19.

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Maraisa estava em seu escritório sentada em sua cadeira e olhando para a foto de Marília em sua mesa, era vinte e três de dezembro ela não tinha que estar ali, mas não queria estar em casa e ver sua esposa se arrumar para sair com outra, ainda mais sendo Bárbara.

- O que houve? Por que me chamou? - Bruno disse entrando desesperado na sala da prima e melhor amiga. - Uau, você transou.

Maraisa então o olhou erguendo uma sobrancelha.

- O quê? - perguntou o olhando sério.

- Tem um chupão no seu pescoço e nem é pegadinha. - Maraisa olhou pela camera do celular e bufou enquanto o amigo se sentava a sua frente. - Não sabia que a loirinha tinha deixado você se aventura. - perr coçou a nuca e Bruno a olhou confuso mas logo riu. - Você transou com ela! Não acredito.

- Foi mais forte do que eu. - a morena disse dando de ombros.

- E como foi? - O homem perguntou brincalhão.

Maraisa o olhou séria.

- Não vou te contar.

- Mas você sempre conta. - Bruno disse erguendo uma sobrancelha para a amiga.

- Mas agora é diferente, ela é minha esposa.  - Bruno riu ao ouvir isso, a amiga já estava caidinha pela esposa.

- Tudo bem...- disse desdenhando.- Enfim, por que estou aqui?

Maraisa ficou de pé e foi até a janela.

- Quando soube? - perguntou nervosa.

Bruno já sabia o que viria mas queria ouvir a amiga falar, então se fez de perdido.

- Quando eu soube o quê? - perguntou indo até as bebidas da amiga.

A morena respirou fundo.

- Quando soube que estava começando a gostar do Luiz?

Bruno riu sem som e encostou na parede próximo a amiga.

- Eu não sei direito, mas tive a certeza quando ele disse que encontrou um ex namorado no shopping e aquilo quase me matou. - Bruno disse rindo.

Maraisa então lembrou do que sentiu de manhã quando soube do encontro de Marília com Bárbara.

- Então, você fez o quê?  - Maraisa aceitou o copo de Whisky que Bruno a ofereceu.

- Conversei com ela, e contei o que senti, era confuso para mim, e ela disse que gostava de mim e começamos a ir devagar.  - Disse simples. E viu a amiga virar o liquído de uma vez. - Cadê a loirinha, Perreira?

A latina olhou o relógio em seu pulso e viu que já eram quatro e quinze da tarde.

- Ela está com a Bárbara. - disse colocando o copo na mesa e se sentando.

- Bárbara? - a morena assentiu. - E isso tá te matando. - o homem riu mas parou ao ver a mulher o encarar com um olhar mortal e levantou as mãos em rendição.

- Eu senti algo estranho quando ela me contou.

- Isso é ciúmes, cara amiga.

E os dois ficaram ali conversando sobre o que Maraisa sentia, e Bruno fazendo algumas piadas.

No outro lado da cidade, Marília e Bárbara davam boas gargalhas.

-... e foi isso, eu fui parar em todos os sites de Seatlle. - a loira disse rindo.

- Eu não esperava isso de você. - Bárbara disse agora parando de rir. - E o que te fez largar tudo em Seatlle e vir ficar com a Maraisa aqui?

Marília engoliu a seco.

- Negócios. - Coçou a cabeça e recebeu um olhar confuso da italiana. - Os negócios da Maraisa, sabe? É tudo aqui.

- Oh sim. - Bárbara disse observando o nervosismo dá mais nova. - E seus pais?

Marília respirou fundo.

- É delicado. - disse baixo.

E Bárbara ergueu uma sobrancelha perfeitamente.

- Achei que fosse a princesinha do papai. - disse rindo.

- E eu realmente era... - Marília começou mas foi interrompida por Nancy.

- Senhoras. - a segurança disse se aproximando da mesa e recebendo atenção das duas. - Senhora Perreira, sua esposa pediu para que eu te levasse para casa agora.

- Mas nós ainda estamos conversando.  - Bárbara disse. - Diga a ela que eu mesma levarei Marília.

A segurança olhou para a loira que assentiu. E a menina se retirou ligando para a sua patroa.

- Voltando, você disse que era, vocês brigaram?

- Bom, mais ou menos, meu pai fez algo que me magoou. - Marília disse cabisbaixa.

Bárbara então colocou a mão sobre a da loira.

- Você pode confiar em mim. - Bárbara disse sincera e Marília sorriu.

- Senhoras. - Nancy voltou e olhou diretamente para a mãos das duas e Marília tirou a mão. - A senhora Perreira disse que se não formos agora, ela mesma vem buscar a senhora.

- Pois deixe que venha. - Bárbara disse rindo.

- A senhora não vai gostar se ela aparecer aqui. - Nancy disse olhando nos olhos de Bárbara. - Vamos? - perguntou se direcionando a loira.

Marília bufou irritada, Maraisa estava tentando controlá-la.

- Sinto muito, Bárbara, eu preciso ir. - disse ficando de pé e a Italiana a abraçou. - Faça uma boa viagem.

- Obrigada. - sorriu. - Mande lembranças a sua esposa. - Disse vendo a mulher sair. - Eu vou fazer você cair Maraisa, e ainda vou ter sua mulher para mim. - disse rindo baixo.

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Nancy chamou o elevador para a loira.

- A senhora Perreira está no banho e disse que quando sair vocês conversam.

Marília assentiu, ela estava realmente brava e fez toda viagem em silêncio. Quando o elevador chegou ela se despediu de Nancy e entrou na grande caixa metálica.

Quando entrou no apartamento, Marília deixou sua rasteirinha no canto, foi para o quarto e ouviu o barulho do chuveiro, jogou a bolsa na cama e totalmente irritada entrou no banheiro.

Maraisa tomava seu banho e ouviu a loira entrar no banheiro e a ignorou totalmente.

- Por que você mandou a Nancy me buscar? - disse e Maraisa a olhou.

- Não confio na Bárbara. - Disse e entrou novamente debaixo do chuveiro.

Marília olhou todo o corpo da mulher, mas estava tão brava que se aproximou apenas para brigar mais.

- Mas eu não sou você e não tenho nada a ver com isso. - disse irritada. - você NÃO pode me controlar.

Virou de costas e ia sair do banheiro quando sentiu a mão de Perreira segurando forte na sua nuca e a virando e puxando de volta bem perto de si embaixo do chuveiro molhando toda a roupa da mais nova.

As duas estavam muito próximas, se encarando.

Maraisa então tomou a boca da loira para si que logo cedeu para o beijo feroz que estava sendo oferecido a ela.

A mafiosa do amorOnde histórias criam vida. Descubra agora