murder house

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Era verdade. Foi só mais 5 minutos até avistarmos a grande casa. Era enorme e realmente muito linda. Fiquei impressionada assim que vi.

Tentei conter minha língua, mas isso era algo difícil para mim.

— porra, isso é gigante. — digo, mas logo me arrependo. Não era algo tão educado de se dizer.

Ele riu.

— foi deixada pelos...meus pais. — ele diz. Ele coloca a chave no cadeado e abre o portão. — espero que ache o lugar um tanto quanto confortável.

Sorrio de canto para ele. Já tinha adorado por fora, com certeza iria amar por dentro.

— parece muito aconchegante, tenho certeza de que vou amar. — digo, entrando. Ele fecha o portão atrás de nós.

O céu estava nublado, estranhamente atraente. O vento era fraco, mas parecia um tanto quanto gelado. Talvez começasse a chover em uma ou duas horas.

Ele me levou para dentro da casa, e ela era muito iluminada. Era extremamente linda e tinha uma grande escada de madeira.
Senti meu ar sumir por um tempo.

— meu deus, que incrível! Você mora aqui sozinho? — pergunto. A emoção me encheu com um tapa na cara.

— moro. Seria ótimo ter uma companhia agradável como você. — ele diz sorrindo para mim. O sorriso dele era apaixonante.

Eu estou mesmo confiando em um estranho? Penso, e só então percebo que nem sei quem ele é.

— esqueci de perguntar, e me sinto até envergonhada de perguntar só agora, mas...como é seu nome? — pergunto.

Ele ruboriza e me dá um sorriso de canto.

— meu nome é Tate. Não é um nome difícil de se pronunciar. — ele diz, deixando as sacolas de compras em uma mesinha que estava no meio da sala. Faço o mesmo.

— Tate...— pronuncio baixo, testando se sabia falar. — é um nome bonito.

— obrigado. — ele sorri. — e o seu?

— Izabella, mas me chame de Izzy. — digo. Se íamos ficar na mesma cara, então era bom termos um certo nível de intimidade.

Ele fez uma cara de confusão, e então disse:

issi? — ele repetiu — como isso?

Dou uma risadinha.

— não, é Izzy com Z e Y. — digo. O rosto dele se torna um sorriso engraçado.

— ahhhh IZZY! — ele ri. — você deveria ter me explicado antes! Pensei que fosse Izabella com S. — ele passa por mim. — vamos ver o quarto?

— claro. — dou um leve sorriso para ele.

E então nós subimos a escada. Quando estávamos no corredor avistei uma porta aberta. Dava para uma biblioteca enorme e cheia, que me deixou de boca aberta. Não consegui me conter. Ele reparou na minha expressão.

— você gostou? — ele perguntou sorrindo.

Olhei para ele impressionada.

— se eu gostei? Eu amei! — digo. Ele ri.

— espero que você goste do quarto, e que queira ficar por aqui. — ele diz, puxando minha mão.

Fiquei com vergonha, mas não falei nada. Continuei em silêncio.
Ele reparou em meu rosto, vendo que eu estava sem graça.

— desculpe. Força do hábito. — ele soltou minha mão envergonhado.

Nós chegamos ao quarto. Era o penúltimo. A porta era inteira rosa com flores, e pensei sinceramente se não havia ninguém morando com ele. Parecia muito limpinha. Logo ele a abriu.

Meu coração parou, meu ar sumiu. Era um quarto lindo, perfeito. 
Extremamente lindo. Em nenhum momento eu pensei que seria assim, apesar do resto da casa ser INCRÍVEL.

Era um quarto enorme, com uma janela rodeada de flores.
Tinha um guarda-roupa branco enorme, coberto de flores desenhadas também. Ele claramente era um grande fã de flores.

A cama era grande, com um lençol cor vinho, e também tinha travesseiros da mesma cor. O chão tinha um carpete inteiramente vermelho escuro, quase igual ao vinho do lençol.
Tinha umas três cômodas, em cada canto do quarto.

Havia quadros por todos os lados, de desenhos sem nexo. Pareciam assustadores, mas eu iria tirar eles dali. As paredes eram de um tom bege, mas meio avermelhado.

O teto tinha um lustre com forma de rosas, o que me deixou muito contente. Ele era lindo e combinava com o lugar.

Tinha também alguns incensos acesos, e isso me deixou confusa.

Tentei conter minha felicidade com o lugar, mas eu CLARAMENTE nunca fui boa em esconder meus sentimentos.

Sorri para ele com todos os dentes.

— eu amei o lugar, quero muito ficar! — exclamei. Ele sorriu contente.

— eu sabia que você ia gostar. Tem alguma coisa que precise colocar aí dentro ou são só essa bolsa mesmo? — ele pergunta me olhando.

— não tenho muitas coisas, ficaram todas na outra casa. — digo. Minhas coisas estavam todas na primeira casa que tive, antes de precisar fugir pra todo lugar.

— bom, tem algumas roupas femininas no armário. Era da...minha... irmã. — ele demorou dizer.

— sua irmã?

— sim, ela esteve aqui a...dois anos atrás. Ela faleceu ano passado, de câncer. — ele disse naturalmente.

— poxa, eu sinto muito. — digo com um olhar pra baixo. Ele dá de ombros.

— acontece. — ele diz apenas — entre e veja se gosta de como o lugar soa para você. Teste a cama, para ver se é confortável. — ele diz.

Algo nele me parecia estranho e diferente da primeira vez que nos vimos.

Ignoro meus pensamentos e vou em direção a cama.

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Kills and Kisses - Tate Langdon Onde histórias criam vida. Descubra agora