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- Eu vou deixar vocês conversarem, te encontro na mesa? - Maraisa disse ajeitando o paletó e Marília assentiu. - Licença meninas. 

A latina sorriu e se afastou. Maiara acabou rindo e apertando a amiga em um abraço forte.

- Por você viajar sem mim, eu te perdôo mas, agora, por você se casar com um mulherão desse e nem sequer me avisar, eu te odiarei para sempre. - riu e abraçou a amiga. - Sério, é um mulherão, o sexo deve ser incrível. - Marília arregalou levemente os olhos. - Eu vou querer saber tudo.

- Eu vou te contar tudo, eu prometo. - disse sorrindo.

- Não só para ela, eu quero saber de tudo. Achei que éramos como irmãos. - Julyer disse se aproximando trajando um terno bem bonito e logo abraçou as duas.

- Meu Deus, eu estava com tanta saudades de vocês. - Marília disse sorrindo abertamente.

Os três ficaram ali conversando e Maraisa observava a alegria da loira, estava feliz por ter proporcionado isso a ela. E viu como a loira era querida pois todos se despuseram a estar ali para agradar a mais nova.

- Eu não sei como te agradecer. - Marília disse se sentando ao lado da esposa que sorriu.

- Eu só queria te agradar um pouco, você disse que sempre sonhou com ela. Eu só não consegui trazer seus pais. - a morena se lamentou.

Marília segurou na mão dela sorrindo.

- Eu não sei se perdoei meu pai, e minha mãe não anda sem ele.

Maraisa respirou fundo.

- O perdão é confuso, Lila, porque, no fim, tem mais a ver com você do que com a pessoa que está sendo perdoada. - disse fazendo carinho na mão da loira. - O tempo cura as dores e bom, eu não sou uma esposa tão ruim. - brincou.

A loira sorriu.

- Você fez isso tudo por mim, eu nem acredito, de verdade.

Maraisa sentiu seu coração ficar quente com a felicidade da mais nova.

A formatura que ali aconteceu foi perfeita para Marília, ela participou de tudo, colocou a beca, recebeu seu diploma e foi aplaudida de pé por Maraisa, conversou com seus amigos, bebeu com eles, brincou, e até mesmo Perreira se divertiu com a maluquice do trio. Quando a hora de se despedir foi inevitável, Maraisa convidou Maiara e Julyer para voltarem em janeiro para ficar um pouco com a loira e assim ficou pré combinado. Comentaram sobre faculdade e Marília ficou quieta, não sabia como seria seu futuro e Maraisa notou isso.

Agora o casal estava em casa, Marília comentava sobre a festa, sobre como seus professores realmente estavam lá, a diretora, os amigos, ela ficou realmente feliz.

- Eu estou feliz que você realmente gostou. - Maraisa disse tirando o paletó e se sentando no sofá. - Você gostaria de fazer faculdade de que?

A loira sorriu tirando os saltos.

- Eu sempre quis fazer fotografia. Sabe, é o meu negócio. - disse rindo e ficando de pé próximo a morena.

- Você pode fazer faculdade, Marília, nós vamos ver a melhor faculdade para você. - disse sincera.

Marília sentiu seu coração muito feliz.

- Você está realmente falando sério? - a morena assentiu. - Meu Deus, Maraisa, você é incrível. Muito obrigada mesmo, por tudo isso.

A loira disse sincera, se debruçou sobre a morena e deixou um beijo na sua testa e Maraisa se culpou por seu olhar ter ido direto aos peitos de Marília.

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Alguns dias se passaram e Marília estava agora em uma loja com Nancy ao seu lado, a loira fazia compras de roupas de Natal.

- Acha que esse vestido da na Maraisa? - perguntou para a segurança.

- Eu não sei se a senhora Perreira usaria. - Nancy disse retraída.

Marília bufou.

- Ela é chata com roupas. - resmungou mexendo na bolsa. - Droga, eu deixei meu celular no carro, pode buscar?

- Eu não tenho ordens para deixar a senhora sozinha, sinto muito. - a segurança disse firme.

- Eu estou dentro dessa loja precisando falar com minha esposa. - disse encarando a segurança que não se moveu, resmungou um pouco e de seu por vencida. - Me empresta o seu então.

A mulher procurou e sorriu amarelo.

- Eu também deixei no carro. - Marília a olhou e implorou para ela buscar. - A senhora promete que não sai dessa loja?

- Prometo - disse feliz.

E assim Nancy foi buscar o celular.

Marília continuou vendo os vestidos, ela prometeu a si mesma que colocaria roupas novas para Maraisa usar além de ternos e mais - Estou cansada do poder majoritário dos Perreiras aqui.  - uma mulher claramente bêbada disse entrando na loja e fechando as portas. - Imagina o quão desgraçada minha vida ficou quando Carla Maraisa matou o meu marido.

- oh merda. - Marília disse mordendo a boca em nervoso

- Isso mesmo, uma merda. - a mulher riu tirando uma arma da bolsa. - E olha o que tenho aqui, a esposa dela. - apontou a arma para a loira.- Eu vou fazer ela sentir a mesma dor que eu sinto todos os dias.

A mulher disse e destravou a arma.

A mafiosa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora