being mean

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— sua filha da puta, como pode!? — uma voz gritou. Era ele.

Todo seu esforço jogado no lixo. Correu tanto, e pra que?

— eu mandei você sair? Eu disse que você poderia ir embora? — ele gritou. Ela sentiu seu corpo tremer.

O frio, o vento forte, os gritos e berros. Tudo em um só. Um inferno de gelo.

— é por isso que todas tem o mesmo fim patético. — ele diz, se abaixando e a pegando pelos braços. Mesmo se debatendo ela não conseguiu se soltar dele.

— seu desgraçado, o que vocês quer de mim!? — ela tentou o morder.

— sua cachorra maldita, cale a boca! — ele a deu uma cabeçada.

Sua vista ficou cinza, sua cabeça rodando e sua garganta ardendo

O corpo dele era forte e grande, e eu não tinha chances com ele.
Eu deveria ter pensado melhor.

"Nossa, se esse pateta conseguiu te pegar, nem imagino como os assassinos são imbecis, Izzy" SE ACALMEM PORRA. Os assassinos tem planos, ele deixam brechas e quase nunca conseguiram ficar cara a cara comigo.

Eu sei que um assassino definitivamente quer me fazer mal, então sempre presto atenção em cada respiração estranha. Mas ninguém pensa que um fazendeiro vendedor de leite quer isso. Ao menos não foi o que eu pensei. Agora vejo que é sempre bom estar preparada para tudo.

Minha cabeça doía. A cabeça dele era muito dura. Ele com certeza tinha prática em fazer isso, pois ele já tinha jogado no ar que eu não era a primeira e que todas as outras tiveram o mesmo fim patético.

Mas de qual fim ele estava falando? Então ele ia me matar e me estuprar? Se esse foi o fim das outras, eu sinto muito por elas.

"É só chamar meu nome que eu vou encontrar você" essa palavas idiotas soaram na minha cabeça.

Era idiota, mas o que era um peido para quem estava cagado?

Tudo estava rodando, mas eu ainda estava com consciência. Eu estava nos ombros dele, sendo levada de volta para a fazenda, provavelmente.
Me preparei e gritei:

— TAAAAAAATEEE! — gritei com todas as minhas forças.

Senti mãos grandes acertarem minhas costas. O fazendeiro havia me dado um tapa. Meus Deus, parecia que minhas costelas haviam sido quebradas, pelo tamanho da força.

— cale a boca, sua vadia maldita! — ele gritou para mim.

Querendo ou não eu iria calar minha boca, pois não tinha mais ar o suficiente para falar nada.
Fiquei pensando sobre o que faria. Meu corpo tremia, meu ar estava sumindo, eu estava com medo.

Mas então depois de uns 10 minutos eu senti meu corpo sendo jogado pro ar, e logo acertando o chão. Cai de cara na lama e meus pensamentos eram só de "ele vai me matar aqui e agora???" Mas então ouvi um grito. O grito dele.

— QUE PORRA É ESSA? — o fazendeiro gritou. Pela voz dele ele parecia estar machucado.

Tentei levantar a cabeça, mas só enxerguei borrões. Passei a mão nos olhos, tentando limpar a lama.

Kills and Kisses - Tate Langdon Onde histórias criam vida. Descubra agora