8 • Vulnerável

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Daisy

Acordo com as mãos formigando e meus pulsos presos para cima no batente. Bill está na minha frente, me encarando da cabeça aos pés como um predador, ele não precisa dizer nada, posso compreender e visualizar toda intenção na frieza de seus olhos, sem camisa e ziper da calça aberto.

— Você não vai fazer o quê estou pensando, vai? — pergunto, temendo que sim.

— O quê está pensando?

— Meu pai vai te entregar o dinheiro, eu vou passar por exames... Os médicos vão encontrar seu DNA.

— Você não é tão burra quanto eu pensava. — ele zombou.

— Obrigada. — disse nervosa, mal desperto e o medo retorna para desejar 'Bom dia'.

— Acontece que eu não dou a mínima se encontrarem meu "DNA" em você, porquê à essa altura estarei bem longe de New Orleans, cheio da grana do seu papai. — ele riu — Acha que eu não sei que quando você for resgatada vai contar que fui eu quem te sequestrei?

— Não! — menti — E-eu jamais faria isso.

— Ah, Daisy... — Bill sentou na cama e acariciou minha bochecha, apertando com força em seguida, deslizou a mão com rapidez e puxou meu cabelo, aproximando nossos rostos — Tá me achando com cara de otário?

Os soníferos fizeram a dor de cabeça parar, mas estou tão fraca, as lágrimas caíram diante de tamanha exaustão; saber que não posso impedi-lo destrói meu emocional.

— Caralho... Você fica tão linda quando chora.

— Bill, por favor....

— Shhh! — ele põe seu indicador em meus lábios — Lembra da regra? Se não me obedecer, eu sou obrigado a te machucar.

Não tenho a mínima chance de afastar  seu toque invasivo, brutalmente desabotoando meu collant, sinto que estou trancada em minha própria pele, sem conseguir me mover, usada como um objeto nas suas mãos.

O sequestro já não seria errado o bastante?

Eu esperei tanto por esse momento à sós, nunca imaginei que seria dessa forma triste e humilhante. Para piorar, ele pede para que eu diga a pior coisa possível:

— Fala que me ama.

Amor é oposto ao que sinto agora, eu gostaria de nunca ter o conhecido, Bill nem parece humano, ele não demonstra prazer, apenas raiva, rangendo os dentes, com suas pupilas dilatadas e respiração frenética.

— Não...

— Anda! — ele deu um tapa no meu rosto, ardeu de imediato; sua mão é grande e pesada, assim como seu corpo em cima de mim - Diga que me ama!

— Eu... Te amo. - disse em meio ao choro.

Não compreendo o quê passa em sua mente deturpada, distante de si próprio, se perdeu na violência, despejando seus instintos sujos em mim, arranhando, causando marcas, pressionando sua carne de modo fundo e doloroso. Ele me afoga nesse sentimento vulnerável, mostrando à flor da pele o quanto pode ser cruel.

E mesmo após seu suspiro final do ato, afastado de mim e pousando a cabeça no travesseiro, Bill recupera o fôlego; e eu continuo questionando o motivo do porquê fez isso comigo.

E mesmo após seu suspiro final do ato, afastado de mim e pousando a cabeça no travesseiro, Bill recupera o fôlego; e eu continuo questionando o motivo do porquê fez isso comigo

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𝐓𝐎𝐗𝐈𝐂 • 𝐁𝐢𝐥𝐥 𝐒𝐤𝐚𝐫𝐬𝐠𝐚̂𝐫𝐝Onde histórias criam vida. Descubra agora