mãe, meu pai, todos me enganaram. - a loira deixou a garrafa ali e entrou procurando o quarto.

Perreira levantou e chutou a cadeira que estava ao seu lado.

- Eu nem sei do que ela está falando. - resmungou.

A mafiosa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora