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Cinco meses se passaram e o casal tinha ficado ainda mais próximo, Marília decidiu fazer um curso de fotográfia que duraria um ano e assim ela distrairia a mente dela nesse curto espaço de tempo, já que Maraisa tem estado cada vez mais presa nas coisas de seus negócios.

Dividiram as histórias sobre Luíza e Launa. Marília contou que Luíza foi como um "surto coletivo" ela gostava só pela sensação de liberdade, afirmação essa que fez a latina revirar os olhos e a loira rir. Maraisa contou sobre Lauana e como era perdidamente apaixonada por ela e como sofreu por ter que deixá-la.

As duas se tornaram muito próximas. Se intitulavam amigas, mas cada pedacinho daquela cobertura dizia o contrário.

As duas viviam como um verdadeiro casal, a relação entre elas fluiu levemente nesses meses, e a vida sexual das duas estava cada vez mais ativa. Até com o jeito moleca de Marília, Maraisa já estava se acostumando e já estava aceitando perder no vídeo game, era de fato, muito ruim.

Marília falava com sua mãe e seus amigos todos os dias, ela passava na rua e ouvia os comentários sobre ser a esposa da chefe da mafia e ela ria. Já estava começando a se acostumar.

Bárbara teve no México e encontrou com Marília novamente o que rendeu uma bela discussão sobre o ciúmes não admitido de Maraisa, era sempre só a mesma história de "Eu não confio na Bárbara".

Marília não teve motivos para sentir ciúmes da morena, ela estava em casa sempre, ou no escritório ou saindo com a loira mesmo.

Ela nunca teve ciúmes até hoje, agora estão as duas no carro indo jantar na casa de Marcos, e elas mal sabem quem vão encontrar lá.

- Não entendo como isso funciona, você é a chefe, mas seu pai que manda em tudo, tem mais de cinco meses que você quer doar dinheiro e nunca pode. - Marília disse enquanto prendia a sandália e Maraisa dirigia.

- É confuso. - Maraisa disse. - É como se fossemos uma empresa, meu pai é o dono, tipo um presidente que nunca aparece na empresa, sabe? - a loira assentiu. - Eu sou a chefe, a que aparece todo dia na empresa, e pega toda a parte chata sabe? Tento resolver conflitos internos e manter todos na linha. - A loirinha olhava atentamente para mulher que falava e dirigia. - Tem o Bruno que é tipo um SubChefe, sabe? Ele fica responsável pela execução das decisões que eu tomo, é ele que faz com que os subordinados executem. E tem mais pessoas que ficam muito com a gente.

- Tem? Sempre são vocês dois que seu pai chama. - A loira pontuou.

A morena riu.

- É a gente que o papai cobra. - disse virando na rua. - Tem a Emma que é minha conselheira, diante de uma situação, é ela quem me aconselha por meio de um julgamento menos apaixonado e mais imparcial. Ela faz com que minhas decisões sejam justas.

- Emma então é seu braço direito? - a loira questionou.

Maraisa negou com a cabeça e parou no sinal olhando para a esposa e beijando a mão dela.

- Bruno é meu braço direito, Emma é minha cabeça, minha razão nas decisões. - Marília sorriu sem os dentes, para ela era ridículo, mas estava com ciúmes.

- Ah sim... E são só vocês três?

Maraisa negou voltando a dirigir.

- Somos nós três no escritório, e aí tem o pessoal da rua, temos cinco homens que são como gerentes de tudo que temos em áreas separadas, cinco aqui, temos no Arizona e em Seatlle também, eles são os responsáveis pelos resultados de suas áreas, comandando seus homens, mas claro, qualquer ato deles eu tenho que aprovar, ou eles saem.

- E tem como sair? - Maraisa a olhou e ela entendeu qual era o único jeito de sair. - Uh, entendi. Continua.

- Nós temos vários homens e mulheres que são como "soldados", eles fazem todo o tipo de trabalho sujo sem envolver o nosso nome. Nancy é uma "soldada". - disse parando o carro em frente a casa de seu pai. - Ah e é claro. - riu -
Nossos parceiros.

- Parceiros? - a loirinha perguntou confusa.

- Sim, políticos, empresários, juízes, donos de lojas, você se surpreenderia com quanta gente fala da gente mas na verdade são nossos parceiros.

- Eu não consigo ficar chocada. - Marília disse e Maraisa riu.

Assim, as duas sairam do carro e deram um selinho indo subir as escadas.

Marília trajava um lindo conjunto social preto com um decote valorizando seus seios e Maraisa usava um cropped e uma calça social em tons preto.

Roupa da Marília.

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Roupa da Maraisa.

As duas entraram pela loja e cumprimentaram a todos com lindos sorrisos

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As duas entraram pela loja e cumprimentaram a todos com lindos sorrisos.

- É bom te ver novamente. - uma voz conhecida por Maraisa foi dito.

O casal olhou para frente e Maraisa paralisou enquanto no rosto de Marília tinha uma enorme confusão.

- Carla Maraisa, está tudo bem? - a loira sussurrou no ouvido da mulher.

A morena voltou para sí e coçou a nuca nervosa.

- Hum, é, sim querida. - sorriu para a esposa. - Marília, essa é Lauana.

O sorriso da loira sumiu no exato momento que ouviu o nome da morena  a sua frente.

A mafiosa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora